Walking on them ‐ TWD

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Madison Hillary Walsh
Planejamentos de um mundo maior

A algo dentro de mim, algo que perfura meu peito e me faz ficar sem ar, algo forte que me deixa fraca e sem forças, algo escuro e profundo. As vezes me pego pensando em suicídio, em pegar uma faca e passar a lâmina afiada pelos meus pulsos, ou pela minha garganta, talvez atirar contra minha cabeça. Eu não sei, mas sei que tem algo dentro de mim que doí, que machuca. Algo que começou quando perdi meu pai, quando machuquei Carl na prisão, foi quando percebi, foi quando soube que eu posso ser igual a minha mãe, e talvez agora quando Carl levou o tiro tenha voltado o mesmo sentimento agonizante no peito.

— Está diferente desde que saí da enfermaria! — Ele se aproxima de mim

— diferente? Eu estou normal. — Murmuro olhando para frente, vendo o carro metros de distância

Carl acelera seus passos e pega em meu pulso, Grimes me puxa me fazendo me virar de supetão em sua direção.

— Oque aconteceu?

— Nada, não aconteceu nada, pode me deixar em paz agora?! — Puxo minha mão a força, me afasto negando com a cabeça e sigo até o carro acelerando os passos

Penso no que fazer e penso mais.
Eu lembrava do sentimento, da sensação que foi sentir que o perdi. Meu mundo parou, e eu não tinha outra escapatória, eu senti algo causada por ele, DENOVO, já não basta sofrer com a morte do meu pai, tenho que sofrer por ele agora!
Isso era injusto, era injusto apenas eu sofrer aqui, o faria sofrer de alguma forma, eu poderia, mas precisaria de um tempo para pensar e planejar.

— Caramba, fale comigo caralho! — Sinto seus dedos envolverem em minha cintura, ele aperta sua palma e me vira diante a ele

Prendo a respiração e olho em seu único olho azulado, Carl e aproxima grudando seu corpo ao meu.

— Quer que eu fale oque?! — Levanto o queixo e o encaro, me irritando com sua raiva

— Não foi me ver na enfermaria, nem se quer foi quando pedi. — Ele questiona agora com o tom da voz mais baixo

Engulo seco e solto a respiração, sem deixar de olha‐lo pisco deixando os lábios entre abertos.

— Eu deveria ter ido? — Pergunto

Ele levanta as sombrancelhas e dá de ombros apertando os lábios, Carl respira fundo e abaixa a cabeça.

— Eu queria você lá e não podia sair daquela merda de lugar! — E o mesmo aumenta o tom da voz, aperta forte minha cintura esbravejando de raiva

Coloco minha mão sobre a dele, prestes a tirar, porém Carl solta minha cintura e empurra minha mão, descansando a sua no mesmo lugar.

— Não temos nada, não somos nada, não importa oque aconteça, você não é nada para mim! — Esbravejo sentindo lâminas afiadas acertarem meu coração

Me afasto mas Carl preciona seus dedos na minha cintura me puxando contra ele, imediatamente sinto meu corpo grudar ao seu, o mesmo levanta sua outra mão e pega em meu rosto levantando meu queixo, deixando meus lábios entre abertos próximos aos seus. Tão próximos que contive a respiração ao notar meu coração acelerar.

— Diga oque for Hillary, eu jamais me importarei com suas mentiras! — Carl avisa acariciando minha bochecha com o seu polegar

— Não são mentiras, não são. — Murmuro deixando o ar sair dos meus pulmões, abaixando o tom de voz tornando‐se em um sussurro

Abaixo o olhar pensativa sobre oque disse, engulo seco e respiro fundo.

— Teve medo?

Franzi o cenho o olhando, ele se referia ao seu olho que perdeu, nego com a cabeça o fazendo franzir o cenho. Carl me olha atentamente e se questiona.