[Livro 02] [Dark Romance]
Ciente de que se envolveu além do que deveria, Ada Miyamura segue em seu jogo duplo, tentando equilibrar a vida policial e o relacionamento com Sora Ikari. Presa num jogo onde pode perder tudo em ambos os lados, ela tenta...
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Jay King chegou em Kamakura liderando um pequeno exército de homens.
Segundo Otto, havia alguma movimentação estranha em Tóquio, então enviou homens da Hidra para dar suporte caso fosse necessário.
Jay estava na van, apoiando a mão no volante encarando a casa do endereço. Era madrugada e tudo estava apagado, parecia tão pacífico. Será que elas estavam dormindo? Será que Yukio os aguardava no interior com uma arma? Muitas hipóteses flutuavam pela mente dele.
Olhou por cima do ombro e avistou Trixie ainda caída no chão da van. Depois de pegar as duas mulheres ele podia juntá-las, aquela vadia loira não seria um problema.
— Senhor, como vamos começar? — Um dos homens perguntou quando ele desceu e caminhou pelas ruas, inflando o ego de King com o título.
— Destrói o portão.
Eles esperaram enquanto uma caminhonete avançava em alta velocidade contra o portão, mas se surpreenderam com o alto som do impacto e o veículo completamente amassado. Do outro lado do portão, aparentemente, havia um outro carro servindo de barricada. Era grande e pesado. King não conseguia ver qual era.
— Vocês tem algum tipo de bomba? Joga nos cantos do muro — ele falou e os homens obedeceram.
Começaram a acender os pavios dos explosivos e colocaram nos cantos que pareciam mais frágeis, danificando a estrutura. Quando parecia suficiente para entrar, Jay deu a ordem para que eles checassem se já era possível derrubar o muro, mas assim que o homem se aproximou, um tiro certeiro lhe penetrou o crânio e saiu pelo outro lado, espalhando sangue por todo o local.
Alguns gritos começaram entre eles. Kuro estava na casa, não havia dúvidas.
Os vizinhos não saíam no portão, mas Jay já havia cortado os cabos dos postes que davam acesso telefônico e sinal de celular. Estavam incomunicáveis.
Os homens da Hidra começaram a gritar e avançar, todos com armas na mão, atirando para o alto, tentando acertar as janelas da casa. Estouraram todos os vidros, mas nada parecia ter acontecido. Era como lutar contra um fantasma.
Vez ou outra tiros alvejavam o pequeno exército, mas ninguém conseguia ver de onde vinha. Uma janela? Um poste? O telhado? Ninguém fazia ideia. Estavam revoltados, gritando e lançando pequenas bombas para derrubar o muro.
— VAI CAIR — gritou um dos homens ao ver a rachadura do muro aumentar.
Todos se afastaram por um momento enquanto a poeira subia, mas foram surpreendidos por uma chuva de projéteis que partiram da porta da frente da casa. Jay, mesmo com o nariz escondido na fossa cubital, pôde ver a silhueta de um homem alto entrando no imóvel.
— YUKIO — ele gritou, mas ninguém respondeu. — PEGUEM ELE!
Com a ordem de King, todos avançaram. Cerca de doze homens armados correram na direção da porta da frente, tentando se proteger em cada cobertura que aparecia, pois Yukio parecia estar portando uma submetralhadora.
