Capítulo XXII
Por Lin Dami
A manhã começou resplandecente. O que eu mais amava fazer naquela época do ano quando estava em Seoraksan,
era sair ainda quando a cerração pairava sob as montanhas e colher flores para decorar meus vasos no entanto, eu tinha algo muito mais apreciado.Uma vista que me enchia de sentimentos bons e diria até acolhedores. Ter uma companhia naquela cabana estava sendo inovador.
Ele dormia calmamente. Sua respiração era suave, baixa e tranquila. O observo julgando o com incredulidade o quanto alguém como ele podia dormir tão bem, com um sono tão calmo.
Me aproximei da cama devagar e o observo mais de perto. Me abaixei sob seus lábios tortos salivando, desejando beijá-los. De repente ele abre os olhos, mas em vez de me assustar e afastar me permaneci próxima a ele como se esperasse um sinal que poderia beijar lhe.
Seus olhos encaravam meu rosto olhando me intensamente... desejei sentir seus lábios e me aproximei mais enquanto seu olhar permanecia firme em mim, mas ele virou o rosto iguinorando me completamente.
Me detive por alguns segundos na mesma posição tentando decifrar porque ele me recusava daquela forma. Era só um beijo. Um beijo de "bom dia". Não representaria muita coisa visto a conversa da noite anterior e as provocações dele. Ele virou novamente o rosto para mim e fixou seu olhar intenso. Eu deveria beija lo naquele momento? O que afinal se passava em seus pensamentos.
Eu queria poder entender o que se passava naquela cabeça insana mas, fui incapaz.
Me afastei dando as costas preparando uma medicação. Ele ficou em silêncio deixando o clima torturante.
- Este é seu plano realmente?- pergunta finalmente- Me trazer pra cá, não me deixar voltar para Seul com esse papo de que vão me pegar indefeso, é de fato verdade ou você pretende algo a mais com isso?
- Eu só estava vendo se estava respirando bem! - digo notando imediatamente que aquela desculpa certamente não iria colar. Ele não acreditaria naquilo, muito menos eu deveria tentar esconder que estava tentando beija lo enquanto dormia.
-Uhum...-ele resmunga concordando.
-Eu vou deixar a medicação para quando conseguir se levantar. Coma também.
- Está bem!- concorda com seu tom sarcástico. -Vou fazer tudo que mandar. Eu quero sarar o mais rápido possível!
Não saberia dizer se ele falava aquilo para irritar me ou se representava um desejo devido a dor que sentia. Tudo que vinha dele poderia ser uma mentira, uma enganação, um plano bem armado. Então eu devia estar mais atenta. Por mais que eu soubesse a seu respeito, tratando-se dele eu poderia esperar tudo.
-Faça isso! -concordo saindo do quarto.
Naquele dia, ele permaneceu na cama por boa parte do dia e falamos pouco. A noite antes do banho, novamente o auxiliei a tirar a calça e camisa, dessa vez de botões na frente. Nada de brincadeiras ou insinuações. Ele apenas observava me atentamente. Eu me questionava se ele havia se lembrado de quem eu realmente era ou se estava tentando o fazer. Fato era que nada mudaria. Aquelas alturas, ele certamente já havia se dado conta que meu interesse ia muito além de apenas resgatar um humano da morte certa.
...
Data de publicação: 10/04/2024
É minha gente, parece que há uma tensão entre eles...
E se preparem para o próximo capítulo porque é da hora!! Um dos meus preferidos!!
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Um fim para Recomeçar
RomansaUma das características de um psicopata é não preocupar -se com os sentimentos alheios, não importar-se se estará ou não ferindo seja física ou emocionalmente alguém. Nesse perspectiva concluímos que alguém assim jamais poderia se apaixonar, tão pou...