Capítulo 8

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Anne

A negra respirou profundamente e o olhou, Joe tem sobrancelhas grossas e arqueadas o que faz aparentar que estar sempre bravo. Mas quando ele sorria como fazia agora, e desse modo safado. O moreno ficava sexy, ou como senhora Jones diria: um modelo de mafioso gostoso. A mulher gostava de livros nesse estilo e Anne viu a prateleira repleta de livros da outra, e eram muitos livros eróticos para uma idosa ter. Talvez fosse por isso que a outra sabia muita coisas para quem casou com o primeiro namorado e nunca teve mais niguem depois da morte do outro.

_ Você foi de zero a cem muito rápido. - balbuciou desconcertada. - E eu estou decidindo se gosto dessa sua sinceridade excessiva.

_ Você prefere que eu minta sobre o que sinto e ignore a vontade que eu estou de te beijar desde que eu te vi dormindo na minha cama?

A negra sente que ele está a empurrando para a borda e se divertindo com o seu constrangimento.

" Bastardo"!

Ela afastou o leve contentamento por saber que o moreno a deseja, e porque não fazia idéia de como lidar com a confissão. O que uma pessoa faria nesse caso? Devia ser grata e o beijar com volúpia?

A jovem não sabe, ela nem sabe como paquerar alguém de um modo correto. Anne não saía para encontros com desconhecidos e muito menos tem uma noite louca de sexo com um. Ela é muito responsável para alguém de sua idade deve ser, e por mais que sinta que está atrasada comparada as vivências de outros jovens. Ela entende que só têm a si mesma, e não é nada extraordinário estar tão sozinha.

_ O que você quer com isso? - ela franze o cenho ao mesmo tempo que o fita confusa. - Uma pessoa não diz que quer beijar outra derrepente.

Todos têm uma intenção, e Joe tinha alguma. A possiblidade do que era gelou o seu corpo, e ela esfregou sutilmente seus braços como suja e estivesse tentando se limpar da impureza da alma.

_ Você não sai muito né? - Joe rir. - as pessoas só tem que querer a mesma coisa para que algo aconteça. Você quer me beijar?

Anne engole em seco, e ela odeia que os seus olhos vão para a boca do moreno. Joe passa as mãos nos longos cabelos o bagunçando, o que não o faz feio. O homem tem um bom rosto, que o beneficia independente de como seu cabelo esteja ou a roupa que vista.

Anne odeia pessoas muito bonitas.

_ Você esqueceu de dizer que essas coisas acontecem em festas e quando as pessoas estão muito bêbadas para fazer o que não fariam estando sã. - diz, e foge da outra pergunta.

Ela não está pronta para responder p que sua mente a lembra toda vez que o olha. Joe é o cara mais gato que lançou uma investida nela, e lógico que ela queria o beijar. Mas a última experiência com um homem foi ruim o bastante para ela desconfiar de todo o resto.

_ Eu não preciso de bebida para ter coragem Anne. - seu tom de voz e calmo mas firme. - Porque você tem tanto medo de se entregar?

Anne engole em seco, ela entendeu o que ele disse, por mais que finja que não. Uma vez irmã Emma a disse que ela tinha dificuldade em confiar nas pessoas e Anne ficou em silêncio. Nunca se aproximava de alguém e se afastava quando estavam perto de a conhecer mais do que deveriam.

Niguem a conheceu como aquela criança que ela magoou, e por isso ela evita relações muito intensas. Para decepcionar outra pessoas, vocês tem que ser íntimas e a negra não tem alguém próximo assim.

_ Eu não tenho medo, eu chamo de racionalidade. - devolve com o queixo erguido.

_ Racionalidade? - Joe abre um sorriso maroto, ele se senta mais confortável no sofá e abre as pernas, pernas essa que Anne observa.

Ele tem pernas grossas e torneadas, e a calça jeans o veste muito bem, a negra assente.

_ Todo o ser humano tende a ser racional, mas você parece que faz o que quer, não?

Joe a direciona um sorriso astuto com a fala, em nenhum momento ela viu o homem bruto de antes. Ele estava contido e paciente, um tanto arrogante, mas estava no controle da situação. Anne sentiu que estava na frente do antigo chefe, a forma como Joe estava se portando e quão confiante falava, era de alguém com liderança. A negra estranhou, porque esse homem é completamente diferente do de minutos anterior.

Anne conclui que o moreno sabia o que era viver em convívio social, só não fazia questão de o fazer.

_ Eu não penso muito. - ele diz. - Eu sigo meus instintos, e ele me diz que eu devo te beijar agora.

A garota solta um resmungo e se mexe na poltrona quando o outro se levanta e anda até ela que encara o seu rosto confiante. Joe se curva de modo que ela sente a respiração do homem choca com a dela, com a mão em cada lado da poltrona e da sua cabeça. A negra está encurralada, como nervosa.

_ Posso te beijar? - ele pergunta, sua boca está a centímetros da sua.

A respiração dela está pesada, o cheiro do perfume do outro a desnortea mais e seus olhos se dividem entre as duas esferas verdes e a sua boca. Porém ela nota que o moreno não avança e aguarda um movimento da menor.

Anne arfa e muito possível que ela se arrependa por isso, mas ela não está pensando direito ali.

_ Você é louco. - E o que ela diz e une os lábios.

Ela nunca beijou, então no começo sua boca apenas tocou a dele, mas no instante depois Joe estava movendo os lábios. Anne seguiu o ritmo do outro e quando a mão dele adentrou seu cabelo, o moreno inclinou sua cabeça para trás e aprofundou o beijo e a língua dele invadiu sua boca.

O primeiro beijo da outra Foi sem sombras de dúvida, melhor do que imaginava.

APRENDENDO A AMAR -Amores Improváveis Onde histórias criam vida. Descubra agora