quatro

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Encarei o espelho do banheiro da escola, meu rosto condizia com tudo o que eu estava sentindo

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Encarei o espelho do banheiro da escola, meu rosto condizia com tudo o que eu estava sentindo. Frustração. Mas não queria deixar isso evidente.

Era muita coisa rolando.

Minha mãe me ligou. Não que isso fosse uma surpresa, ela sempre me ligava quando estava fora da cidade. Mas dessa vez era diferente.

Tinha a ver com o meu pai. O cara que doou os espermas, alguém que pareceu disponível pra eu nascer. Parece que procurar por ele causou algum efeito, no entanto, um efeito negativo.

Ele ligou pra Ann e não pra mim. Deixou claro que queria que eu parasse de procurá-lo. Não porque ele queria se esconder, mas porque estava ocupado com um filme e um detetive atrás dele podia atrair uma atenção negativa.

Minha mãe disse que ele foi um pouco rude, mas a forma como ele me rejeitou porque não queria atrair atenção negativa para o seu filme, foi dolorosa. Eu passei uns cinco, talvez dez minutos, dentro da porra da cabine chorando.

Mas não dava pra ficar trancada por tanto tempo, as pessoas começariam a perceber, assim como perceberiam caso vissem meus olhos vermelhos.

Tirei uma paleta de pó compacto da minha bolsa e passei em volta dos meus olhos para camuflar o vermelho. Podia não fazer um milagre, mas podia disfarçar.

Respirei fundo, devolvendo a maquiagem de volta pra bolsa e me forcei a abrir um sorriso.

Sorrir era a melhor maquiagem. Ninguém poderia dizer que eu não estava bem. Ninguém poderia ver que eu estava quebrada por dentro.

Peguei a minha bolsa de cima da bancada, e dei mais uma olhada no espelho forçando um sorriso para que ele parecesse espontâneo.

Andei com ele no meu rosto pelo corredor até o refeitório. Nós tínhamos a nossa própria mesa de costume, onde todos estavam reunidos.

Brooke, Reed, Kai, Easton e Deacon.

Eu sorri para todos eles, mas com Reed tentei evitar olhar muito pra ele. Sabia que era o único capaz de identificar um problema comigo.

Sentei na cadeira vaga ao lado do meu melhor amigo e enquanto tagarelavam, eu não conseguia tirar o aviso de mamãe da cabeça. Como ela disse sobre como ele falou com agressividade.

— E você, Aria....? — a voz de Brooke me despertou dos meus pensamentos.

Balancei a cabeça, tentando espantar todos eles pra longe de uma vez.

— Eu o quê?

— Casa, beija ou mata.... Deacon, Easton ou Kai.

Olhei para o Reed me encarando fixamente e desviei o mais rápido que consegui.

Eu não gostava desses joguinhos, especialmente quando ele estava por perto. Notei que todos eles me encaravam com expectativa.

— Você está me vendendo o seu namorado e o namorado de Heather Mason por um jogo?

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