Uma das características de um psicopata é não preocupar -se com os sentimentos alheios, não importar-se se
estará ou não ferindo seja física ou emocionalmente alguém.
Nesse perspectiva concluímos que alguém assim jamais poderia se apaixonar, tão pou...
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Desfalecido, sangrando, moído e gemendo como se não tivesse mais fôlego, Jun Woo estava preso a uma cadeira de tortura. Em sua frente uma armadilha com lança afiada cravada em seu abdômem fazendo-o sangrar e despedaçar-se em seu colo.
Corri até ele vendo-o desfalecer. O segurei, amparei e dando todo meu coração apoiei seu corpo, o aconchegando em meu peito. Jun Woo estava morrendo e embora ele mal pudesse sustentar sua própria cabeça, seus gemidos agonizantes me davam esperança em salva-lo, havia vida ainda e eu precisava impedir que aquela lança o perfurasse novamente.
Espantei os corvos que sobrevoaram piando a espera de seu último suspiro.
O sol refletindo em seu corpo coberto de sangue, poeira e suor mostravam o quanto ele estava ferido. Encarava a armadilha, pensando em como ajudá-lo, vendo e apoiando seu corpo letárgico e sem respostas.
-Acorde, falo comigo!- peço segurando em sua cabeça amolecida.
Segurei a lança que girou e cravou novamente fazendo sangue escorrer de sua boca e um gemido torturante preencher o vazio do galpão. Eu me senti em desespero. Ele não poderia morrer! Não ali, não daquele jeito!!! Não na minha frente! O meu plano nunca fora aquele!
A nossa consciência em momentos de tensão costuma despertar quem realmente somos. E naquele momento, com meus instintos ativados sentindo-me na obrigação de salvar Jun Woo, era como se na beira do precipício eu me jogasse de vez. Eu o resgataria daquela armadilha e seria dele para sempre.
Vê-lo agonizar, gemer de dor e definhar dando seus últimos suspiros tão próximo a sua morte bloqueou meus temores e instintos éticos e morais que ainda me barravam.
Meu eu, que tentava sobreviver de forma amena, ficou naquele barracão e no momento que minhas mãos o arrancaram da armadilha eu sabia que seria capaz de tudo por ele. Para ele! Para ser toda dele! Eu finalmente passaria a viver.
Encontrei uma forma de soltá-lo antes que a lança funcionasse novamente. Havia um dispositivo conectado a trava que foi facilmente cortado, pois certamente nos planos de Vincenzo, Jun Woo não seria ajudado, Jun Woo não teria mais ninguém, então quem poderia resgata-lo? Qual a lógica fazer uma armadilha tão complexa? Pois ele não esperava mesmo! E desconfio que seus neurônios devem ter se corroído tentando entender como JunWoo escapou. Isso se ele voltou ao galpão ou se realmente o havia deixado morrer e aprodecer naquele local.
Meu presidente poderoso sofreu horas agonizando com a flecha de redenção enfiando em seu peito prestes a leva-lo a morte.
O retirei da armadilha, amparando seu corpo pesado. Ele sem reação gemia e respirava lentamente como se sua alma estivesse deixando seu corpo.