Capítulo XXV
Por Jun Woo
Ondas de calor e desejo me tomavam. Eu mal compreendia porque conquistá-la me deixava tão excitado, mas eu desejava ter aquela mulher novamente. Saborear seu corpo doce e macio como um pêssego suculento mais uma vez. A testosterona berrando em minha corrente sanguínea pedia que eu mostrasse que poderíamos aproveitar aqueles dias na cabana com beijos longos e suaves e sexo picante.
Dami despertava em mim uma carência em ter aquele corpo novamente e grau de desejo jamais experimentado. Ela me deixava frustrado por desejá-la tanto, por ser dependente daquele corpo, mas por outro lado podia ser a abstinência!- pensei eu. Só podia ser fruto do desejo que ela representava. Corromper a policial! Quanto mais ela se recusava - mesmo sabendo eu o quanto ela já havia se entregado- mais eu a queira. E eu não aceitaria um não, uma recusa!
- Não consigo me controlar assim perto de você!- digo sentindo meus músculos mais íntimos latejarem e sem pensar mais pego sua mão e a levo até meu órgão pulsante na tentativa que ela aceitasse acalmá-lo. O toque de sua mão acalmaria momentaneamente aquela agitação. Ela tinha que aceitar!
Pov Lin Dami
Aquilo - momentaneamente- estava fora de cogitação. Eu sabia exatamente qual o passo seguinte se aceitasse tocar em seu corpo. Eu não resistiria! Ele me deu liberdade para isso, mas eu não poderia aceitar as tentativas daquele doente insano. Ainda não! Por enquanto não. Eu queria seu coração primeiro. Ou ele inteiro, ou...
Ele só me usaria para acalmar seus instintos e em seguida me descartaria. E eu, o queria por inteiro e com o passar dos dias, o queria por muito tempo. Eu estava sendo egoísta em desejar muito mais do que ele poderia ofertar, mas eu havia me jogado no precipício por ele. Não tinha mais como recuar na possibilidade de tê-lo para sempre. Eu precisava agir com calma e consciência se realmente desejava conquistá-lo. Uma caçadora sabe ser paciente. Puxo minha mão.
-Então você culpa seus hormônios? Bem típico de um psicopata que nunca se culpa...seja honesto ao menos com você!
Ele franze o cenho e vai para o quarto, em segundos escuto o barulho do chuveiro sendo ligado. Eu sabia que embora estivesse ali para ajuda-lo eu não passava de um prazer no infortúnio. Alguém que o serviria enquanto ele se recuperava, depois seria descartada, isso se eu não acabasse morta pelas suas próprias mãos, mas nunca fora esse meu plano.
Caí no descuido de ir até o quarto arrumar uma troca de roupa e permitir-me, por um segundo imaginar-me como seria viver uma vida com ele, mesmo sabendo que aquelas eram esperanças que eu não devia criar.
Me vi como sua esposa auxiliando-o em afazeres do dia, sendo amada e depois a noite dormir juntos nus sob os lençóis. No dia seguinte, acalentar nossos filhos e ser feliz com uma família completa.
Eu sempre me via longe em pensamentos.Uma onda de luxúria tomou conta de mim, desejando aquele momento de explosão, mas sou desperta pela realidade batendo-me quando lembro das minhas péssimas escolhas e gostar de Jun Woo era só mais uma delas.
Outro psicopata! Outra ilusão! Eu lutei para recobrar minha paz e gostava do meu mundo pequeno e seguro. Não devia -embora desejava demais- me aventurar novamente nessa ilusão. JunWoo precisava sarar logo e eu precisava ficar próxima só o necessário para ajudá-lo a ficar em condições de voltar a Seul.
- Não! Não posso!- exclamo.
-Pode!- ele diz parado próximo a porta.
Senti o chão fugir sob meus pés. Jun Woo aproximou-se com seu corpo quente ainda molhado. A toalha cobria apenas da cintura para baixo e seus músculos definidos exalavam sensualidade. Ele dá mais alguns passos em minha direção prendendo-me entre ele e a cama.
- É claro que você pode!- exclama provocando-me com seu olhar fixo em meus lábios causando delírios de luxúria e calor em meu corpo. Suavemente, pacientemente, aprisionou-me em seu corpo, sua língua roçou meus lábios, pressionando se sob ele. Lento e molhado, o beijo tornou-se mais intenso aumentando o calor de nosso corpos.
Por Jun Woo
Ela aceitou meu toque finalmente e meus pensamentos enlouqueceram-se para jogá-la na cama e despi-la toda. Eu a queria naquele exato momento e essa necessidade atingiu meu corpo como uma alta carga de calor, mas pude perceber que embora ela não se esquivasse do beijo, também não estava retribuindo. Ela não baixaria a guarda e não faria mais do que encostar seus doces lábios e acalentar meu peito com as mãos.
Ela afastou-se e gemi ressentido pensando em tudo que daria a ela se não tivesse se afastado. Tentei abraçá-la numa ânsia de mantê-la perto, embrenhei aos mãos por seus cabelos ondulados e macios, mas ela abruptamente deu mais um passo para trás. Aquilo desapontou-me. A raiva que parecia crescer por ter sido novamente rejeitado deu espaço a um vazio inexplicável, uma dor que parecia querer me puxar para uma solidão desconhecida. E Dami matinha uma expressão tão atordoante quanto a minha.
-Eu não entendo...-digo.
-Não faz isso!- diz com seus olhos ávidos.
-Isso me parece um "sim"!- tento segurá-la.- Volte aqui.
-Eu não sou do tipo casual! -exclamou com ar desolado, o que pareceu-me incomodar demais. -Me deixa!
-E se eu disser que quero muito mais que isso!?- questiono surpreendendo me com aquela verdade que saiu num ímpeto do meu peito. Algo dentro de mim esquentou como fogo fazendo com que eu soltasse aquela frase.
-Eu não acreditarei! Não vamos mexer com isso de sentimentos não é? Eu sei que você não pode me dar o que quero, então não queira de mim também só o que você quer.
-Você está complicando demais as coisas! - digo -E eu não entendo por que!
Ela chaquala a cabeça afastando-me passando rapidamente por mim e deixando me no vazio do quarto. O que eu deveria fazer? Desejá-la? Querer ter mais uma noite de prazer com ela? Ou...ela queria meu amor?
Dami queria mais de mim, queria que eu a amasse, que pudesse ser capaz de me preocupar, que pudesse abrir mão de mim por ela, mas esse não era eu. Eu não conhecia aquele tipo de sentimento. Aquilo não era para mim.
Data de publicação: 16/04/2024
Que frustrante quando não temos tudo que queremos não é?
Mas se acalmem que no próximo capítulo....
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um fim para Recomeçar
RomansaUma das características de um psicopata é não preocupar -se com os sentimentos alheios, não importar-se se estará ou não ferindo seja física ou emocionalmente alguém. Nesse perspectiva concluímos que alguém assim jamais poderia se apaixonar, tão pou...