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Madison Hillary Walsh
Sangue por sangue

Eu o odiava tanto, queria ele morto, queria que ele morresse assim como meu pai, queria vingar meu pai de sua morte estúpida. Então eu acabaria com isso, acabaria com Carl, com o meu antigo melhor amigo.

— Vai fazer oque? Me matar?

— Você merece! Matou ele, você matou justo ele. A única pessoa que tinha Carl! — Falo tendo a visão embaçada

— Ele ia matar meu pai

— Não ia, ele não ia e você sabe disso. — Digo dando um passo em sua direção

— É, eu sei. Mas ninguém além de você precisa saber. — Ele dá um passo em minha direção

— Porque matou ele?

— Porque ele não prestava, você não lembra? Ele estrupou minha mãe, ele forçou tanto a gente treinar que chegávamos a ficar roxos.

— Ele não estrupou, ele não fez isso! Você me disse, lembra? Me disse que eles estavam conversando atrás da barraca sobre o relacionamento deles, que você escutou. Eles estavam juntos! E eu amava treinar... — Dizia derramando lágrimas sentindo tanta falta dos treinamentos

— Poise, eu sei que eles estavam juntos, e eu sei que você amava treinar.

— Então porque? Porque matou ele? — Seguro firme o punhal do canivete 

Carl da passos se aproximando, e ele então me olha nos olhos e sorri.

— Porque eu quis. — Diz o mesmo em deboche

Firmo meus pés sobre o concreto e forço meu braço, lançando meu punho com o canivete até seu pescoço. Carl pega meu pulso e me puxa contra ele, rapidamente com agilidade levanto o joelho lançando em seu estômago. Ele resmunga soltando um suspiro pesado.

— Você não era assim!! — Grito derramando lágrimas e lágrimas 

Com o canivete ainda em mãos, levanto e passo a lâmina sobre sua sombrancelha o cortando. Seu chapéu caí no chão e ele dá um passo para trás assustado com os olhos arregalados.

— Você quase acertou meu olho!

— Porque?! — Pergunto o olhando, vendo o sangue escorrer sobre sua pálpebra.

Carl coloca sua mão sobre a sombrancelha e franzi o cenho resmungando de dor.

— Porque eu quis! — Ele grita e parte para cima pegando em meu pulso — Porque eu posso, porque agora eu que mando! — Ele me vira e empurra com força meu pulso contra a parede me fazendo gemer de dor

A dor em forma de choque no local é instantanea me fazendo largar imediatamente o canivete.
O garoto me larga e se abaixa, porém aproveito para chutar a arma branca para longe, corro até o canivete e ele corre atrás pegando em minha blusa na intenção de impedir. Mas forço escutando um pequeno rasgo, me abaixo pegando, e, rapidamente me viro lembrando dos estouros dos tiros daquele dia que Shane morreu.
Forço o canivete sobre ele que tenta desviar mas a lâmina afiada acerta seu ombro o cortando.

— Caramba!! — Ele grita gemendo de dor, sua mão vai para o ombro tentando abafar a dor mas ele se contrai fazendo uma careta.

Walking on them ‐ TWDOnde histórias criam vida. Descubra agora