Capítulo 13

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Maio de 1851

Nicholas estava em Dublin havia dois meses, um clima extremamente tenso se instaurara entre seus colegas depois da notícia sobre o assassinato de Thomas Boyle.

Sabia que Gerald era baixo, e estaria mentindo se dissesse para si mesmo que estava surpreso com a falta de escrúpulos do maldito — inventar tal mentira envolvendo o próprio filho!

Uma outra questão martelava em sua cabeça: afinal, onde estava Thomas Boyle? Será que realmente morrera? Foi assassinado? O pai estava envolvido?

Claro que seu grupo nada tinha a ver com isso. Não tinha sinal do filho de Gerald Boyle no dia que invadiram River Inn. Foram bem informados sobre isso.

E os últimos meses foram de correria e tensão para Nicholas. Investigações eram feitas paralelamente, encontros clandestinos com seus companheiros, algumas missões abortadas... E tudo isso enquanto tentavam ficar longe das vistas da Guarda Real e de outros que adorariam ver algumas cabeças penduradas.

E naquele dia tinha acontecido mais uma prisão. Barrie McAvoy, uma peça importante do grupo de Nicholas, estava agora atrás das grades. Ou como a guarda gostava de dizer: Retido para interrogatório. Mas não era bem com palavras que eles costumavam extrair informações.

Ele desabou no colchão duro de sua cama sem ao menos se trocar. Estava exausto. Tivera um dia cheio e difícil. Seus músculos pareciam gritar por alívio, por descanso. O peso da preocupação parecia assolar não só sua mente como seu corpo.

Teve um sono inquieto acordando com o estalar dos móveis antigos do apartamento. Não iria conseguir pregar os olhos de verdade sem uma dose de brandy. E foi o que fez... Depois de alguns copos sentiu o corpo relaxar.

...Nicholas se inclinou aspirando o perfume do pescoço delicado. Era como ele se lembrava, uma mistura de ervas aromáticas e narcisos. Ele deu um leve beijo ali e sentiu ela tremer.

Desceu com a boca e depositou mais um beijo e sem se conter, acariciou com a língua o ombro exposto. Ouviu um gemido baixo, e as mãos dela se aferraram ainda mais nas costas nuas de Nicholas. Ele deu uma risada baixa e rouca. Ficava maravilhado — e cada vez mais excitado com as respostas dela aos seus carinhos.

A boca dele não se cansava de explorar a região do colo, indo e voltando para o pescoço e por fim voltando a tomar os lábios dela. O vestido já estava a meio caminho de se extinguir por completo, ele só precisava de um puxão. Sabia que teria uma imagem deliciosa do que se escondia por dentro do corpete.

Os lábios dela retribuiam com fervor. Ele já estava queimando, há muito tempo na verdade. Queria senti-la por completo, não podia mais se aguentar.

— Georgiana... — o sussurro parecia entalar em sua garganta. A desejava tanto.

Georgie abriu os olhos e o encarou. O rosto corado apenas assentiu.

Nicholas a levou para cama e a pôs no colchão com delicadeza. Ia fazer aquilo ser tão bom para ela quanto para ele. Devagar ele começa...

Nicholas acorda assustado. Sua respiração estava pesada. Suor se acumulava em suas têmporas e não precisou olhar para baixo para saber o quanto uma certa parte de seu corpo parecia animada com o sonho.

Ele sonhara com Georgiana. De novo. E dessa vez foi ainda mais realista... E impróprio. Extremamente e inegavelmente impróprio.

A maioria das vezes que ela lhe visitava enquanto dormia envolvia as caminhadas até a vila, as conversas sobre os artigos ou até mesmo o beijo na estufa. Mas naquela noite... Sua mente tinha ido além. Seu inconsciente tinha ultrapassado todos os limites.

𝙊 𝙢𝙞𝙨𝙩é𝙧𝙞𝙤 𝙙𝙤 𝙞𝙣𝙜𝙡ê𝙨Onde histórias criam vida. Descubra agora