[Livro 02] [Dark Romance]
Ciente de que se envolveu além do que deveria, Ada Miyamura segue em seu jogo duplo, tentando equilibrar a vida policial e o relacionamento com Sora Ikari. Presa num jogo onde pode perder tudo em ambos os lados, ela tenta...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Barcelona - Novembro de 2019
Kenji Ikari observava o filho brincando no parque enquanto trocava mensagens com Armani e Hanna.
Penelope tinha saído para comprar pipocas e já deveria estar voltando, então ele aproveitou aquele meio tempo para saber como Sora estava.
Depois de seu quase suicídio, Hanna o afastou de vez e o escondeu do mundo. Apenas os irmãos Ikari sabiam onde ele estava. Desde aquele dia, Hanna assumiu a coroa de Rainha Sirius e estava colocando ordem no submundo.
Ela isolou a antiga casa da Canis Major e sede da Orion, pois ambas foram atacadas e eles não sabiam se foi a polícia, moradores revoltados ou a Hidra. Independente dos inimigos, não era mais seguro ficar naqueles lugares.
Kenji temia pelo que poderia acontecer. Se Sora tinha incendiado Tóquio, Hanna facilmente congelaria o Japão inteiro, vendo seus inimigos morrerem bem devagar.
— Comprei de caramelo pra você — Penelope entregou o potinho e Kenji agradeceu, guardando o celular.
— Olha só, ainda lembra a minha favorita — ele sorriu para a ex-mulher. — Se quiser casar de novo é só falar.
Ela revirou os olhos e riu, mas não negou. Kenji considerou aquilo como um bom sinal.
Os dois sentaram lado a lado e continuaram observando Leon brincar. Penelope, apesar de saber a verdade sobre a família Ikari, não metia o nariz onde não lhe era conveniente, mas se preocupava com seus antigos familiares.
— Sora está bem?
— A Hanna está cuidando dele — Kenji sorriu e colocou o cabelo castanho da mulher atrás da orelha.
— Os Ikari cuidam dos Ikari.
— É isso aí!
Os dois ofereceram sorrisos tão gentis um para o outro que Kenji quase se atreveu a roubar um beijo, mas algo chamou sua atenção.
Quando olhou para o lado, viu três homens de balaclava avançando na direção de Leon. Uma van parada no canto do parque estava aberta com mais um esperando. No mesmo instante ele percebeu que se tratava de um sequestro.
Antes que Penelope pudesse gritar, Kenji já havia sacado a arma da cintura e disparado contra os sequestradores. O primeiro caiu na mesma hora.
— LEON, VEM PRA CÁ! — Penelope chamou pelo filho e engatinhou às pressas na direção dos pais.
— SE ESCONDE! — Kenji gritou e correu na direção dos sequestradores.
Atirou mais algumas vezes e conseguiu atingir os outros dois, mas eles entraram na van e fugiram.
Pessoas gritavam e corriam para todos os lados. Kenji se aproximou do maldito que acertou e percebeu que ele ainda estava vivo. Empurrando o ombro dele com o pé, encarou-o nos olhos e arrancou a balaclava, mas não reconheceu o rosto.
