Anne
O mal de você abandonar um passado inacabado e que mais cedo ou tarde ele retorna para acerta as contas. A negra está com sentimentos conflituosos dentro de si.
Raiva, ódio, nojo.
E... arrependimento.
Evitou aquele assunto por anos, para em uma único noite ter o seu passado arremessado de volta pra ela. Mas também ela percebeu que nunca esteve tão sozinha, quando ela tinha problemas, a garota recorria a senhora Jones. A idosa tinha um jeito leve de a aconselhar e nada era tão complicado que não tivesse uma solução.
Ela começou a se questionar se valeu mesmo a pena ter saído da cidade, não era uma vida de luxo, mas ela tinha um certo conforto. Uma cama, um teto e comida deviam ter sido suficientes para Anne, se não tivesse ter dado um salto maior que suas pernas.
A negra só ficou tanto tempo na cidade por Bella. Elas podia não ter mais um contato, mas o orfanato estava lá. Ela sabia onde a menina estava e onde devia ir para vê-la, e essa proximidade dava um alívio na culpa da outra. Ir embora foi abandonar um lugar que trazia a tona todos os dias o seu erro e que a lembrava como ela foi uma pessoa ruim.
Porém a verdade a persegue onde quer que vá, e não adianta fugir dessa vez. A água quente escorria pelo seu corpo, desejou que lavasse também sua alma e levasse a angústia de não saber o que fazer.
_ Você está calada. - ela sentiu o homem a abraçar por trás e a mão do outro massagear um dos seus seios.
O toque não provocou reação no corpo da jovem, sua mente estava longe, que quase esqueceu que o moreno estava ali.
Anne conversou pouco depois do ocorrido, obviamente Joe ia estranhar. Mas como ela podia o dizer abertamente que o pai dele estava a chantageando?
A negra plantou um sorriso de mentira e se virou, passou os braços pelo pescoço do maior e o beijou.
_ Eu fico sem energia quando estou cansada, então não ligue se eu tiver calada. E o meu modo de voltar a ser eu mesma. - diz.
_ Não é pelo jantar? - ele questiona com a sobrancelha adequada e acaricia um ponto em sua orelha que trás um estremecimento pelo seu corpo que a faz sentir menos tensa.
Se Anne está esquisita, tem tudo relacionado ao jantar, contudo ela nega.
_ O jantar e o de menos, e você me avisou que seus pais podiam ser desagradáveis... - ela sacode os ombros.
O homem a analisa por um segundo, como se não acreditasse que fosse somente aquilo que incomodava a negra.
__ Sim, eu avisei. Mas você não escuta nada do que eu digo. - ele sorrir de lado. - os meus pais estão bem com o casamento infeliz deles e em afastar os poucos que se importam. Não tem muito o que eu possa fazer, e eu não quero ficar perto do meu pai mais que eu deva.
Nisso Anne concorda, pensar em Marx a levou ter calafrios e uma raiva que ela controlou bem, embora suas unhas tenha afundado na palma de sua mão.
_ E a sua mãe? - ela questiona, e se segura no braço do homem que aperta seu seio e desliza a outra mão m por sua intimidade. Negra arfa com a intrusão de um dedo dentro dela, iniciando movimentos lentos.
_ O que tem a minha mãe?
A garota morde os lábios ao ter seu clitóris estimulado pela mão que antes brincava com o seu peito.
_ Não é estranho a submissão que ela tem pelo seu pai?
Joe para os movimentos por um breve instante, mas sua resposta soou fria.
_ Eu cresci com eles se odiando e posso dizer que a minha mãe não pediria o divórcio. Ela não abriria mão da vida luxuosa que tem ao lado do meu pai, e um casamento onde os dois tem um interesse em comum: dinheiro.
A negra murmura algo, mas não se concentra totalmente no que o moreno diz, porque ela não pode pensar quando o seu corpo está febril com o toque do outro. Ela tombou a cabeça para trás e achou que não seria de todo mal se entregar ao desejo e por um minuto não ser sufocada por seus problemas.
Ela reclamou pelo dedo do homem ter se afastado, mas não durou muito, porque logo o pau do homem estava entrando nela com uma estocada forte.
[...]
Ela não gostava de dormir sem roupa, mas ter seu corpo enrolado com o do outro, ambos nús, era um dos seus momentos prediletos. A agradava a sensação de proteção que o corpo maior remetia.
_ Não é um trabalho que envolva moda como você queria, mas eu arrumei algo para você. - ele começa num tom despreocupado, sua voz está sonolenta e não vai demorar muito para que o sono o leve.
Porém Anne vê isso como uma grande notícia e se ergue apoiando os braços em seu peito e o fitando com expectativa.
_ Eu falei com a Débora, ela está precisando de alguém para a ajudar na floricultura...
_ Oh meu Deus, você está falando sério?!
Joe a olha divertido com a empolgação da negra.
_ O emprego é seu. Se aceitar, começa na segunda. - diz.
Anne não pensa quando o abraça e rouba um beijo que tira o fôlego dos dois, ela tem um sorriso de orelha a orelha para o homem.
_ Você é o melhor namorado falso do mundo. - diz.
A risada rouca do homem e ouvida, e ele a rola ficando em cima da jovem. Os seus dentes puxam o seu lábio inferior e o moreno a beija. Os dois se encaram, a intensidade dos olhos verdes sobre o seu enrubece suas bochechas. Essa é uma daquelas horas em que ela acha que não e só uma atração que os une.
_ Você me ajudou, e a minha vez de te ajudar boneca. - ele diz baixo e suas bocas se encontram novamente em um beijo profundo.
" Joe não merece o pai que tem". Ela pensa.
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APRENDENDO A AMAR -Amores Improváveis
Lãng mạnAnne nunca se sentiu amada, foi deixada na porta de um orfanato ainda quando bebê. Anos depois consegue um importante emprego numa grande revista de moda, ela larga tudo para ir atrás do seu sonho. Só não contava com o mal tempo ...e é claro aquele...