AnneNão era um sentimento do qual controlava, e como se uma voz bem lá no fundo de sua mente alerta-se de não se prender demais a alguém. O que era uma simples nuvem cinzenta para alguns, era sinal de tempestade para Anne. Quanto mais calmo estava, mais destruição trazia.
_ Pare de andar, você está me deixando zonza. - ela sorrir, mas o outro sequer a olha.
Parou de seguir os movimentos repetitivos de Joe a uns minutos atrás após ter certeza que o silêncio era preciso. No entanto a tensão é palpável no quarto, não trocaram uma palavra o caminho todo. Não por falta de tentativas suas, mas o moreno foi monossilabico " em casa" a disse.
Ele estava tão sério, que a negra nem cogitou o corrigir e dizer que a casa era unicamente sua e a jovem era uma "hóspede".
_ Ok, desculpa. Eu nem sei porque eu te falei disso, eu sou a última pessoa que deve te cobrar algo. E a sua vida, e eu não o conheço o suficiente para entrar nesse assunto com você, tudo bem se estiver zangado comigo...
Os passos pesados de Joe indo de um lado ao outro no quarto, cessam. E ele a olha cemicerrado.
_ Eu não estou zangado com você. - rosna.
_ Não está? - ela ergue a sobrancelha. - ignorar uma pessoa, e estar zangado para mim.
Ele passa as mãos no cabelo nervoso, não era a situação ideal, mas os lábios da garota sobem num sorriso. E fácil de saber quando o homem está descontente, ele quase arranca os cabelos na mão. Ela tem certeza se olhar bem, verá alguns fios em sua mão.
_ O que me dá raiva, e que é sempre sobre Kitty. Não importa o quanto as coisas estejam indo bem, esse assunto sempre volta. As pessoas podiam simplesmente esquecer disso. - ele diz e respira profundamente, se sentando ao seu lado.
Anne fica uns minutos interpretando as palavras e o desabafo nelas. Ela pensa o quanto difícil deve ser para ele, ter o passado frequentemente vindo a tona. Ela própria se contorce de raiva quando as pessoas trazem o fato dela ter sido órfão nas conversas. Muito interessadas em saber como é estar em um orfanato, como se isso a diferenciasse dos outros.
Porém Anne tinha que tentar algo, para saber com o que ela estava lidando. A resposta do moreno diria se ela estava sobrando ali, e se estivesse...
"Aquele não era o lugar de Anne."
_ Provavelmente eu vou piorar as coisas, mas... você ainda a ama? - ele a fita assustado. -Você têm sentimentos por Kitty Joe? - pergunta.
O homem vira o rosto, e olha para a parede fixamente em silêncio. Anne sentiu uma pontada em seu coração, por mais que não tenha sido físico. O efeito foi o mesmo, ela ficou furiosa consigo mesma por ter ficado cabisbaixa com a sua falta de resposta.
Anne une o pouco de dignidade que a resta e se levanta, ela alisa o vestido como se limpasse uma sujeira invisível. Mas era só porque não sabia o que fazer com as mãos.
_ Eu não serei a pessoa que você vai usar para esquecer a sua ex, acho melhor eu ir...
_ Pra onde? - ele a corta e a olha com preocupação, contudo o desgosto da negra foi por ele não ter dito nada para a impedir.
_ Eu tenho um dinheiro guardado, eu posso pagar um hotel por alguns dias e depois... eu me viro. - ela diz baixo, mas não faz ideia do que fazer depois que sair dali.
Ela fita a sua mala no canto do quarto, o homem tinha separado uma pequena parte do guarda-roupa para ela. O que é engraçado, os dois estavam agindo como se estivesse mesmo em um relacionamento e não tratasse apenas de sexo. Quando passa em pegar o objeto, sua voz corta o silêncio.
_ Eu a amei por muito tempo. - diz, a outra engole o incômodo com a revelação. - e pensei que nunca estaria livre desse sentimento... - seu sorriso é irônico. - eu não faço propostas sexuais a mulheres, e muito menos as trago para a minha casa. Na verdade eu não gosto que niguem me perturbe, mas você... - ele a olha ardentemente, o faz a outra abaixar a cabeça sem graça. - eu te desejo como não acontecia a anos, foi assim ontem e hoje e amanhã. Não é o bastante, eu te quero cada vez mais. Eu não sei o que eu estou sentido, mas eu gosto de você Anne. - diz.
A negra não esboça qualquer reação, porque aquilo é muito para alguém ouvir. Joe não só disse que não nutria sentimentos pela loira, ele contou mais. É o mais louco disso, e que ela sentia o mesmo. Não era só desejo, tinha algo mais que a outra ainda não sabia definir corretamente. Mas os braços do moreno, se tornou seu lugar favorito. Um toque e ela estava entregue a ele totalmente.
_ Eu preciso pensar sobre isso, eu não tenho uma resposta para te dar agora. Desculpe. - ela o olha sem jeito e temerosa que o outro fique desapontado depois ter aberto o que sente pra ela é Anne não ter nada para o dizer.
Porém Joe sacode os ombros e inclina em sua direção com um sorriso divertido.
_ Você não tem que dizer algo, isso não foi uma declaração boneca. - ele a beija. - eu disse que arrumaria um emprego para você, e eu vou cumprir a minha palavra. - a sua mão passa no pescoço de Anne e como esperado o seu corpo começa a esquentar. - fique o quanto você quiser, e enquanto isso podemos tirar proveito disso tudo. - sua voz carrega devassidão, como expectativa.
Anne entende ao que ele se refere, e sem timidez senta em seu colo. Podendo perceber o quanto o homem está excitado, ela olha para baixo e rebola devagar sobre o membro. Tirando uma respiração mais pesada do moreno.
_ Você parece animado. - ela sorrir com malícia.
__ O seu ciúmes me deixou com tesão. - ele responde e puxa a sua cintura para que não pare de mexer.
_ Eu não tenho ciúmes. - ela diz, mesmo que deconfie um pouco disso.
_ Ciúmes ou não, eu estou duro e vou te foder Anne. - ele diz antes dos dois trocarem um beijo intenso.
Joe a deita na cama e a negra não impede que ele tire suas roupas, eles estão construindo algo e a garota não se importar de verificar para onde o homem pode a levar.
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APRENDENDO A AMAR -Amores Improváveis
RomanceAnne nunca se sentiu amada, foi deixada na porta de um orfanato ainda quando bebê. Anos depois consegue um importante emprego numa grande revista de moda, ela larga tudo para ir atrás do seu sonho. Só não contava com o mal tempo ...e é claro aquele...