Capítulo 22

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Anne

Com as bochechas vermelhas comprimenta a todos com um aceno desajeitado.

_ Boa noite. - diz.

_ Não tem nada de bom. - retrucou Joe ao seu lado.

A jovem manteve o sorriso para eles, enquanto dava uma cotovelada no moreno. Notou alguns sorrisos de divertimento, embora outros a encarassem não tão animados. Sendo fácil de descobrir quais eram os pais de Joe.

O silêncio foi constrangedor que seus olhos encontraram o de Stela, suplicando para dizer algo. Mas foi Débora que a salvou ao se levantar e a abraçar.

_ Anne você está um espectáculo. - ela a aperta com força, que a faz arfa baixinho.

_ Obrigada, você também está linda. -  a mulher sabia valorizar as curvas exuberantes com um vestido preto colado e decotado que espremia um pouco os peitos grandes da negra.

_l_ Deixe eu te apresentar o meu marido, amor... - Ela olha entusiasmada para um homem loiro que se levanta com um olhar sério. Ele foi um dos que não sorriu para Anne, seus cabelos são compridos e balançava conforme ele andava.
_ O meu marido Ângelo. - ele estende a mão, mas não sorrir e seu aperto e firme. - eu falei sobre a Anne, lembra?

Ela o fita cheia de energia, mas o homem somente move a cabeça e concorda.

_ Você falou dela a semana inteira, como não lembraria? - a sua voz é grossa, e seu semblante suavizou ao olhar para a esposa. - e uma honra te conhecer pessoalmente Anne. - seus lábios se levantam num mínimo sorriso sem mostrar os dentes, e ela percebeu que é tudo que teria do homem.

_ A Débora também falou de você, não gosta de flores né? - recordou da conversa das duas, tentando aliviar a tensão do lugar.

O loiro ergueu a sombracelha e olhou para a esposa que sacudiu os ombros.

_ O que foi? você não gosta. - se defendeu.

_ Me pergunto o que você diz sobre mim as pessoas. - diz.

Anne até pensaria que causou uma discórdia entre o casal, mas seus olhos é amoroso ao a olhar de volta.

_ Eu digo que tenho o marido mais lindo e gostoso do mundo. - na ponta dos pés ela beija a boca do loiro que dá um passo para trás por não esperar a ação.

Observa que são um casal curioso, Débora era baixa e alegre, o loiro alto, musculoso, inexpressivo e com feição dura. O oposto um do outro.

_ Vocês são nojentos.- Stela faz uma cara enojada, mas sorrir para Anne. - os gostos de Débora são duvidosos, contudo dessa vez concordo com ela. Está linda. - ela a comprimenta com um beijo na bochecha. - Como eu que estou uma gata. - disse e gira, o que faz o vestido rodado acompanhar o movimento.

A negra sorriu para Erick que correspondeu e ficou na espera de ser apresentada as novas pessoas. Mas soube que Joe não tomaria frente pelo olhar entediado que ele lançava a todos. Stella abraçou o seu braço e a levou a um senhor sentado numa poltrona segurando uma bengala.

_ Vovô Thomas. - ela diz, com lentidão, o senhor caminhou até ela a envolvendo nós seus braços.

Anne se sentiu acolhida pelo homem.

_ Como vai querida? - pergunta.

Ele tinha traços marcantes, olhos azuis e um rosto definido. Traços que não negava quão bonito ele foi em sua juventude.

_ Bem, obrigada. - sorriu.

_Meu neto você tem uma bela namorada. - ele olha para o moreno. - A sua avó foi a única mulher que eu amei, namorei com ela um mês e casei no segundo. Um homem conhece quando está com a mulher certa. - ele diz olhando profundamente em seus olhos parecendo muito convicto do que fala.

Anne virou o rosto buscando por Joe com um sorriso nervoso, ela pensou que aquele "namoro" podia virar algo maior se o homem não dissesse nada.
E a negra não estava disposta a fingir que se casaria com uma pessoa.

Joe e ela trocam um olhar que só eles entendem.

_ No seu tempo as mulheres se casavam virgem, eu posso imaginar o porque estava ansioso para se casar vovô. - responde ironicamente, e o idoso enrubece, risadas são ouvidas. - eu e Anne optamos por ir com calma. - diz.

_ Olá, eu sou Matthew. - um homem de sorriso sedutor, apertar sua mão.

Joe falou sobre o outro, eles eram meios irmãos. O pai de Joe teve um caso com uma funcionária da casa, mas eles só souberam da existência do outro quando Matthew já era adolescente e a mãe morreu de câncer. E o jovem apareceu para reivindicar seus direitos, o homem tem olhos claros como o resto da família, mas sua pele é morena e alguns tons mais claro que de Anne. Algo evidentemente puxado pela mãe.

_ Meu avô tem razão, você é uma bela garota. Uma pena que meu irmão te encontrou primeiro. - ele beija sua mão e pisca para a negra que sente o rosto esquentar.

Porém a mão do outro é afastada com um empurrão.

_ Não toque no que não é seu maldito, ou a minha mão vai acertar em cheio a sua cara feia. - Joe diz entredentes e seus braços trazem Anne para perto dele.

O negro levanta os braços e sorrir no que foi uma provocação, percebeu que eles apenas se suportavam.

_ Sem brigas meninos, e não olhe para a garota dos outros. - Ela adverte a Matthew que se afasta e rola os olhos. - e por fim meus pais, Ellen e Marx. - ela aponta para as duas pessoas sentadas e com expressões frias, como se a outra fosse alguém insignificante para eles.

A mulher loira somente move a cabeça e a comprimenta com nenhum entusiasmo, o seu marido nem tirou os olhos do copo de bebida na mão. Anne respirou fundo, se controlando para não falar algo que se arrependa com a indiferença de ambos.

_ Como está Joe? não o vejo a oito meses. - a mãe do moreno carrega felicidade ao olhar pro filho, diferente de como fez com Anne.

_ Você tem o meu endereço, não veio me ver porque não quis. - ele responde rude, a loira abaixa a cabeça sem graça por ele está certo. - O jantar vai demorar pra sair, estou com fome. - resmunga.

_ Falta um convidado. - ela ouve o pai do moreno pronunciar uma frase pela primeira vez.

_ Eu pensei que tinha chegados todos queridos, você não me disse que teríamos mais convidados. - a voz de Ellen é calma, mas está incontente ao questionar o marido. - é um dos seus sócios? - pergunta confusa.

O homem bebe de sua bebida, mas finge não escutar a esposa. Que fecha as mãos incomodada com o descaso do outro. Ao seu lado, Joe aperta a dela enquanto queima o pai com os olhos.

_ Boa noite. - uma voz feminina diz.

Ao se virar, Anne ver Kitty com um sorriso moderado e acena para todas. A negra abre a boca pasma, quem diria que odiaria o "sogro", a ponto de querer mata-lo.

APRENDENDO A AMAR -Amores Improváveis Onde histórias criam vida. Descubra agora