v i n g t

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A tempestade estava forte demais

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A tempestade estava forte demais. Parecia que os céus choravam pela morte de Yuna.

Se não fosse pelo som das gotas de chuva batendo violentamente batendo contra a lataria do carro, o interior do veículo estaria em completo silêncio. Ada e Sora estavam lado a lado, o rapaz no banco do passageiro e a mulher com uma das mãos no volante.

Ela olhou para o próprio colo e viu o vestido todo manchado de sangue. Estavam esperando Evie continuar com o plano. Ela estava tentando esvaziar um pouco do cassino Blackburn para que os inocentes não pagassem tal preço.

— Está lotado...— Sora sussurrou, vendo o alto fluxo de pessoas naquele cassino. — O Blackburn encheu de civis.

— Ele achou que a Jez não teria coragem de revidar.

— É... ele achou.

Vendo Evie passar do lado de fora, perceberam o sinal da ruiva. Ada respirou fundo e novamente pegou o revolver em mãos. Sora segurou o punho dela antes de descer do carro.

— Eles estão te caçando, Kimi-chan — ele sussurrou, o coração quase saindo do peito com tamanho desespero.

— Eu que estou caçando eles agora, Sora — Ada respondeu, quase num rosnado.

Os dois desceram do carro. Ada sentiu a chuva violentamente contra si, mas ignorou. Já estava suja de sangue, a água não faria diferença alguma.

— Kimi-chan... toma cuidado — Sora sussurrou para ela, recebendo um aceno de cabeça em resposta.

— Se acontecer alguma coisa aqui fora, você atira — Ada pontuou.

Concordando, eles começaram a se mover conforme o plano improvisado.

Os capitães da Canis foram os responsáveis por tirar todos os manobristas e funcionários da área externa do cassino da região. O fumódromo também foi esvaziado pela Canis Major. Também danificaram as câmeras de segurança.

Iori e Kenshin aguardavam, ambos com os lança-chamas em mãos, escondidos nos cantos mais escuros da região.

Evie e os irmãos Nishimura trancaram todas as portas pelo lado de fora, deixando apenas a dos fundos aberta.

Quando Ada chegou nos fundos do cassino, Evie estava parada ao lado da porta. O cabelo preso numa trança improvisada e a cauda do vestido já tinha sido cortada fora. Ela se aproximou de Ada e colocou as mãos nos ombros molhados de Kimi-chan.

— Essa é a única saída. Você precisa chegar aqui fora o quanto antes — Evie pontuou novamente. — Depois que você entrar, Kenshin e Iori vão contar cinco minutos exatos e vão incendiar as portas de acesso ao cassino, depois disso vamos lançar os coquetéis molotov pelas janelas. Kimi-chan, você só tem um caminho para fora do cassino.

— Eu vou sair — Ada respondeu com firmeza. — Por favor, fica de olho no Sora.

— Não vou deixar ele bancar o herói para te resgatar — Evie compreendeu exatamente o que Ada queria dizer.

Cardeal - Sablier RougeOnde histórias criam vida. Descubra agora