Anne
Anne estava nervosa, ok; Anne estava muito nervosa. Um nervosismo que quase a paralisava. A mão de Joe segurava a sua que estava com um leve tremor, não era para menos conheceria seus "sogros".
Para a ocasião, a negra pegou um dos poucos vestido de festa. Ele já foi muito usado, mas estava como novo. A peça chega aos joelhos, é rodado e num decote em v de um vermelho intenso. Se era pra ser o centro da atenção, então que estivesse bem vestida. Quem não estava dando a mínima para o jantar, era o moreno que demorou uma eternidade para finalmente saírem de casa. E seus passos eram tão lentos enquanto andavam em direção a imensa mansão, que era nítido que ele estava ali por uma força maior. Anne diria que ele só o fazia por sua mãe, ela quase pensou que o ignoraria a ligação de Stella. Mas a tarde, ele a disse que estava indo na casa dos pais ela não precisava o acompanhar se não quisesse.
Se a intenção era chegar atrasados... já estavam. Anne encarou a sua volta, a família do homem vomitava dinheiro. O lugar era muito protegido, contou três seguranças desde que os portões foram abertos para entrarem e homens fortes e corpulentos vigiavam a casa.
_ Esta comendo o filho da puta com os olhos. - ele diz entredentes, e a puxa pela cintura para que continue a andar.
Anne sente um sentimento satisfatório, e o olha sorrindo maliciosa.
_ Para que o nosso namoro seja convincente, você tem se esforça. Você não parece apaixonada quando está secando outro homem. - ele rebate azedo.
_ Eu acho que você está levando muito a sério o namoro falso. - ela ergue a sombracelha. -Joe, você está fazendo pela Stella ou tem algo a mais que eu não sei...?
O fato deles estarem agindo como um casal, mesmo quando não tinha niguem vendo. Está fazendo com que ela acredite que eles são um!
O moreno para de andar e enrigece, ele a evita a olhar. Mas ela percebe um certo nervosismo no outro, o que é novo, porque Joe e sempre muito confiante.
_ Não seja tola, por que eu mentiria pra você? - ele diz, e os dois voltam a andar.
_ Eu não sei, mas as vezes eu fico confusa... - e penso que não somos apenas uma amizade colorida. Ela não o disse essa parte, mesmo que o tenha feito em pensamento.
_ Você tem que parar de pensar tanto Anne, estamos tendo algo legal. E eu quero guardar boas lembranças disso, nós dois sabemos que nem tudo é mentira. - diz e bate na porta.
Ela odeia que ele não esteja sendo direto e suas intenções cobertas. Ela não posso ser a única a está sentindo aquilo e ela queria tirar uma confissão do homem. Porém ela não consegue dizer mais, porque uma senhora abre a porta e sorrir ao ver o moreno e corre para o abraçar.
A negra cogitou se podia se tratar da mãe do outro, mas o moreno retribuiu sem pensar o gesto carinhoso sendo muito espontâneo. Perto da mãe, ele estaria provavelmente desconfortável.
_ Você é um ingrato garoto, não veio mais me ver. - ela o xinga, mas seu continua com um sorriso terno ao o olhar.
_ Eu também sentir saudades Ruth, eu estava um pouco ocupado. Desculpe. - ele responde a senhora.
E como se Anne estivesse vendo outro Joe, não o irritado e grosso e com um humor sacartisco. Aquele Joe estava menos na defensiva, e mais relaxado na presença de outra pessoa.
_ Muito ocupado para me ver, eu limpei a sua bunda garoto. Você é um ingrato. - ela bate em seu braço, o homem rir e segura seu rosto para beijar a testa da mais velha. - Me traga presentes na próxima. - ela aponta o dedo para seu peito.
_ Você não gosta de nada que eu compro. - retruca.
_ Eu gosto de chocolates, uma cesta cheia deles não é uma má ideia.
O moreno nega.
_ Eu não vou ser responsável por você ter diabetes. - diz despreocupado. - Essa é Anne, a minha namorada. - ele a trás para frente, a moça encara a outra tímida. - mas você já sabe, estão falando muito mal de mim pelas costas? - questiona em sacarmos.
_ Eu não falaria mal do meu menino. - a senhora responde e recebe um aceno de cabeça do outro e um sorriso. - Bem vinda meu bem, pensei que garoto fosse ficar pra titio. - ela tem um olhar amistoso para a negra que rir do que ela diz.
_ Eu não vou conversar sobre a minha vida amorosa com uma senhora que tem idade para ser minha vó. - ele resmunga e puxa a mão de Anne para que entre. - vem boneca, eu nem cheguei e quero que esse jantar dos infernos termine.
_ Joe, é a sua família! - ela o repreende, um pouco constrangida que a senhora que segue atrás dos dois escutou tudo.
_ Não me importo, eu vim pela comida. Você tem mãos mágicas Ruth, não sei porque perde o seu tempo com pessoas mimadas.- ele reclama.
A mais velha apenas esboça um pequeno sorriso.
_ A sua mãe precisa de mim. - diz.
Joe faz um ruído com a boca, e uma risada alta vai se formando.
_ A minha mãe precisa e tomar vergonha na cara e se divorciar do meu pai. - fala, muito tranquilo.
O que causa surpresa na negra, porque Joe realmente não está interessado no que envolva sua família. Ele não está interessada em quase nada sendo sincera, ele age como se o mundo fosse uma merda e não ligasse para ninguém além dele mesmo. Quer dizer... ele era carinhoso com Anne, mas com as outras pessoas era um posso de grosseria.
Devia ser sentir especial por isso?
O homem que não esperou ser direcionado, com passos apressados a levou até a sala. Tinha muitos olhos curiosos encarando os dois, e especificamente ela. Alguns rostos era familiar, como Stela, Erick e a tagarela Débora. Joe não mencionou que a outra mulher fosse uma parente, então quis saber o que Débora fazia ali.
Anne ficou um pouco tímida com a atenção.
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APRENDENDO A AMAR -Amores Improváveis
RomanceAnne nunca se sentiu amada, foi deixada na porta de um orfanato ainda quando bebê. Anos depois consegue um importante emprego numa grande revista de moda, ela larga tudo para ir atrás do seu sonho. Só não contava com o mal tempo ...e é claro aquele...