Madison Hillary Walsh
Vinho, o amargo gosto de vinho
Estavam todos quietos, dormindo, apagados, menos Gabriel que estava acordado em sua sala rezando algo.
Pego a garrafa de vinho sobre a mesa e sigo para a porta, saindo da igreja as pressas passando pelas pessoas que dormiam. Estava curiosa para ver se era bom. Se valia a pena mesmo beber e enlouquecer.
Fecho devagar a porta sem muito barulho e vou atrás da casa vendo o ônibus escolar parado com a porta aberta, ignoro e abro a garrafa de vinho, abro e levanto o bico até meus lábios.
Tomo um gole sentindo o gosto de frutas vermelhas com um pouco de álcool ao fundo, faço cara feia afastando dos meus lábios, porém um sabor amargo circula pela minha boca tendo um toque de tanino.
- Porque gostava disso papai? É tão amargo - Murmuro lembrando da garrafa de vidro na mão do meu pai, levanto a garrafa colocando entre os lábios. Viro a garrafa e bebo outro gole fechando os olhos, até que gostando.
Sinto tanino pegando no fundo da minha garganta, gerando salivação na minha boca, tanino nada mais é doque uma substância que fica dentro da uva. Merle havia falado algo sobre.
Bebo outro gole relembrando de Merle, relembrando de Shane, um aperto no peito surge e deixo lágrimas caírem.
Até que um barulho no mato faz eu abrir os olhos, observo ao longe um homem sem camisa parado me observando, ele levanta a mão e acena para mim. Meu coração acelerado dispara e relaxo o rosto não me importando. Deito a cabeça para trás notando o céu girar.
- Caralho que porra você tá fazendo?! - E alguém chuta com força a garrafa da minha mão quebrando.
Arregalo os olhos levantando a cabeça vendo Carl alí, ele pega em meu braço e me levanta do chão. Assim que sinto meu corpo ficar em pé tudo gira, gira me deixando meio zonza, me agarro em seu ombro e ele me joga contra a parede.
Fecho os olhos com força e deixo lágrimas caírem.
- Porque matou meu pai? - O questiono e ele se afasta me soltando
Carl coloco a mão no rosto e se vira me deixando ali.
Reviro os olhos e sigo em direção ao ônibus, me segurando firme na porta aberta dele. Vejo a parte do motorista vazio e subo os degraus, virando em direção ao corredor do ônibus notando os bancos vazios. Sigo e escuto grunindos em volta, viro o rosto observando em desespero, mas encontro apenas Carl.
- Oque você tá fazendo
- Ele estão no mato, os caçortos - Murmuro observando pelo vidro e não há nada.
O garoto olha pelo vidro e me observa franzindo o cenho. Engulo seco me aproximando no vidro, sentando em um banco macio tentando ver o mato mas estava tão escuro.
Respiro fundo olhando em volta, sabendo que oque tinha visto não era alucinação.
- Você tá bêbada? - Ele vem até mim
Fecho os olhos negando, estando apenas um pouco tonta. Se isso era estar bêbada eu duvido de tudo a minha volta.
- Porque bebeu?
Me levanto do banco, saindo dele e me aproximando de Carl. O olho em seus olhos azulados.
- Alguém arranhou o pescoço do meu pai quando ele bebeu, acho que ele fez algo para merecer aquilo, mas ele estava bêbado fez sem consciência, e se eu estiver bêbada eu posso fazer algo sem consciência não é? - Murmuro e Carl franzi o cenho
Fecho o punho e lanço em seu rosto com tanta força que o vejo virar o rosto para o lado, o mesmo levanta a mão em tocando aonde havia o machucado. Carl me olha com os olhos arregalados
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Walking on them ‐ TWD
RomansaSINOPSE: Uma criança destinada a ser forte perde sua única âncora, seu pai Shane Walsh. Porém ela não imaginaria que seu melhor amigo poderia ser capaz de tirar a sua única família e tornar sua vida de cabeça para baixo. Agora sem expectativas e vi...
