Capitulo XXXIII
Por Lin Dami
Eu não podia imaginar o que me esperava, mas medo era tudo que eu não tinha. Jun Woo poderia morrer de ciúmes - se isso fosse possível - mas eu sabia que ele jamais cederia a mim. Tive que pagar por uma viagem, já que ele sumira e eu não ficaria em Seul esperando-o. De qualquer forma, eu deveria me manter na defensiva deixando-o na dúvida se de fato o desejava tanto assim. A tensão das dúvidas tomava conta do ambiente e de meus pensamentos. Quando entrei em casa, JunWoo me esperava sentado à mesa sob a penumbra da madrugada.
-Que susto caramba!
- Chegou tarde.- sua voz carregada de amargura.- Certamente se divertiu muito!
- Tarde porque tive que pegar outro carro! – me defendo- Qual a sua me deixar lá sozinha?
-Sozinha Dami?- ele pergunta cinicamente mantendo a altura da voz- Não estava acompanhada?
- Você sabe muito bem que eu não devo te explicar nada sobre isso! Não te devo explicações sobre a minha vida pessoal! – digo incerta que sobre ele aceitar aquela fala. Minha vida já estava sendo um livro aberto a ele.
- Ok, ok... só me surpreende o fato de você ter feito tudo que fez e agora vir com esse papo!
- Não importa as coisas que fiz, você não se importa por tudo que fiz! E, deixou bem claro que não quer ser cobrado, não é mesmo? Eu também não!
-Acha que não me importo? Acha que pode me trair assim, se esfregando em outro!?- ele estava com ciúmes. Seu orgulho ferido e seu ego desafiado.
-Nós não conversamos. Não definimos que eu não poderia. Você nunca quis conversar, entender...saber quem sou!
-E eu preciso Senhorita Lin? Eu preciso mesmo Dami? Eu sei quem você é, eu sempre soube!
-Sempre? - surpreende-me, fazendo me cambalear - Você diz... antes mesmo daqui da cabana?
Ele sorri ironicamente.
-Sim! Eu lembro bem daquele vestidinho ordinário que você usou! – sorri como se estivesse saudoso. - Do perfume ... aquilo não era perfume de garota de programa Dami! Ficou preso em mim e eu já havia sentido aquele doce cheiro em você antes. Sem contar que você acha mesmo que as câmeras não te flagraram entrando sorrateiramente na minha casa naquela noite?
-E você acha mesmo que eu não sabia disso?
- Vindo de você não me surpreenderia nem se me falasse que está a mando de Vincenzo.
-Não!- expresso me rapidamente- Isso não!
- Ficou nervosa repentinamente? Isso te causa ansiedade?
- Não é isso! Sabe que não te devo explicações, mas também não quero que pense que o que fiz foi uma mentira. Tudo que vivemos, para mim foi real. Eu só, infelizmente, sei que vai me manter afastada de sua vida! E isso....isso me deixa destruída!
- É, mas pelo visto já está retomando as relações antigas...- ele diz chateando-me. Minha cabeça doía latentemente.
-Não me resta muito a fazer, até porque você nem imagina o que eu estava planejando.
- Talvez imagino. Sei que você não seria louca de me trair assim! – ele diz meio sem jeito na fala- Descobriu o que precisava?
- O que? Descobrir?
- Era um plano seu não era? -ele divaga sem jeito. Queria que eu confessasse que jamais o trairia, mas eu não daria aquele gostinho a ele tão fácil assim.
- Acha que eu estava com Yoon pra descobrir algo pra você? -debocho- Pra te ajudar? Não era, não mesmo!
Ele me encara com olhar baixo o que me deixou perdendo o ar.
-Yoon é?- Levanta e caminha até a gaveta da cozinha sem deixar de me encarar. – Como é mesmo que você chama seu amante? De amor? Querido?
Enquanto divaga deixando seu ciúme evidente, pega uma faca da gaveta e coloca no bolso de sua calça. Era como ler em seus olhos que ele queria dizer algo, me amedrontar, esbravejar que estava enciumado, no entanto, ele não cederia, portanto, já que decidira que eu não faria parte de sua vida, então seria assim, não poderia me cobrar também.
Eu esperava encostada na porta fechada atrás de mim vendo-o caminhar, me encarando e parando em minha frente. O encarei vendo seu olhar nebuloso e indecifrável, permanecendo parado a minha frente fitando-me com o cenho fechado e olhar ameaçador. Alguns segundos depois, irado vendo que eu me mantinha firme esmurra a porta na altura de meu rosto. Eu não temi, nem pelo seu soco, nem pela faca que ele tinha no bolso pois pude entender o que ele estava sentindo, embora sabia que seu orgulho seria maior.
-Acho bom você não bancar a otária comigo! Nunca mais se aproxime daquele cara!
Eu apenas o encarei esperando que ele dissesse mais. Poderia esbravejar seus ciúmes, o queria louco, desejando e reavendo a mim, doido a ponto de não conseguir controlar se e me tomar para si! Ser meu dono! Meus olhos se perderam naquele rosto e naquela boca pela qual eu era louca e então eu senti o cheiro e quentura do sangue escorrendo pela minha pele.
...
Data de publicação: 04/05/2024Socorro! Socorroooooooo
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Um fim para Recomeçar
RomanceUma das características de um psicopata é não preocupar -se com os sentimentos alheios, não importar-se se estará ou não ferindo seja física ou emocionalmente alguém. Nesse perspectiva concluímos que alguém assim jamais poderia se apaixonar, tão pou...