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Dentro da van, o ar parecia um pouco mais pesado

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Dentro da van, o ar parecia um pouco mais pesado.

Quatro homens igualmente vestidos com roupas sociais encaravam Ada. Três deles usavam máscaras pretas que cobriam a face, exceto o que a abordou na rua. Todavia, ela não o conhecia.

Tinham dado partida e rodavam pela região de forma aleatória. Não tinham um rumo, mas também não queriam que os civis percebessem isso.

— Que deselegante, me abordam e deixam suas armas à mostra. Dessa forma me ofendem — Ada ironizou.

— Senhorita Miyamura, nós sabemos muito bem que as armas não são para intimidá-la. São para nos protegermos — o homem deu um meio sorriso, em seguida, estendeu a mão. — Sou Elliot Davis, o atual responsável por assuntos... como esse.

Ada estreitou os olhos. Ela realmente não conhecia aquele homem. Ele não era membro do Projeto quando ela se formou. Ou pelo menos não importante o suficiente para entrar em contato com ela.

Além disso, ele não tinha dito qual era o maldito cargo dele. Aquela resposta era apenas uma forma de enrolar e fingir que tinha dado alguma informação.

— O que vocês querem?

— Senhorita Miyamura, eu acredito que você não vai querer demorar, afinal, não quer que Harold Lawson ou Sora Ikari descubram a verdade um sobre o outro, ou pior, sobre você, não é mesmo?

Aquelas não eram ameaças infundadas. Ada sabia que aquele sorriso cínico no rosto de Davis não era baseado em informações voláteis. Eles podiam não ser páreos contra ela numa briga mano a mano, mas colhiam informações suficientes para cutucá-la em suas fraquezas.

Com os olhos afiados e ferozes, cada homem naquela van engolia em seco, torcendo para que os revólveres em seus colos fossem suficientes para contê-la caso Ada desejasse começar uma briga ali mesmo.

— Vou repetir a pergunta, porque acho que você não entendeu: o que vocês querem? — Ela quase cuspiu as palavras, fazendo surgir no rosto do homem um sorriso ainda mais cínico.

— Sabe, senhorita Miyamura, depois de tantos anos sem contato com o Projeto Legião, eu entendo você ter se esquecido que você é nossa arma mais formidável — ele riu em deboche, encarando-a de forma a fingir que não tinha medo dela. — Mas nós não esquecemos de você.

Ela apenas continuou encarando-o, fitando aquele par de olhos castanhos que pareciam capazes de carregar toda a maldade do mundo. Os lábios finos e adornados por uma cicatriz linear que ia da asa do nariz até o queixo, moviam-se a cada palavra, enfeitando ainda mais o sorriso dele, de forma a torná-lo um pouco mais ameaçador.

Entretanto, ele precisava se esforçar muito mais se quisesse realmente fazer Ada sentir algum medo.

— Quais são as ordens que você recebeu da polícia a respeito da sua missão com Sora Ikari? — Elliot perguntou.

Cardeal - Sablier RougeOnde histórias criam vida. Descubra agora