t r e n t e - d e u x

436 91 92
                                    

Jez observava os bombeiros tentando apagar o incêndio do que restava da casa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Jez observava os bombeiros tentando apagar o incêndio do que restava da casa.

De pé, do outro lado da rua, olhava fixamente para o local, sentindo uma amargura indescritível no peito.

De início, somente a casa explodiu, voando pedaços para todos os lados, mas a pressão e o fogo eram tão fortes que explodiram também todo o encanamento por baixo do solo. Não restava nada além de uma enorme pilha de entulhos ardentes do que um dia deveria ter sido uma bela casa.

— Desgraçado...— Argus comentou ao parar bem ao lado de Jez, encarando a pilha ardente. — Nem pra morrer ele consegue ser discreto, tem que causar.

Ela deixou um sorrisinho de canto escapar. Realmente, Yukio Kurosawa adorava causar grandes impactos.

Não muito longe dali, pode avistar Hanna Ikari conversando algo com o delegado responsável pela região. Provavelmente um suborno muito bem feito. Em geral, os responsáveis financeiros das gangues resolviam isso, mas se um Ikari tomava a frente era porque a coisa tinha escalado para um nível muito mais alto.

Jez virou o rosto ao escutar o som do salto das botas de Evie batendo contra o chão e se aproximando dela. A ruiva que estava com um longo vestido preto olhou para a situação e estalou a língua no céu da boca.

— Merda! Um gostoso a menos no mundo.

— O cara morreu, Evie — Raijin surgiu de algum lugar e cutucou a namorada, indicando a fala indecente.

— Qual é?! Era o Kuro. Se ele estivesse aqui, ele ia estar falando exatamente isso.

Jez deixou escapar uma risada e apoiou o rosto na mão, encarando o chão. Sim, Yukio estaria falando exatamente aquilo. Era a cara dele fazer piadas completamente inapropriadas nos momentos mais inoportunos possíveis.

— E agora? O que a gente faz com as namoradas e esposas? Não tem ninguém pra ameaçar — Raijin entrou na onda de fazer piadinhas e cruzou os braços.

— Jez, podemos conversar? — Ada surgiu de uma das ruas usando uma máscara facial preta, um longo sobretudo e com os dois dobermans na coleira.

Jasmine concordou e seguiu a mulher para longe da casa onde o incêndio acontecia. As duas caminharam por ruas escuras e vazias, evitando os vizinhos e o público curioso a todo custo.

Ada sempre ficava longe das viaturas, assim como Sora. Os dois sempre estavam nas sombras.

Numa ruela vazia, Jasmine avistou o que parecia ser um pequeno bar ou restaurante que servia lámen vinte e quatro horas. A parte da frente era coberta por lonas plásticas que impediam uma boa visão do interior. Jez apenas viu que era um local muito pequeno. Um balcão com cerca de quatro bancos e duas mesinhas no canto.

Ada puxou a lona e Jez entrou. Sora estava sentado no balcão, de costas para a rua, tomando um lámen em silêncio e sozinho. Além dele, só havia o dono do estabelecimento preparando algum outro prato cheiroso.

Cardeal - Sablier RougeOnde histórias criam vida. Descubra agora