AnneCom as bochechas vermelhas comprimenta a todos com um aceno desajeitado.
_ Boa noite. - diz.
_ Não tem nada de bom. - retrucou Joe ao seu lado.
A jovem manteve o sorriso para eles, enquanto dava uma cotovelada no moreno. Notou alguns sorrisos de divertimento, embora outros a encarassem não tão animados. Sendo fácil de descobrir quais eram os pais de Joe.
O silêncio foi constrangedor que seus olhos encontraram o de Stela, suplicando para dizer algo. Mas foi Débora que a salvou ao se levantar e a abraçar.
_ Anne você está um espectáculo. - ela a aperta com força, que a faz arfa baixinho.
_ Obrigada, você também está linda. - a mulher sabia valorizar as curvas exuberantes com um vestido preto colado e decotado que espremia um pouco os peitos grandes da negra.
_l_ Deixe eu te apresentar o meu marido, amor... - Ela olha entusiasmada para um homem loiro que se levanta com um olhar sério. Ele foi um dos que não sorriu para Anne, seus cabelos são compridos e balançava conforme ele andava.
_ O meu marido Ângelo. - ele estende a mão, mas não sorrir e seu aperto e firme. - eu falei sobre a Anne, lembra?Ela o fita cheia de energia, mas o homem somente move a cabeça e concorda.
_ Você falou dela a semana inteira, como não lembraria? - a sua voz é grossa, e seu semblante suavizou ao olhar para a esposa. - e uma honra te conhecer pessoalmente Anne. - seus lábios se levantam num mínimo sorriso sem mostrar os dentes, e ela percebeu que é tudo que teria do homem.
_ A Débora também falou de você, não gosta de flores né? - recordou da conversa das duas, tentando aliviar a tensão do lugar.
O loiro ergueu a sombracelha e olhou para a esposa que sacudiu os ombros.
_ O que foi? você não gosta. - se defendeu.
_ Me pergunto o que você diz sobre mim as pessoas. - diz.
Anne até pensaria que causou uma discórdia entre o casal, mas seus olhos é amoroso ao a olhar de volta.
_ Eu digo que tenho o marido mais lindo e gostoso do mundo. - na ponta dos pés ela beija a boca do loiro que dá um passo para trás por não esperar a ação.
Observa que são um casal curioso, Débora era baixa e alegre, o loiro alto, musculoso, inexpressivo e com feição dura. O oposto um do outro.
_ Vocês são nojentos.- Stela faz uma cara enojada, mas sorrir para Anne. - os gostos de Débora são duvidosos, contudo dessa vez concordo com ela. Está linda. - ela a comprimenta com um beijo na bochecha. - Como eu que estou uma gata. - disse e gira, o que faz o vestido rodado acompanhar o movimento.
A negra sorriu para Erick que correspondeu e ficou na espera de ser apresentada as novas pessoas. Mas soube que Joe não tomaria frente pelo olhar entediado que ele lançava a todos. Stella abraçou o seu braço e a levou a um senhor sentado numa poltrona segurando uma bengala.
_ Vovô Thomas. - ela diz, com lentidão, o senhor caminhou até ela a envolvendo nós seus braços.
Anne se sentiu acolhida pelo homem.
_ Como vai querida? - pergunta.
Ele tinha traços marcantes, olhos azuis e um rosto definido. Traços que não negava quão bonito ele foi em sua juventude.
_ Bem, obrigada. - sorriu.
_Meu neto você tem uma bela namorada. - ele olha para o moreno. - A sua avó foi a única mulher que eu amei, namorei com ela um mês e casei no segundo. Um homem conhece quando está com a mulher certa. - ele diz olhando profundamente em seus olhos parecendo muito convicto do que fala.
Anne virou o rosto buscando por Joe com um sorriso nervoso, ela pensou que aquele "namoro" podia virar algo maior se o homem não dissesse nada.
E a negra não estava disposta a fingir que se casaria com uma pessoa.Joe e ela trocam um olhar que só eles entendem.
_ No seu tempo as mulheres se casavam virgem, eu posso imaginar o porque estava ansioso para se casar vovô. - responde ironicamente, e o idoso enrubece, risadas são ouvidas. - eu e Anne optamos por ir com calma. - diz.
_ Olá, eu sou Matthew. - um homem de sorriso sedutor, apertar sua mão.
Joe falou sobre o outro, eles eram meios irmãos. O pai de Joe teve um caso com uma funcionária da casa, mas eles só souberam da existência do outro quando Matthew já era adolescente e a mãe morreu de câncer. E o jovem apareceu para reivindicar seus direitos, o homem tem olhos claros como o resto da família, mas sua pele é morena e alguns tons mais claro que de Anne. Algo evidentemente puxado pela mãe.
_ Meu avô tem razão, você é uma bela garota. Uma pena que meu irmão te encontrou primeiro. - ele beija sua mão e pisca para a negra que sente o rosto esquentar.
Porém a mão do outro é afastada com um empurrão.
_ Não toque no que não é seu maldito, ou a minha mão vai acertar em cheio a sua cara feia. - Joe diz entredentes e seus braços trazem Anne para perto dele.
O negro levanta os braços e sorrir no que foi uma provocação, percebeu que eles apenas se suportavam.
_ Sem brigas meninos, e não olhe para a garota dos outros. - Ela adverte a Matthew que se afasta e rola os olhos. - e por fim meus pais, Ellen e Marx. - ela aponta para as duas pessoas sentadas e com expressões frias, como se a outra fosse alguém insignificante para eles.
A mulher loira somente move a cabeça e a comprimenta com nenhum entusiasmo, o seu marido nem tirou os olhos do copo de bebida na mão. Anne respirou fundo, se controlando para não falar algo que se arrependa com a indiferença de ambos.
_ Como está Joe? não o vejo a oito meses. - a mãe do moreno carrega felicidade ao olhar pro filho, diferente de como fez com Anne.
_ Você tem o meu endereço, não veio me ver porque não quis. - ele responde rude, a loira abaixa a cabeça sem graça por ele está certo. - O jantar vai demorar pra sair, estou com fome. - resmunga.
_ Falta um convidado. - ela ouve o pai do moreno pronunciar uma frase pela primeira vez.
_ Eu pensei que tinha chegados todos queridos, você não me disse que teríamos mais convidados. - a voz de Ellen é calma, mas está incontente ao questionar o marido. - é um dos seus sócios? - pergunta confusa.
O homem bebe de sua bebida, mas finge não escutar a esposa. Que fecha as mãos incomodada com o descaso do outro. Ao seu lado, Joe aperta a dela enquanto queima o pai com os olhos.
_ Boa noite. - uma voz feminina diz.
Ao se virar, Anne ver Kitty com um sorriso moderado e acena para todas. A negra abre a boca pasma, quem diria que odiaria o "sogro", a ponto de querer mata-lo.
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APRENDENDO A AMAR -Amores Improváveis
Roman d'amourAnne nunca se sentiu amada, foi deixada na porta de um orfanato ainda quando bebê. Anos depois consegue um importante emprego numa grande revista de moda, ela larga tudo para ir atrás do seu sonho. Só não contava com o mal tempo ...e é claro aquele...