Madison Hillary Walsh
No mesmo barco
O capuz saí do meu rosto e sou surpreendida por um zumbi com a pele acinzada. Ele grunia e se debatia quando Paula enfia a lâmina na nuca dele, afasto de relance minha cabeça e vejo os olhos do morto caírem, engulo seco e ele caí ao chão.
— Senta aí! — Ordena a velha me empurrando para o lado
Mordo com força o pedaço de pano amarrado em minha boca, impedindo de gritar ou falar. Viro o rosto tentando encontrar Maggie e Carol e as vejo, sentadas uma em frente a outra, afastadas. Já eu me agacho e sento ao chão, tendo as mãos e o pulso ainda amarrado atrás do meu corpo. Estava no canto afastadas delas, impedindo de ter qualquer interação ou toque.
A velha pega o morto que matou e o arrasta passando em frente a Carol, saindo do lugar aonde estávamos, parecendo um banheiro grande. Não conseguia decifrar.
— Paula, precisamos de ajuda! — Um grito ecoa vindo da porta que estava a minha esquerda, do outro lado
— Eu tô morrendo de vontade de matar vocês, mas estou me segurando muito, então vão lá e tentem alguma coisa e vejam oque acontece. — Diz a ruiva e logo Paula nos olha e se afasta imediatamente.
A porta se fecha com força ecoando um som estridente, resmungo tendo uma pressão latejante na cabeça. Deito a cabeça para trás apoiando na parede e fecho os olhos por algum segundos, o sangue escorria devagar, lentamente me dando coceira, demonstrando ter aberto minha pele. O lugar era úmido e me dava frio por conta do vento gelado.
— humm!! — um resmungo alto vem de Maggie, abro os olhos e a olho vendo seus cabelos pretos caídos nos ombros, ela nega com a cabeça como se não quisesse que eu fechasse os olhos
Afirmo um hurum e ela olha para os lados, atenta e destemida. Maggie arranja algo pontudo, encontrando um pilar quadrado atrás dela, a mesma aproxima suas mãos amarradas de corda e esfrega, tentando cortar a corda.
Um movimento me chama atenção e vejo Carol puxar um crucifixo que estava no seu pé, ela puxa com o sapato e consegue enfim pegar, segura firmamente entre seus dedos e fecha os olhos, não fazendo absolutamente nada para cortar as fitas em volta das suas mãos, diferente de mim e Maggie que tínhamos cordas. Logo ela guarda em seu bolso da calça cargo.
Tiro ecoavam vindo de trás da porta e assim que os tiros acabam Maggie se ajeita, como se não tivesse fazendo nada. Pisco devagar e minha visão turva entortando tudo, pisco rapidamente e Carol começa a arfar respirando fundo, olho para a mesma notando estar tendo uma crise de ansiedade, franzi o cenho e olho a Maggie que faz o mesmo me olhando. E então a porta se abre e as três entram, ajudando o mesmo homem de antes a se sentar. Vejo o braço do homem e havia mordidas.
— Quando que checaram esse lugar?
— Eu não sei querida, se soubesse responderia — A velha falava, enquanto a ruiva ajuda o homem a se sentar no chão — E aqui tudo já era, você viu, as armas já era, as comidas já era, tudo já era e esses mortos só entrando aqui.
— Então pessoas podem entrar também, então seria melhor sairmos daqui. — o homem que foi mordido dizia
— Aé e ir para aonde?! — Grita a mulher mais velha
E Carol tinha falta de respiração, buscava por ar e não encontrava se sentindo desesperada, a vejo agoniar e resmungo alto tentando chamar atenção das outras, mas nada.
— Para lugar nenhum, tem mortos nos corredores, a segurança é de graça, se aqueles cretinos chegarem aqui antes do nosso pessoal esses sangue frios vão ganhar tempo para a gente. Cala a boca! — E Paula grita já se irritando com os gemidos de Carol
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Walking on them ‐ TWD
RomantizmSINOPSE: Uma criança destinada a ser forte perde sua única âncora, seu pai Shane Walsh. Porém ela não imaginaria que seu melhor amigo poderia ser capaz de tirar a sua única família e tornar sua vida de cabeça para baixo. Agora sem expectativas e vi...
