𝔽𝕌𝔾𝕀𝕋𝕀𝕍𝔸 | ʀᴇᴄᴜꜱᴀɴᴅᴏ ​​ꜱᴇ ᴇɴᴛʀᴇɢᴀʀ (NARUTO FANFIC)

ᴏ Qᴜᴇ ꜰᴏɪ ɪꜱꜱᴏ?

Mais uma manhã ensolarada em Londres, SN pegou o elevador até seu andar, mas antes parou no décimo quarto andar para pegar um relatório com Sakura, que lhe saudou surpresa com seu cabelo finalmente solto, impressionada com o azul ciano de suas mechas coloridas, de fato, davam à SN uma beleza única que ninguém mais tinha, nem mesmo Konan, que estava naquele andar e se encontrou por acaso com SN.
- Konan! - SN ficou surpresa por Konan surgir do nada e já lhe abraçar.
- Eu nem te agradeci ontem! - Konan lhe abraçou forte, chorando pouco - Eu nem sei como te agradecer!
- Tudo bem! Não precisa, Konan! Você... não podia morrer nos braços de um obsessivo compulsivo! - SN explica olhando nos olhos dourados de Konan - Você ainda precisa viver!
- Sério? Ninguém nunca disse isso pra mim! - Konan sorri limpando as lágrimas.
Konan ainda olhava os olhos cinzentos de SN, que começou à sentir algo estranho em seu braço esquerdo, uma queimação, então voltou à tona, aquilo era um alerta, um que sua tutora após seus pais morrerem colocou no seu braço para avisar do perigo iminente de perder mais alguém por quem desenvolveria afeição.
- Eu tenho que ir atender o Sr. Madara! Hoje temos a grande reunião lembra? - Konan abre caminho para SN, que corre para o elevador, descendo no seu andar de trabalho, onde foi ao banheiro primeiro para ver aquela queimação no braco.
De fato era um aviso, sua tutora, que lhe salvou de seus perseguidores, o mesmos que fizeram as experiências com SN que deixaram seus cabelos com mechas azuis e olhos acinzalados, conhecia uma espécie de magia, um poder capaz de revelar quando um ente querido seu estava correndo risco de vida, quando estava prestes à morrer por causa da maldição de sua prima.
Esta maldição por sua vez, consistia em uma morte de uma pessoa querida da própria SN que ocorria por acaso, podia ser suicídio, podia ser súbita, mas sempre ocorria quando seu amor ou empatia por uma pessoa era correspondida, SN achava que se ficasse o mais distante possível de sua prima maldita, poderia adiar o efeito da maldição, mas seu efeito sempre ocorria de uma maneira ou outra.
E era para aquilo que aquela marca em forma de aranha servia, para avisar da iminência, sempre que começava à brilhar, significava que ela estava prestes à atacar, e iria atacar Konan naquele mesmo instante ou em breve, talvez teria morte súbita ou talvez se mataria, mas logo a marca ficou preta e perdeu seu brilho, indicando que a maldição não mais faria efeito.
Observou a marca perder seu brilho dentro de uma das cabines do banheiro, colocou sua camisa social feminina roxa de volta e foi até sua sala, onde viu seu patrão observando a cidade da imensa janela de vidros fumê, apoiado num corrimão com seu terno preto e colete com arabescos vermelhos, sua roupa sempre tão tradicional.
- Patrão Uchiha, me perdoe o atraso! Tive que buscar os relatórios na mesa da senhorita Haruno! - SN se desculpava com uma educação impecável - Não me diga que os investidores Senju já chegaram!
- Não, ainda não! Só deixe os relatórios na minha mesa! - Madara ordena calmamente.
- Fiz algo de errado, senhor? - SN questionava com o estômago embrulhado.
- Eu não disse isso! - Madara ainda olhava para a cidade.
- Algum problema senhor? - ela se preocupa.
- Só estava aqui pensando na vida cotidiana das pessoas lá em baixo! - Madara olhava para os carros, o que ela também se pôs à fazer.
- Olha só pra eles, vidas inocentes, preocupadas demais com o que vai ser do dia de amanhã! Sempre precisando fazer tudo certo e as vezes tendo que abrir mão dos próprios sonhos para suprir necessidades! - SN observa a cidade.
- Excelente observação! - ele olhou com os olhos brilhando para ela - Você é muito empática, sabia?
- Não sabia! As vezes sou tão na minha e... - eles são interrompidos por alguém na porta do escritório de Madara.
- Senhor! Os investidores chegaram! - era Shisui quem avisava.
Madara e SN imediatamente voltaram à tona, pois possuíam uma grande oferta de contrato para uma empresa que há anos rivalizava com a de Madara no ramo automobilístico, a Senju International, e se não conseguissem aquela parceria, talvez não cresceriam tanto como aquela rival que há muito tempo crescia internacionalmente, foi ao saguão onde encontrou o CEO da empresa, Hashirama, ex amigo de Madara que pretendia reestabelecer os laços com o Uchiha, e seu irmão Tobirama, profundamente odiado por Madara.
- Grande Madara! Como vai! - o Senju abraçou o Uchiha, mesmo com o ultimo relutante - É sempre um prazer te ver!
- Gostaria de dizer o mesmo! - Madara sussurra e Hashirama diminui o sorriso e fica mais sério, o Uchiha ainda tinha um problema não resolvido com Hashirama no passado.
- Madara! - um sério Tobirama cumprimenta o Uchiha.
- Tobirama! - Madara também não muda o semblante para falar com o Senju.
SN podia sentir a tensão predominando entre Madara e Tobirama, parecia que iriam começar uma luta à qualquer momento, mas graças à Deus, nada aconteceu, porém a tensão ainda predominou entre os Uchihas e Senjus na sala de reuniões, por sorte, a apresentação feita por SN e Shisui foi um sucesso, os sócios da Senju International adoraram os novos modelos de carros que a empresa dos Uchihas tinham à oferecer, e estavam sem dúvida dispostos à realizar uma parceria.
- Não sabia que os Uchihas aceitavam qualquer execrável de tribo urbana em sua empresa! - o comentário maldoso de Tobirama ocorreu enquanto SN passava na frente dele com suas mechas azuis, quando o Senju conversava com um investidor da Senju International durante o coffee break das empresas organizado por Kushina, e fez SN desejar lhe dar um tapa na cara, porém não faz isso, apenas bufou e foi até sua sala.
- Nós aceitamos pessoas humildes! Somos empáticos com todos! Não importa se o cabelo é preto, loiro ou tem cor de verde musgo! - Madara também odiou o comentário, saiu do coffee break deixando um silêncio desagradável e foi até SN.
Ela, por sua vez, foi até o banheiro, limpou as lágrimas e tentou se livrar do desconforto emocional no terraço, respirando um pouco do ar puro daquela noite fria, se pôs à fumar um Marlboro comum, mas foi só quando acabou o primeiro cigarro, que Madara finalmente à encontrou, ela detestava que lhe chamassem de execrável, esse era um dos apelidos que os malditos que mataram seus amados familiares para fazer experiências com seus corpos.

- SN, você está bem? - Madara de fato estava preocupado.
- Isso que ele fez não me magoa tanto! - SN olha para as luzes dos carros nas avenidas - Mas essa palavra me marcou!
- Execrável é uma pessoa abominável e maldita! Uma pessoa horrível! - ele observa ela de costas - Você não é assim!
- Ouvi isso a vida inteira de alguém que só queria meu mal! Isso ainda me magoa demais! - SN sentiu uma lágrima molhando sua bochecha esquerda.
- Você não é execrável! - ele tocou no seu ombro e ela se virou para ele - É uma das mais admiráveis pessoas que já passou aqui, mesmo só estando há pouco menos que três meses! Mal fez história aqui é já salvou a vida de uma dos nossos! - ele se pôs à elogiar e à abraçou, SN se afastou e pode notar os olhos dele levemente vermelhos, ela teve a impressão de que haviam alguns desenhos neles e ele percebeu que havia uma espécie de cor azul esverdeada nos olhos dela - Seus olhos são lindos! - os olhos estavam travados um no outro, ela podia sentir o ar saindo das narinas dele, estavam perto demais, quase acontecendo algo.
- Ah, eu tenho que ir! - mais uma vez aquela queimação no braço lhe incomodava, era a marca alertando o perigo, não sabia se ele também já estava sentindo empatia o suficiente para estar apaixonado, mas acerca de seus sentimentos só se perguntava...

O Que Foi Isso???

◇◇◇

É, meus lindos! Pelo visto, logo logo, vai sair algo entre esses dois!
Isso se a maldição deixar, é claro!