Capítulo 18

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Anne

Por um momento som algum saiu da boca de Anne.

_ Você está bem? - perguntou. - Tava com uma cara ruim.

Ela assenti e sorrir amarelo, poderiam ter várias Kitty na pequena cidade. A mulher não tinha de ser necessariamente aquela Kitty.

_ Estou ótima. - Sorri em falso - Você disse Kitty né? -a pergunta levantou a suspeita da mulher que franziu a testa.

_ Sim. Você a conhece? - devolveu com outra pergunta.

_ Não. O nome me pareceu familiar, mas deve ser coisa da minha cabeça. - desconversa.- vocês fazem entrega? - a mulher sorridente voltou, parecendo esquecer sua estranha curiosidade a outra.

_ Passe seu endereço e hoje mesmo entregamos.

Contente em receber as flores naquele mesmo dia, passou para ela. Podendo ver o momento exato em que seu sorriso desapareceu do rosto negro, ficando seria desviando o olhar do seu.

_ Oh você é a namorada do Joe? - ela pergunta sem graça.

Anne tem um palpite do que aconteceu, mas confirma quieta com a possível revelação.

_ Eu sou amiga da irmã dele, Stela me disse que Joe havia conhecido uma pessoa. Fico feliz por vocês dois. - ela não olha nos seus olhos, por mais que tente fingir normalidade. - Meu irmão irá a tarde com as flores.

_ Obrigada. - Anne vira para ir, mas não chega a dá dois passos e volta. - Ela é aquela Kitty... não é?

A outra arregala os olhos, e a olha desconcertada e assenti constrangida.

_ Sinto muito. Você sabe que é muito melhor que ela, certo? Não se prenda a isso. - as mãos gordinhas tocaram as suas. - Eu só fui realmente feliz com meu marido quando quebrei as correntes que me prendia ao passado, algo me diz que precisa fazer igual. Eu e Stela somos boas amiga, então sei um pouco da história de Joe . Ela me disse que ele estava diferente, que sentia que você era a pessoa certa para o irmão. - soltou as mãos, a olhando com carinho. - Você viu, ela seguiu a vida dela... siga a sua ao lado de quem merece tê-la. - aconselha.

As mulheres trocam um olhar cúmplice, Anne pondera que não devia ter uma reação chocante com isso. A loira é linda e ex de Joe e ela é... a moça nem consegue definir o que eles são.

"Não é um problema meu". Pensa.

_ Conversamos a um tempo, mas eu não sei o seu nome... ?- Anne lembra de a perguntar antes de ir.

_ Merda esqueci completamente, sou Débora e você é...

_ Anne.

_ Adorei conversa com você, quando vir a cidade passe aqui, as vezes essa cidade e um tédio. É bom ter com quem conversar.

_ Também gostei de sua companhia, marco qualquer dia desse para vim. Até mais! - se despede.

Fora da floricultura, ela buscou por um pet shop.Tudo feito de forma aleatória, A mente dirigia num caminho conflituoso, não esquecendo a mulher de mais cedo.

"Aquilo modificaria algo na relação entre Joe é ela?"

[...]

Joe retirou as sacolas de sua mão, colocando-as no carro.

_ Achei que tinha dito que podia comprar o que quisesse. - olhou as quatro sacolas.

_ Tenho o que preciso, essas são o que consegui carregar, o restante entregarão mais tarde. - disse de forma fria, ela sabia que estava estranha.

Ela pensava que se o olhasse nos olhos, o homem podia tirar tudo que tentava esconder.

_ O quê você tem? - ele a encara atentamente. - se for pelo cartão, você concordou em usá-lo.

_ Não é isso, eu só estou cansada. Podemos ir embora? - olha para o moreno parado em sua frente com um rosto desconfiado.

_ Não é apenas cansaço, não ficaria desse jeito. - Diz e seus braços a traz pela cintura para ele. - Desfaz esse bico e me fale o que aconteceu boneca.

Ok, Anne pode ter dado um pequeno sorriso com o apelido estúpido.

_ Não aconteceu nada Joe, a minha vida está uma bagunça. E eu não posso evitar de pensar nisso. - mentiu e reparou nas duas moças que passaram por eles os olhando, a ruiva cochicha algo no ouvido da outra e elas riem.

Joe fecha cara para as mulheres, o que é suficiente para que elas apresse os passos.

_ As pessoas daqui tem como hobbie fuxicar a vida dos outros. - explica, ele então a beija. - não há algo a mais para me contar?

_ O quê eu teria para o contar Joe? - sorrir nervosa.

A negra se solta do seu agarre e abre a porta da caminhonete subindo desajeitada. Ele também o faz, mas se vira para a olhar.

_ Sei lá, você está estranha.

Ela fita a janela do carro, para não ter que fazer um contato visual com o outro.

_ Eu sou estranha Joe, você não pode levar isso em consideração.

Ela gosta do som de sua risada rouca.

_ A Charlotte provaria isso se ainda estivesse de pé. - zomba do seu antigo carro que nesse momento já devia ter virado ferro velho. - Você não daria um nome para o meu pau não é? - ele sorrir levando na brincadeira, mas o desfaz ao ver o rosto arteiro da outra. - Não, você faria?! - ele ergue uma sombracelha.

_ Você colocou uma ideia na minha mente, agora eu vou pensar em muitos nomes para o seu... brinquedo. - ela olha para sua calça.

__ Eu me imagino broxando com isso. - ele rir, Joe a fita e acarícia sua bochecha. - Por que está pensativa?

_ Não é um assunto meu... - ela o diz hesitante, mas como notou que não podia o enganar... a melhor forma de esclarecer aquilo era falando.

Ela lembrou de como a outra mulher era bonita, e estava... enciumada?

Mas como Anne pode ter ciúmes de alguém que não é seu?

_ E de quem é então? - ele questiona divertido.

__ Seu. - ela o olha hesitante

__ Meu? - pergunta confuso.

Anne pensa em como entrar naquela conversa, ela recorre novamente a janela. Do outro lado da rua havia um parque, alguns jovens estavam reunidos um pouco a frente em um papo acarolado em uma roda de amigos.

_ Eu vi uma pessoa na Floricultura...
- disse ainda observando os jovens.

_ Você a conhecia, alguém da sua antiga cidade? - ele a encara sem entender.

_ Não, não era ninguém da minha cidade. Eu vi Kitty, sua ex noiva. Ela é muito bonita por sinal. - sua voz sai arranhada.

O moreno a olha sério por alguns segundos, e vira o rosto. Ela observa que o homem apertar o volante com força e seu maxilar está trincado. Ele respira fundo uma duas vezes e coça a barba.

_ Tudo bem? - ela pergunta, e coloca a mão em seu ombro preocupada.

Ele recua o corpo para o lado com o toque, deixando a jovem chateada. E pensando que devia ter ficado em silêncio.

_ Vamos embora. - e tudo que ele diz.

APRENDENDO A AMAR -Amores Improváveis Onde histórias criam vida. Descubra agora