Capítulo 1

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Capítulo 1

Eloise estava respondendo algumas de suas correspondências quando Sarah chega em sua casa.

— Sarah! Que maravilha ver você aqui! E as crianças? Como estão? Devia ter vindo com elas, Phillip já está com saudades deles ...

Sarah tinha acabado de chegar em Romney Hall, tinha sido um pouco difícil deixar as crianças em casa, eles adoram visitar os avós. Porém, Sarah tinha certeza que seu sogro não iria conseguir lidar com as cinco crianças sozinho. Ela sorri para Eloise.

— É um prazer estar aqui, sogra! As crianças estão bem. Imploraram para vir junto, mas como não ficaríamos aqui, achei melhor não trazê-los.

— Entendo...Mas mudando de assunto, como está o seu irmão? Pobrezinho...sua mãe disse que a ferida foi bem grave, espero que não seja um incômodo essa visita. Daisy insistiu tanto na carta, disse que seria bom para Nicholas ver outras pessoas além dela. Pensei em levar Georgiana junto. É sempre bom colocar os jovens para se conhecerem melhor.

Eloise sorri para Sarah, já pensando que Nicholas poderia ser um par interessante para sua filha. Era bonito, morava perto e a família era conhecida. De fato, poderia ser um enlace muito interessante.

Sarah dá um olhar suspeito a Eloise quando ela menciona Georgiana e o desejo de "colocar os jovens para se conhecerem melhor", ela não sabia se Nicholas estava interessado assim em conhecer alguém agora.

— Bom, acho que mamãe está certa. Nicholas não vê pessoas há algum tempo e acho que a visita de vocês irá ajudar bastante ele a se animar um pouco mais.

— Excelente! — diz Eloise esfregando as mãos animada. — Será uma tarde esplêndida. Só vou chamar Georgiana e podemos ir.

Georgiana estava lendo no escritório quando escuta sua mãe lhe chamando. Ela guarda o livro e desce as escadas, quando se depara com Eloise e Sarah a esperando no patamar.

— Você está atrasada Georgiana. Sarah está nos esperando.

— Esperando para o que? Não sabia que havíamos programado algo para hoje, mãe.

Eloise sorri placidamente, o que deixa Georgiana ainda mais preocupada. Sorrisos assim só poderiam envolver alguma maquinação casamenteira. E pelo que ela sabia não havia mais nenhum jovem elegível na região, graças a Deus. E esperava que assim continuasse, pois os jovens que eram apresentados a ela eram completamente imaturos e imbecis. Sem senso de humor, sem nenhum tipo de conhecimento e sem cultura. Um bando de mimados. E se assim fosse, ela preferia continuar solteira. Mas essa não era a opinião de sua mãe, apesar de ela ser bastante compreensiva na maior parte do tempo.

— Vamos comprar algumas roupas para as crianças e Sarah nos pediu para ajudar. Resolvi te chamar para ir conosco. Pode ser que queira comprar algum livro novo... — Eloise olha para Sarah dando a entender que era melhor não desmenti-la.

Sarah observava a interação da sogra e da cunhada ficando levemente confusa e engole em seco concordando. Só alguém muito corajoso desmentiria Eloise Bridgerton e essa pessoa não seria ela.

— É. As crianças estão crescendo tão rápido... — solta uma risada sem graça. — Preciso ficar comprando roupas novas o tempo inteiro! Oliver irá surtar mas o que podemos fazer, não é mesmo?

Olha para baixo esperando convencer Georgiana, não gostava de mentir para ela, mas se essa era a tática, a usaria para não se meter nessa briga de mãe e filha.

Daisy Brougham subia as escadas apressada, ia ao quarto no filho caçula. Acabara de vir da cozinha onde se certificara que os bolinhos, torradas, biscoitos e o chá estivessem à postos, apenas aguardando a hora de servir. Como ainda estava um clima frio, teve que se contentar em usar a varanda coberta para o encontro. Decorara a mesa com toda sutileza exigida pelo horário, e, bem, tamanho do tampo redondo de mármore. Três arranjos não eram um exagero, e a toalha de linho com brocado era a última moda. Lady Crane não era uma estranha, mas Daisy nunca deixava de mostrar seu bom gosto quando podia. Agora se encaminhava para a última missão antes da chegada de Eloise e de Sarah, filha da senhora Brougham que casara com Oliver — um dos gêmeos endiabrados dos Crane — , iria tentar com toda determinação de uma mãe tirar seu filho do quarto e convencê-lo a se juntar a ela na sala de chá.

𝙊 𝙢𝙞𝙨𝙩é𝙧𝙞𝙤 𝙙𝙤 𝙞𝙣𝙜𝙡ê𝙨Onde histórias criam vida. Descubra agora