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Madison Hillary Walsh
Pela primeira vez, sofro por você.

Penso em Judith e Sam, me perguntando se estavam bem. Respiro fundo e abaixo a cabeça observando o doutor de Hilltop tirar meus pontos da coxa, já curados e fechados.

— Recuperou bem o corte daqui, mas notei que seus pontos do ombro estão querendo se abrir, vou enfaixar para fechar o corte mais rápido. Tudo bem?

Afirmo com a cabeça, viro o rosto para o canto do seu motorhome e encontro Maggie deitada sobre a maca, coberta por um lençol fino de linha, olho de relance ao doutor que se levanta após tirar os pontos já curados. Aproveito que se vira e tiro apenas a manga da camiseta que usava, deixando meu ombro ainda dolorido a mostra, sem abaixar mais ou tirar a blusa, apenas a deixando pelo suvaco.
O médico volta com esparadrapo e envolve em meu ombro, amarrando firmamente.

— Maggie está bem? — Questiono ao lembrar que ela estava aqui a uma semana desde que voltamos.

— Precisa descansar, está ainda em choque e teve umas complicações com a gravidez. — Explica o homem me deixando tensa

Engulo seco e olho novamente a mulher que permanecia virada para a parede do motorhome, abaixo a cabeça e penso no quão lindos eram Glenn e Maggie juntos.

— Pronto, venha para trocar o curativo amanhã.

...

Observo atentamente o facão que peguei de Carl dias atrás, o vejo sobre minhas mão pensando como sempre fazia.

— Sinto saudades da minha mãe — Resmunga Sophia vindo se sentar ao meu lado.

Largo o facão colocando sobre o colchão fofo em que passava as noites com Sophia, dormiamos de um lado do motorhome na cama de casal em que dividirmos, enquanto Carl e Ron se suportavam na outra cama. A olho, atenta e vidrada em sua conversa.

— Minha mãe e Mika fazem tanta falta, meu Deus se ao menos eu pudesse falar com elas. — Diz a loira abaixando a cabeça tendo os ombros caídos, pisco rapidamente abaixando a cabeça voltando os olhos ao facão, lembro sobre o walkie talkie que deixei com Mika, para se caso precisar de ajuda, em situações de emergência no caso. — Você tem o walkie-talkie não tem?

— Não posso usa‐lo, não posso chama‐la, apenas ela pode Sophia. — Minto

— Porque?

— Por segurança — Aviso dessa vez a olhando

Ela levanta as sombrancelhas e abaixa as pálpebras não entendendo.

— Como assim walkie-talkie? — Escuto a voz rouca de Carl no qual me assusta

Imediatamente viro o rosto o vendo acordado, com o olho bem atento a nós.
Aperto os olhos encarando Sophia, irritada por ter falado esse assunto com eles por perto, ela levanta as sombrancelhas e vira o rosto rapidamente.

— Nenhum walkie-talkie — Avisa a garota abaixando a cabeça e tirando seus tênis dos pés. Se preparando para dormir

Respiro fundo me levantando, observo as roupas masculinas e femininas sobre a mesa que Jesus nos deixou. Pego um shorts junto a uma blusa larga, logo sigo até o banheiro do motorhome pequeno. Faço minhas higienes, escovando os dentes e fazendo necessidades, tiro a roupa e aproveito para tomar um banho gelado breve, temendo acabar a água da caixa como de costume. Ao tirar a roupa e sentir o líquido gelado tocar em minha pele, me contraio arrepiando todo meus pelos do corpo. Lavo meu corpo com sabonete que tínhamos individualmente, e observo, atentamente notando as cicatrizes espalhadas pelo corpo e notando o quanto havia crescido. Engulo seco deslizando os dedos sobre meu estômago, vendo uma cicatriz profunda sobre o umbigo em uma linha reta. Relembro brevemente da prisão e como ganhei essa maldita cicatriz, logo percebo a cicatriz elevada sobre a palma da mão, me fazendo suspirar ao pensar em como ganhei essa.

Walking on them ‐ TWDOnde histórias criam vida. Descubra agora