Capítulo 11

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Capítulo XI

Por Lin Dami

Poucos dias depois me atrasei saindo da delegacia no fim do meu turno e observo no celular que passava das duas da madrugada. Meu expediente costumava ser até as onze horas, mas naquele dia me enrolei com o serviço. A caminho de casa, que não ficava longe o que me permitia fazer o trajeto a pé, fui tomada por uma estranha sensação de estar sendo seguida. Não que eu tivesse medo, pois saberia me defender, no entanto, apressei o passo chegando em casa afobada com a respiração pesada e acelerada. Tranquei a porta rapidamente e caminhei para meu quarto, no entanto assim que adentrei a porta do mesmo fui atacada por mãos pesadas e rápidas que me prenderam na parede. Um cheiro de um aroma delicioso me adentrou as narinas e aquele homem muito próximo a mim, com um perfume e toques inesquecíveis me fez arrepiar. Eu simplesmente amava aquela sensação de perigo!

- Por que tá me vigiando? - perguntou e meus olhos se perderam por aquele rosto e de imediato o reconheci. Sua boca bem definida com leves traços tortos bem próxima a minha me deixou desconcertada. Minha respiração acelerou ainda mais e eu lutava contra meus instintos para não reagir aquele toque e ao calor daquele corpo próximo ao meu. Seu olhar enfurecido me invadiu e eu só tive forças para suspirar rendendo-me a falência que tomava conta do meu corpo. Não sabia discernir entre medo, anseio ou outro sentimento. Eu só sentia que o desejava ardentemente.

- Eu sei que está me seguindo! - insistiu forçando me na parede e eu sem saber o que dizer ao me ver presa e saber que havia sido flagrada, apenas desfaleci tremendo. Ele me causava calafrios, mas me permiti ceder em seus braços. E então, nada mais existia.

Acordei no silêncio do meu quarto escuro. Olhei ao redor sem mover me. Aquele sonho havia me deixado assustada e certamente um tanto excitada. Senti minha respiração normalizando e meus pensamentos me acusando. Por que eu havia sonhado com aquele homem? Por que aquela sensação de ausência? Por que o desejo de o ver tomava conta de mim?

...

Quando a manhã chegou, a lembrança do sonho com JunWoo ainda estava viva em minha mente. Sabia que não o veria novamente tão cedo, mas eu me sentia eufórica para voltar a reencontra-lo.

A possibilidade de estar com JunWoo tomou conta dos meus pensamentos. Eu encarava o buraco sem fundo observando meus pés caminhar sem que eu pudesse dete-los. Meu coração acelerado jogava sangue pelas artérias esquetando meu corpo enquanto eu pulava e caía lentamente.
A sensação de estar a beira de um pricípicio me invadia avassaladoramente a cada possibilidade de estar com Jun Woo. Criar e planejar meios de estar próxima a ele me deixava em êxtase. Concretizar seria o ápice do meu pulo.

E então, uma idéia surgiu de um filme que eu assistia na televisão enquanto tirava meu dia de folga.

Uma garota de programa se envolve com um empresário, passam uma noite juntos e acabam se apaixonando. Certamente "Uma linda mulher" é um clássico com uma história que muitas mulheres românticas já viram e desejaram viver, mas para mim o ponto chave estava no fato de que meu empresário coincidentemente se envolvia com garotas de programa, e então...
Por que não?
Por que não eu?

Poderia resolver a minha ânsia, acalmar o meu desejo de estar próxima a ele sem deixar suspeitas.

...

Meu plano era simples e fácil. No dia seguinte tratei de iniciá-lo. Enciumada, enfurecida sabendo que ele tinha diferentes garotas em sua cama a cada semana, tratei de infiltrar algumas drogas proibidas na casa das garotas acompanhantes e causar um flagrante.

Um fim para RecomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora