[Livro 02] [Dark Romance]
Ciente de que se envolveu além do que deveria, Ada Miyamura segue em seu jogo duplo, tentando equilibrar a vida policial e o relacionamento com Sora Ikari. Presa num jogo onde pode perder tudo em ambos os lados, ela tenta...
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Nova York
Shantall caminhava de mãos dadas com Timmy, seu filho de três anos, pelas ruas de Nova York.
Tinha prometido visitar a amiga e carregava na mão livre um bolo recém comprado na padaria mais próxima. Não queria chegar de mãos vazias e com uma criança que estava prontíssima para se alimentar.
— Nossa, mas o que aconteceu por aqui? — Ela se perguntou, olhando ao redor.
O bairro parecia muito mais cuidado do que antes.
As paredes dos muros estavam rebocadas e cuidadas. Os canteiros nas ruas estavam cheios de vida e flores cresciam neles. Ainda era periferia, mas agora tinha cuidado e arte por todos os cantos.
Chegou próxima à antiga porta velha e rangente, que agora fora substituída por um belo exemplar duplo de tom vermelho cornalina, e tocou a campainha do apartamento correto. Não demorou até que Trixie aparecesse para cumprimentá-la com um caloroso abraço.
— Shantall! — Ela deu um sorriso cheio de vida, o que era muito raro vindo dela.
— Tia Tixy! — Timmy falou, ainda com a chupeta na boca.
A loira se abaixou e pegou no colo o menininho, tomando cuidado para não bagunçar o cabelo protegido pelo durag que Shantall colocou nele.
— Que saudade que a tia tava de você! — Ela o encheu de beijos, escutando a risada gostosa do menininho. — E de você também!
— Eu estava com saudades, amiga!
— Vem, sobe aqui!
Trixie deu passagem e Shantall entrou no prédio. As duas subiram até o apartamento da loira e Shantall sorriu ao ver como tudo estava perfeitamente colocado para recebê-la numa visita. Trixie era tão acolhedora!
Timmy rapidamente correu para o tapete felpudo da sala e se deitou. Ele adorava brincar em tapetes felpudos, e o da casa da tia Tixy parecia ser especialmente muito mais divertido que os outros. Shantall entregou a bolsa do homem-aranha e o deixou pegar todos os brinquedos que tinha levado.
— Só não faz bagunça na casa da tia! — A mãe advertiu, mas Trixie sorriu.
— Relaxa! Bagunça a tia arruma depois. Só não quebra os móveis — brincou, chamando a amiga para a cozinha.
Muitas coisas estavam diferentes.
O bairro estava muito mais bem cuidado. A casa de Trixie sempre fora acolhedora e arrumada, mas exibia algumas coisas um pouco mais caras. O próprio prédio dela estava mais bem cuidado e tinham até consertado algumas campainhas que passaram anos quebradas.
Além disso tudo, Beatrice Reese estava, surpreendentemente, muito feliz e radiante.
Feliz e Jay King no mesmo relacionamento não eram coisas compatíveis.
