Capítulo 21

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Anne

Anne estava nervosa, ok; Anne estava muito nervosa. Um nervosismo que quase a paralisava. A mão de Joe segurava a sua que estava com um leve tremor, não era para menos conheceria seus "sogros".

Para a ocasião, a negra pegou um dos poucos vestido de festa. Ele já foi  muito usado, mas estava como novo. A peça chega aos joelhos, é rodado e num decote em v de um vermelho intenso. Se era pra ser o centro da atenção, então que estivesse bem vestida. Quem não estava dando a mínima para o jantar, era o moreno que demorou uma eternidade para finalmente saírem de casa. E seus passos eram tão lentos enquanto andavam em direção a imensa mansão, que era nítido que ele estava ali por uma força maior. Anne diria que ele só o fazia por sua mãe, ela quase pensou que o ignoraria a ligação de Stella. Mas a tarde, ele a disse que estava indo na casa dos pais ela não precisava o acompanhar se não quisesse.

Se a intenção era chegar atrasados... já estavam. Anne encarou a sua volta,  a família do homem vomitava dinheiro. O lugar era muito protegido, contou três seguranças desde que os portões foram abertos para entrarem e homens fortes e corpulentos vigiavam a casa.

_ Esta comendo o filho da puta com os olhos. - ele diz entredentes, e a puxa pela cintura para que continue a andar.

Anne sente um sentimento satisfatório, e o olha sorrindo maliciosa.

_ Para que o nosso namoro seja convincente, você tem se esforça. Você  não parece apaixonada quando está secando outro homem. - ele rebate azedo.

_ Eu acho que você está levando muito a sério o namoro falso. - ela ergue a sombracelha. -Joe, você está fazendo pela Stella ou tem algo a mais que eu não sei...?

O fato deles estarem agindo como um casal, mesmo quando não tinha niguem vendo. Está fazendo com que ela acredite que eles são um!

O moreno para de andar e enrigece, ele a evita a olhar. Mas ela percebe um certo nervosismo no outro, o que é novo, porque Joe e sempre muito confiante. 

_ Não seja tola, por que eu mentiria pra você? - ele diz, e os dois voltam a andar.

_ Eu não sei, mas as vezes eu fico confusa... - e penso que não somos apenas uma amizade colorida. Ela não o disse essa parte, mesmo que o tenha feito em pensamento.

_ Você tem que parar de pensar tanto  Anne, estamos tendo algo legal. E eu quero guardar boas lembranças disso, nós dois sabemos que nem tudo é mentira. - diz e bate na porta.

Ela odeia que ele não esteja sendo direto e suas intenções cobertas. Ela não posso ser a única a está sentindo aquilo e ela queria tirar uma confissão do homem. Porém ela não consegue dizer mais, porque uma senhora abre a porta e sorrir ao ver o moreno e corre para o abraçar.

A negra cogitou se podia se tratar da mãe do outro, mas o moreno retribuiu sem pensar o gesto carinhoso sendo muito espontâneo. Perto da mãe, ele estaria provavelmente desconfortável.

_ Você é um ingrato garoto, não veio mais me ver. - ela o xinga, mas seu continua com um sorriso terno ao o olhar.

_ Eu também sentir saudades Ruth, eu estava um pouco ocupado. Desculpe. - ele responde a senhora.

E como se Anne estivesse vendo outro Joe, não o irritado e grosso e com um humor sacartisco. Aquele Joe estava menos na defensiva, e mais relaxado na presença de outra pessoa.

_ Muito ocupado para me ver, eu limpei a sua bunda garoto. Você é um ingrato. - ela bate em seu braço, o homem rir e segura seu rosto para beijar a testa da mais velha. - Me traga presentes na próxima. - ela aponta o dedo para seu peito.

_ Você não gosta de nada que eu compro. - retruca.

_ Eu gosto de chocolates, uma cesta cheia deles não é uma má ideia.

O moreno nega.

_ Eu não vou ser responsável por você ter diabetes. - diz despreocupado. - Essa é Anne, a minha namorada. - ele a trás para frente, a moça encara a outra tímida. -  mas você já sabe, estão falando muito mal de mim pelas costas? - questiona em sacarmos.

_ Eu não falaria mal do meu menino. - a senhora responde e recebe um aceno de cabeça do outro e um sorriso. - Bem vinda meu bem, pensei que garoto fosse ficar pra titio. - ela tem um olhar amistoso para a negra que rir do que ela diz.

_ Eu não vou conversar sobre a minha vida amorosa com uma senhora que tem idade para ser minha vó. - ele resmunga e puxa a mão de Anne para que entre. - vem boneca, eu nem cheguei e quero que esse jantar dos infernos termine.

_ Joe, é a sua família! - ela o repreende, um pouco constrangida que a senhora que segue atrás dos dois escutou tudo. 

_ Não me importo, eu vim pela comida. Você tem mãos mágicas Ruth, não sei porque perde o seu tempo com pessoas mimadas.- ele reclama.

A mais velha apenas esboça um pequeno sorriso.

_ A sua mãe precisa de mim. - diz.

Joe faz um ruído com a boca, e uma risada alta vai se formando.

_ A minha mãe precisa e tomar vergonha na cara e se divorciar do meu pai. - fala, muito tranquilo.

O que causa surpresa na negra, porque Joe realmente não está interessado no que envolva sua família. Ele não está interessada em quase nada sendo sincera, ele age como se o mundo fosse uma merda e não ligasse para ninguém além dele mesmo. Quer dizer... ele era  carinhoso com Anne, mas com as outras pessoas era um posso de grosseria.

Devia ser sentir especial por isso?

O homem que não esperou ser direcionado, com passos apressados a levou até a sala. Tinha muitos olhos curiosos encarando os dois, e especificamente ela. Alguns rostos era familiar, como Stela, Erick e a tagarela Débora. Joe não mencionou que a outra mulher fosse uma parente, então quis saber o que Débora fazia ali.

Anne ficou um pouco tímida com a atenção.

APRENDENDO A AMAR -Amores Improváveis Onde histórias criam vida. Descubra agora