v i n g t - q u a t r e

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— ...e então, no final, os dois prometeram que não iriam se esquecer um do outro. Mas, posso te falar a verdade, carinha? Eu acho que ele voltou para ficar com a Arriety — a voz doce de Satoru soava baixinha para o pequeno Alma deitado no carrinho de bebê.

Os dois estavam juntos no quintal, aproveitando o solzinho gostoso que aquecia o ambiente. As coisas estavam muito difíceis na casa da Canis, mas a presença daquele pequeno bebê de cabelos claros como a neve tornava tudo um pouco mais... doce.

O que não faltavam eram braços para segurar o pequeno Alma no colo, mas ainda era apenas um bebê para uma quantidade incontável de tios e tias. Todos queriam ficar perto do pequenino, mas Satoru foi esperto o suficiente para ajudar Hanna numa rotina matinal e levar o garotinho para tomar sol todas as manhãs enquanto o papai ia malhar e a mamãe tinha uma rotina de autocuidado.

— Hmpf, bonitinho! — Satoru sorriu e estendeu o dedo indicador para o neném agarrar. Ele estava quase dormindo novamente quando ele viu Hanna se aproximando. Ela usava o pijama azul claro e estava com o cabelo preso num coque.

— Obrigada, Satoru — ela agradeceu, sentando-se ao lado dele.

Hanna tombou a cabeça para o lado e apoiou no ombro do amigo. Os dois ficaram em silêncio por um instante, apenas observando o neném dormir.

— E como vai o Osamu? — A pergunta de Hanna fez Satoru dar um suspiro profundo.

— Ainda é difícil pra ele. Mas ele não quer mais voltar pras passarelas.

— A Yuna era a agente dele, então...

— Aquela carreira era deles dois. Ele tá longe das redes sociais e de tudo o que tem conexão com a mídia porque só falam disso.

— É... eu vi algumas coisas na internet. Boas e ruins. Alguns fãs e páginas prestando apoio, outros só curiosos para saber como ele está...

— No fim, a maior parte das pessoas só quer saber o que vai acontecer com ele. A dor dos outros é entretenimento para os olhos do público.

Hanna respirou fundo e sentiu a boca amarga. Ela sabia como era doloroso perder alguém, e não achava justo o que estavam fazendo com Osamu na internet. Ele era famoso, um modelo muito conceituado. É claro que as pessoas queriam saber sobre ele.

O pequeno Alma começou a chorar e Hanna se adiantou. Pegou o neném no colo e o acalentou, acariciando o pequeno narizinho arrebitado com a ponta do dedo indicador dela.

— O Ryu já voltou?

— Ainda não. Acho que ele deve estar terminando a série do treino. Ele saiu para correr tem uns... quinze minutos, eu acho.

— E o Sora? — O olhar dela parecia aflito.

— Ainda não voltou — Satoru suspirou e Hanna assentiu com a cabeça. Apesar de ser uma mulher extremamente forte, ela também tinha seus momentos de fragilidade, e o pós-parto deixou Hanna Ikari um tanto sensível.

Cardeal - Sablier RougeOnde histórias criam vida. Descubra agora