nove

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Eu não queria ser uma covarde

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Eu não queria ser uma covarde. Não fazia o meu perfil.

Eu estive refletindo por algum tempo desde que Reed saiu da minha casa há alguns dias. O como eu o evitei para não nos arriscarmos.

Não era o que eu queria.

Eu o esperei por tanto tempo, então comecei a namorar com Bryce. E agora nada nos impedia.

Eu só precisava revelar meus sentimentos e sabia que independente da sua resposta, ele não seria capaz de me machucar.

Reed era gentil.

Eu pensei muito antes de apenas me calçar, pegar as chaves do carro da minha mãe e sair de casa.

Meu coração estava acelerando a cada segundo em que eu apertava aquele volante, parecia que iria sair pela boca. Minhas emoções transbordaram, e eu precisava apenas falar. Dizer a ele o que eu estava sentindo.

Ele era meu melhor amigo. Isso não deveria ser um problema, mas um privilégio.

Praguejei com veemência quando um sinal me fez parar no meio do caminho, talvez se eu tivesse escolhido ir andando, não demorasse tanto. Eu queria buzinar, como se isso fosse fazer o semáforo ficar verde de uma vez por todas.

Apertei o dedo no volante, nervosa. Era como se o mundo parasse quando eu mais precisasse que ele funcionasse.

Digitei algumas mensagens pra Brooke para deixá-la saber da minha decisão, minha prima era a maior apoiadora de que eu deveria confessar tudo a ele.

Estacionei em frente a casa dos Mitchell, mas aquele resquício de covardia me pegou novamente me fazendo hesitar em sair do carro. Senti um frio violento na barriga e minhas mãos suarem.    

Vamos lá, aria, você consegue.

Tentei encorajar a mim mesma.

Eu havia ido até lá, agora precisava descer do carro e apertar aquela campainha.

Eu respirei fundo, amarrando meu cabo num rabo de cavo baixo, e abri a porta do carro enquanto ainda estava apreensiva.

Saí do veículo encarando a porta branca da casa de Reed, me aproximei com cautela e pensando em várias desculpas para ir embora e não dizer a mim mesma que eu era uma covarde. Mas ao invés de dar meia volta e sair, dei mais alguns passos pra frente.

Não, eu não posso fazer isso.

Droga.

Virei as costas novamente. Eu queria correr.

Mas quando voltei a virar para a direção da casa, a porta já estava aberta e Reed estava ali. Abraçando alguém.

Faith.

Eles haviam feito as pazes.

Porra!

Todos os meus planos de confessar o que eu sentia tinham ido por água abaixo, e isso me atingiu apenas quando ainda a abraçando, seus olhos alcançaram os meus e ele sorriu com um brilho acendendo nos seus olhos.

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