Madison Hillary Walsh
QuinzeOlho para as rãs, com o dedo indicador toco sobre uma que abre a boca. Sorrio olhando para Carl que já me observava.
— Não sabe nadar?
— Tenho medo — Olho para a rã novamente — papai até tentou me ensinar, mas tenho medo — Resmungo sentindo minhas bochechas corarem pela vergonha de não ser boa nisso.
Carl aprendeu a nadar.
Rick e Shane foram acampar, cuidar das crianças enquanto Lori e mamãe tinham uma noite de garotas. Eu tinha dois e Carl quatro, aprendeu a nadar em um lago maior que esse, eu não tava lá porque voltei para casa naquele mesmo dia. Queria a mamãe, então eles ficaram. Depois Shane me disse oque houve. Eles tiveram uma noite dos meninos, e eu fiquei com a mamãe e Lori, com a noite das meninas.Levanto a cabeça olhando para papai e Lori. Conversavam na beira do lago, ou, brigavam. Não sabia distinguir.
— Você é medroso — O olho
Carl deixa os lábios entre abertos, solto um riso.
— Não sou não
— Você não queria ver o morto de perto — Digo dando de ombros
— Porque era P.E.R.I.G.O.S.O — Ele soletra — Ele podia ter nos matado!
Reviro os olhos.
— Sabe oque aquilo faz né? — Ele pergunta
O olho
Não, não sei. Só sei que eles matam.
Afirmo com a cabeça.
— Vem, vamos lá com o Dale — Lori vem em nossa direção
— Vou ficar com o papai — Aviso, ela afirma acariciando meus cabelos úmidos que estavam quase secos
Carl se levanta, pega na mão de sua mãe indo para cima. Lá para o acampamento.
Desço o olhar para o balde, havia três rãs.
Tinham dedos longos e a pele era lisa. Com o dedo indicador toco sobre uma delas que faz um som estranho, parecido com mugido, um som forte, um ruído contínuo.Barulhos vem logo a frente me chamando atenção, levanto a cabeça vendo as mulheres discutindo com Ed. Franzi o cenhom
Ed pega o braço de Carol o puxando para ele, porém Andrea fala algo fazendo com que o adulto levante a mão e force batendo no rosto da mesma. Arregalo os olhos.
Me levanto, Andrea o empurra, começa uma gritaria.— Pai! — Viro o rosto o vendo ainda sentado sobre a rocha, ele olhava para o chão pensativo.
O mesmo me olha, levanto a mão apontando para as mulheres. Shane se levanta, vai em direção ao tumulto, abaixa as pálpebras ao notar oque havia acontecido.
Pego o balde, me aproximo devagar, não tão perto, mas não tão longe. O suficiente para ver e escutar melhor.— Para com isso! — Amy protege Carol
Papai pega Ed pelo braço, o puxa agressivamente fazendo ele tropeçar, meu pai não para, o arrasta pelo chão o afastando das meninas. Já meio longe o joga contra o chão, a oito passos longe de mim.
Shane se ajoelha ao seu lado e força o punho no rosto do mesmo. Abaixo de leve as pálpebras não acostumada ao ver aquilo. Ed se vira de leve, mas meu pai não deixa o pega pelo colarinho e soca com mais força ainda.
— Dois, três, quatro, cinco, seis, sete — Contava lentamente a cada soco que ele dava.
O som das rãs aumentam e viro de lado a cabeça observando melhor o rosto de Ed, que agora sangrava. Papai estava com raiva, muita raiva e forçava a cada soco, o homem feio segura seu braço fraco, seu lábio inferior estava inchado e saia sangue do seu nariz.
Era viciante aquela cena, a sensação que transmitia. O meu corpo formigava e minhas mãos queriam se fechar, meu coração palpitava mais rápido e meu corpo aquecia pela adrenalina.— Catorze, quinze — Meu subconsciente contava
— SHANE, PARA PARA, vai matar ele, PARA!! — Andreia então grita.
Papai vai parando ao notar a dormência nos olhos de Ed. As mãos do homem feio já estavam no chão e não mais no braço do meu pai.
— Se encostar um dedo na sua mulher ou filha, ou qualquer um nesse acampamento denovo, eu te arrebento — Papai pega no rosto de Ed — Você tá me ouvindo? Tá me ouvindo bem?!
Um resmungo, um grunido trêmulo vem de Ed. Meu pai levanta o dedo apontando para ele.
— Ou eu acabo com você Ed — O mesmo fecha o punho e força um último soco
— Quinze — Resmungo
Papai se levanta, ofegante, respira fundo olhando para mim, e Andrea que o olhava com uma certa intensidade nos olhos. Eu não tirava os olhos de Ed, observava cada gota de sangue que escorria pelo seu rosto.
Largo o balde de rãs no chão, me aproximo devagar, já perto o suficiente forço meu pé de leve sobre a areia, o jogo em sua direção enchendo o rosto sujo e cheio de sangue dele.Carol se abaixa, passa a mão pelo rosto do mesmo tirando a terra que grudava. Ela me olha assustada, levanto a cabeça olhando para Andrea, Jacqui, Amy, elas me olhavam com pavor como se estivesse traumatizada, ou como se eu fosse um daqueles bichos. Estavam assustadas isso sim.
— Madison! — Escuto a voz de papai logo atrás de mim
Desço o olhar para Carol.
— Não chore por ele, não vale a pena — Resmungo me virando, corro em direção a papai que havia pegado o balde e subia o morro
Sinto as mãos do adulto em minhas costas.
— Eu quero ser que nem você — O olho
O mesmo me olha, sorri.
— Seja melhor doque eu, seja melhor doque qualquer um desse mundo.
Aperto meus lábios. Olhava para seus olhos castanhos, papai fala acariciando minhas costas, logo ele olha para frente.
Sorrio o admirando. Querendo ser melhor.

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Walking on them ‐ TWD
RomanceSINOPSE: Uma criança destinada a ser forte perde sua única âncora, seu pai Shane Walsh. Porém ela não imaginaria que seu melhor amigo poderia ser capaz de tirar a sua única família e tornar sua vida de cabeça para baixo. Agora sem expectativas e vi...