Capítulo 25

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Anne

O mal de você abandonar um passado  inacabado e que mais cedo ou tarde ele retorna para acerta as contas. A negra está com sentimentos conflituosos dentro de si.

Raiva, ódio, nojo.

E... arrependimento.

Evitou aquele assunto por anos, para em uma único noite ter o seu passado arremessado de volta pra ela. Mas também ela percebeu que nunca esteve tão sozinha, quando ela tinha problemas, a garota recorria a senhora Jones. A idosa tinha um jeito leve de a aconselhar e nada era tão complicado que não tivesse uma solução.

Ela começou a se questionar se valeu mesmo a pena ter saído da cidade, não era uma vida de luxo, mas ela tinha um certo conforto. Uma cama, um teto e comida deviam ter sido suficientes para Anne, se não tivesse ter dado um salto maior que suas pernas.

A negra só ficou tanto tempo na cidade por Bella. Elas podia não ter mais um contato, mas o orfanato estava lá. Ela sabia onde a menina estava e onde devia ir para vê-la, e essa proximidade dava um alívio na culpa da outra. Ir embora foi abandonar um lugar que trazia a tona todos os dias o seu erro e que a lembrava como ela foi uma pessoa ruim.

Porém a verdade a persegue onde quer que vá, e não adianta fugir dessa vez. A água quente escorria pelo seu corpo, desejou que lavasse também sua alma e levasse a angústia de não saber o que fazer.

_ Você está calada. - ela sentiu o homem a abraçar por trás e a mão do outro massagear um dos seus seios.

O toque não provocou reação no corpo da jovem, sua mente estava longe, que quase esqueceu que o moreno estava ali.

Anne conversou pouco depois do ocorrido, obviamente Joe ia estranhar. Mas como ela podia o dizer abertamente que o pai dele estava a chantageando?

A negra plantou um sorriso de mentira e se virou, passou os braços pelo pescoço do maior e o beijou.

_ Eu fico sem energia quando estou cansada, então não ligue se eu tiver calada. E o meu modo de voltar a ser eu mesma. - diz.

_ Não é pelo jantar? - ele questiona com a sobrancelha adequada e acaricia um ponto em sua orelha que trás um estremecimento pelo seu corpo que a faz sentir menos tensa.

Se Anne está esquisita, tem tudo relacionado ao jantar, contudo ela nega.

_ O jantar e o de menos, e você me avisou que seus pais podiam ser desagradáveis... - ela sacode os ombros.

O homem a analisa por um segundo, como se não acreditasse que fosse somente aquilo que incomodava a negra.

__ Sim, eu avisei. Mas você não escuta nada do que eu digo. - ele sorrir de lado. - os meus pais estão bem com o casamento infeliz deles e em afastar os poucos que se importam. Não tem muito o que eu possa fazer, e eu não quero ficar perto do meu pai mais que eu deva.

Nisso Anne concorda, pensar em Marx a levou ter calafrios e uma raiva que ela controlou bem, embora suas unhas tenha afundado na palma de sua mão.

_ E a sua mãe? - ela questiona, e se segura no braço do homem que aperta seu seio e desliza a outra mão m por sua intimidade. Negra arfa com a intrusão de um dedo dentro dela, iniciando movimentos lentos.

_ O que tem a minha mãe?

A garota morde os lábios ao ter seu clitóris estimulado pela mão que antes brincava com o seu peito.

_ Não é estranho a submissão que ela tem pelo seu pai?

Joe para os movimentos por um breve instante, mas sua resposta soou fria.

_ Eu cresci com eles se odiando e posso dizer que a minha mãe não pediria o divórcio. Ela não abriria mão da vida luxuosa que tem ao lado do meu pai, e um casamento onde os dois tem um interesse em comum: dinheiro.

A negra murmura algo, mas não se concentra totalmente no que o moreno diz, porque ela não pode pensar quando o seu corpo está febril com o toque do outro. Ela tombou a cabeça para trás e achou que não seria de todo mal se entregar ao desejo e por um minuto não ser sufocada por seus problemas.

Ela reclamou pelo dedo do homem ter se afastado, mas não durou muito, porque logo o pau do homem estava entrando nela com uma estocada forte.

[...]

Ela não gostava de dormir sem roupa, mas ter seu corpo enrolado com o do outro, ambos nús, era um dos seus momentos prediletos. A agradava a sensação de proteção que o corpo maior remetia.

_ Não é um trabalho que envolva moda como você queria, mas eu arrumei algo para você. - ele começa num tom despreocupado, sua voz está sonolenta e não vai demorar muito para que o sono o leve.

Porém Anne vê isso como uma grande notícia e se ergue apoiando os braços em seu peito e o fitando com expectativa.

_ Eu falei com a Débora, ela está precisando de alguém para a ajudar na floricultura...

_ Oh meu Deus, você está falando sério?!

Joe a olha divertido com a empolgação da negra.

_ O emprego é seu. Se aceitar, começa na segunda. - diz.

Anne não pensa quando o abraça e rouba um beijo que tira o fôlego dos dois, ela tem um sorriso de orelha a orelha para o homem.

_ Você é o melhor namorado falso do mundo. - diz.

A risada rouca do homem e ouvida, e ele a rola ficando em cima da jovem. Os seus dentes puxam o seu lábio inferior e o moreno a beija. Os dois se encaram, a intensidade dos olhos verdes sobre o seu enrubece suas bochechas. Essa é uma daquelas horas em que ela acha que não e só uma atração que os une.

_ Você me ajudou, e a minha vez de te ajudar boneca. - ele diz baixo e suas bocas se encontram novamente em um beijo profundo.

" Joe não merece o pai que tem". Ela pensa.







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