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Madison Hillary Walsh
Daryl Dixon 

Levanto a cabeça vendo papai, olhava para os lados desesperadamente com os olhos apreensivos.

— Merda, Madison aonde você foi! — Ele resmunga

Então atras deles, Rick, Glenn, Morales, Dale, Jim, todos aparecem atrás de Shane. Estavam armados com pás e tacos de baisebol, nada de armas pesadas, apenas armas brancas, tinham até facas juntas com eles.
O monstro se levanta pelo grito alto vindo de papai, vai em direção aos homens e grune um tanto quanto alto me fazendo arrepiar. Prendo a respiração cobrindo minha boca, tendo os músculos tensos.
E então papai força o punho batendo contra o zumbi que caí contra o chão, molenga e desnorteado. O vejo levantar o machado e forçar seus músculos batendo e o nocouteando com a parte cortente da arma branca, o braço do monstro saí do lugar e seu estomago se abre pelas machadadas. Sinto novamente meu estomago reviro e o bile subir entre minha garganta, fecho os olhos escutando o barulho dos machados e das facas, tacos, tudo em direção ao morto causados pelos homens. Até que o silêncio surge no lugar vindo por respirações ofegantes.

— É o primeiro que chegou aqui em cima, nunca vieram tão longe na montanha. — A voz de Dale se parecia trêmula

Abro os olhos relaxando meus músculos, suspiro alto aliviada que o monstro enfim morreu.

— Estão ficando sem comida na cidade, é por isso. — Jim com a sua barba escura fala

Um silêncio novamente e relaxo o bumbum sobre a sola dos meus pés.

— Madison! — A voz do meu pai faz eu arregalar os olhos

Preciono os lábios sabendo que ainda estava escondida, o olho pelos arbustos vendo sua feição rígida, engulo seco lembrando de que não cumpri oque ele pediu. De me manter únida com as outras crianças, ao contrário, corri para longe, como jamais deveria fazer.

— Ela deve ter ficado com medo e correu — Glenn resmunga

Enrijeço meu corpo sabendo que nada iria acontecer, papai nunca se quer me bateu, no máximo gritou e me agarrou com seu jeito bruto, mas nunca levantou a mim como Ed fazia com Sophia. As vezes a escutava gritar e chorar alto, no outro dia chorava para mim e Carl reclamando das palmadas, tapões e varadas que levava de seu pai. Chegava dias que já podia ver roxos em sua pele.
Ninguém se metia, ninguém fazia nada, papai uma vez tentou, mas levou um esporro alto de Ed sobre cuidar da própria vida.

Eu não estava com medo de sair e ele brigar comigo, pelo contrário, eu temia dele ver o quanto fracassei. Isso mostrará que não estou pronta para ganhar alguma arma, uma faca ou aprender a sobreviver sozinha.
Olho para o acampamento, pensando em me rastejar até lá e fingir que todo esse momento estava com Carl. E assim faço, me deito sobre a terra úmida e rastejo devagar passando pela grana alta e fria. Até que barulhos proximos de mim me deixam alertas, assim como todos. Meu pai que segurava o machado vai em direção ao local devagar, parecia esperançoso de ser eu. Já conseguia ver o brilho em seus olhos e o alívio no peito. Mas os barulhos continuam, e, então, Daryl aparece passando pela rocha que cobria o restante da floresta, estava com seu arco e flecha automático na mão. Dito como besta, como papai havia me dito.


— Ah Daryl — Shane lamenta por não ser sua filha, o mesmo passa a mão na nuca já se estressado — Você viu a Madison por aí? Ela não passou por você?

Walking on them ‐ TWDOnde histórias criam vida. Descubra agora