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Como combinamos iríamos para Nova York visitar faculdade

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Como combinamos iríamos para Nova York visitar faculdade. Minha mãe concordou que Reed e eu ficássemos em seu apartamento junto com ela, já que ela estava na cidade.

O problema é que eu teria três horas de uma viagem de carro desconfortável com Reed. Estava sendo assim desde a noite que transamos há uma semana.

Diferente de antes, agora havia algo entre a gente. Mal conseguíamos ter uma conversa completa sem que as coisas ficassem esquisitas.

Não deveria ser assim. Deveríamos ser os mesmos de sempre.

Mas não era apenas ele quem estava me evitando, eu fiz o mesmo. Eu senti alguma coisa diferente quando dormi com Reed dessa vez, e não queria deixar esses sentimentos não correspondidos afetarem a nossa amizade.

Reed me mandou uma mensagem quando chegou para me buscar e estava me esperando ao lado do seu carro com o porta-malas aberto para guardar a minha bagagem.

Ele me ajudou e depois abriu a porta do passageiro pra eu entrar, ainda continuamos em silêncio quando Reed entrou em seu lugar e começou a dirigir pela cidade. Como sempre me deixou escolher as músicas, mas ainda parecia desconfortante que eu não conseguisse conversar com meu melhor amigo.

Quando saímos de Boston, Reed pegou seu celular e eu diria que estava mais concentrado em mandar mensagens do que na estrada. Eu diria que ele conseguia fazer os dois, mas estava implorando mentalmente que ele largasse o celular e me desse atenção.

Ele era o primeiro a querer que as coisas não ficassem estranhas, e não era como se já não tivéssemos feito isso antes.

Levantei o rosto e abri a boca determinada a fazer essa tortura parar e quebrar o gelo entre nós dois.

— Você acha que vamos conseguir alguma coisa se formos a Nova York?

Reed deu de ombros, segurando o volante apenas com uma mão e com a outra, ele se livrou do celular no porta-luvas.

— Não custa nada tentar. Acho até uma boa ideia usar aquele contato da Pierson.

— Achei que você rejeitasse a ideia.

— Não é que eu rejeite..... Minhas expectativas eram bem altas na Boston, mas a Pierson é aceitável. Afinal de contas, ela é uma D1. Acho até que você deveria considerar essa opção também, só por garantia sabe? Ter outras opções. Deveríamos ter pensado assim desde o início.

Assenti sem saber o que responder.

Porque precisava ser tão estranho?

Não tinha mais conversa depois disso, escolhi me concentrar na música tocando. Era uma playlist aleatória, estava tocando Lana Del Rey.

Reed não era muito fã de Lana Del Rey, e fez uma careta. No entanto não se mexeu, ele nunca se intrometia nas minhas playlists, mas vi em mim uma necessidade de agradar. Levantei meu celular que estava conectado no som do carro e alterei a música. One in a Million começou a tocar, era a música preferida de Reed que me olhou com surpresa, e em seguida uma risada o invadiu.

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