Capítulo 30

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Agosto de 1852

Georgie e Nicholas já estavam casados há uma semana. Estavam tão aliviados de conseguirem se casar, que assim que retornaram de Gretna Green, resolveram aproveitar os dias e as noites para se amarem.

Tinha sido um casamento pequeno, apenas com Devlin como padrinho e testemunha, mas para Georgie tinha sido perfeito. Tinham passado a noite na cidade e no dia seguinte retornaram para casa.

O fato de estarem casados parecia ter aumentado o desejo deles, sendo impossível para os dois estarem em um cômodo sozinhos sem se beijarem ou até mesmo fazerem amor. Não tinha um cômodo sequer na casa que não tivesse presenciado algum momento dos dois naquela semana.

Devlin havia ido embora há três dias. Estava passando quase que todos os dias resmungando ou passeando pela vila mais próxima. Ele não aguentava mais ter que andar pela casa evitando ver algo que poderia deixá-lo traumatizado, foi o que ele disse para Nick ao se despedir.

— Agora vão poder andar pelados pela casa se quiserem — disse Devlin baixinho batendo nos ombros do amigo ao sair rumo à Dublin.

Georgie sem querer acabou ouvindo e sentiu suas bochechas queimarem.

— Até que a ideia de Devlin era muito boa — disse Nicholas dias depois enquanto passava a ponta dos dedos pelas costas nuas de Georgiana. Ela ri.

Estavam abraçados no sofá da sala — lugar que minutos mais cedo tinha sido palco de um espetáculo um tanto escandaloso. Ele e Georgiana realmente tinham adotado a ideia de andarem pelados pela casa, não por causa do que dissera Devlin, mas sim pela praticidade.

Era um tanto inconveniente ficar tirando e colocando as roupas várias vezes ao longo do dia. Basicamente só se davam o trabalho de se vestir quando iam para fora da casa.

— Você acha que se não molharmos as plantas hoje, elas morrerão? Por que não estou com muita vontade de deixar a sala. Está agradavelmente quente. — ele morde de leve a orelha da esposa.

Sua esposa! Ainda não acreditava nisso. Tinham conseguido se casar, afinal, estava tão grato por tudo que conseguira até então... Se casar com Georgiana depois do que passaram, quando duas semanas atrás ele acreditava que nunca iriam chegar ao altar — parecia surreal de tão incrível.

Georgie geme ao sentir Nicholas mordendo sua orelha e descendo as carícias para o pescoço. Ela se move no sofá e senta no colo dele.

— A sua sorte é que eu já reguei as plantas enquanto você dormia mais cedo, então elas não irão morrer por sua preguiça hoje.

Ele solta uma risadinha satisfeita e ela retribui. Também não estava com a mínima vontade de sair de casa para nada. Ainda mais quando seu marido a olhava de forma tão lasciva. E quando ela sentia que ele estava mais do que animado em ficar ali no sofá com ela.

Ela passou a mão entre os corpos dos dois e tocou o membro dele de leve, causando um gemido de satisfação dele.

— E eu concordo, aqui está muito bom. Bem quente mesmo.

Ela sorriu maliciosamente e Nicholas a beijou com sofreguidão e em pouco tempo os dois voltaram a se amar no sofá.

Era meio de setembro quando a carruagem parou em frente a casa — ele não a reconheceu. O lugar onde crescera havia sumido e fora substituído por escombros escuros e cobertos de musgo. Mais adiante, enxergou uma casa nova e ainda maior do que havia anteriormente ali. O grande lorde tinha feito algumas mudanças, pensou ele com deboche.

Se perguntava como o velho reagiria às novidades. Primeiro: ele estava de volta. Segundo: viera recuperar seu lugar de direito.

Há muitos anos tinha sido expulso de River Inn por seu pai, nunca foi sua escolha abandonar a Irlanda e sua casa. Mas também não poderia ficar — não conseguiria se casar com Maryanne e dar continuidade ao legado dos Boyle.

𝙊 𝙢𝙞𝙨𝙩é𝙧𝙞𝙤 𝙙𝙤 𝙞𝙣𝙜𝙡ê𝙨Onde histórias criam vida. Descubra agora