Não foi difícil encontrar com Easton no estacionamento da fraternidade, e chegar ao conhecimento que ele estava caindo de bêbado, e precisava de alguém que o levasse pra casa porque as pessoas com quem ele foi a festa o deixaram na mão.
Ele não podia conseguir outra carona, como se fosse planejado, ele fez questão de me tirar do encontro mais cedo do que eu pretendia.
Minhas bochechas estavam queimando, porque há poucos dias eu estava julgando Wyatt por ser uma pessoa ruim, e agora eu o estava fazendo resgatar o meu amigo bêbado numa situação ruim.
East estava sentado no banco de trás do Alpha Romeo de Wyatt, e eu estava envergonhada que ele não calava a boca de jeito nenhum, sequer tinha filtro e fez questão de esfregar na cara de Wyatt o jogo que eles ganharam há algumas semanas.
Não sei como Wyatt se sentia em relação a perder, tudo o que eu sabia sobre jogadores de hockey era que Reed era tão competitivo que ele não gostava que jogasse sal na ferida dele.
— Merda. — eu ouvi Easton resmungar e virei para trás. Ele estava com o celular na mão, mas não parecia muito satisfeito — A minha bateria acabou.
— Porque você precisa de bateria agora?
Ele esfregou os olhos, e guardou o celular olhando ao redor, percebendo que estávamos estacionando em frente a nossa casa.
— Wyatt James — East se inclinou pra frente, dando um tapa no ombro dele —, muito obrigada pela carona. Talvez da próxima vez eu facilite as coisas pra você.
Wyatt engoliu em seco, era nítido que isso estava deixando ele nervoso.
Minhas bochechas esquentaram mais, já estava na hora de fazer isso parar. Eu desci do carro e fui até a porta traseira pra tirar Easton.
Eu o ajudei sair, por mais que soubesse que era muito mais pesado que eu, Easton deixou seu peso por cima de mim, tornando mais difícil que eu ajudasse.
Acho que Wyatt percebeu, porque ele saiu do carro e ele mesmo tomou Easton pelo braço e me acompanhando, levou East para dentro de casa e o deixou no sofá.
Eu o levei na porta para me despedir. Wyatt sorriu analisando meu rosto quando chegou ao lado de fora.
— Foi um bom encontro, Aria. — ele deu uma piscadela — Você é incrível.
— Você acha?
Ele riu.
— Porque eu não acharia? Talvez tenha sido o melhor de todos.... Bom, eu terminei com uma tatuagem.
— Até que ela não é tão ruim, combina com você.
— Claro que combina, foi você quem escolheu.... Ei, acha que agora eu sou confiável o suficiente pra você ir no meu apartamento e me deixar cozinhar pra você? — sugeriu, inclinando a cabeça para o lado.