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Madison Hillary Walsh
Milhares por aí

Um ano depois...

O rádio apita atraindo a atenção de todos do acampamento. Um ruído estridente vem de longe me chamando atenção.
Me levanto olhando para papai, ele levanta a cabeça me observando, cuidando para ver se estava por perto.  O mesmo para de cortar lenha e observa Amy, uma menina do acampamento correr até o rádio rapidamente.

— Alô? Alô?! Não ouviu, não consegui avisar

— Tenta falar com ele — Dale o senhor de cabelos e bigode grisalhos fala apontando para o rádio. — Vem cá filho, você sabe melhor como usar essa coisa — O mais velho olha para Shane, levanta a mão e o chama

Papai tira seu boné, passa por mim largando sobre meus cabelos. O mesmo segue e força o machado no tronco de árvore que havia ao lado do rádio, a firmando na madeira.
Shane se abaixa, pega o rádio comunicador e aperta o botão. Me levanto, acelero os passos e corro rapidamente até ele, parando ao seu lado e me abaixando, olhando para o mesmo. Com um pingo de curiosidade.

— Alô, alô, a pessoa que está chamando ainda está por aí? — E ele larga o botão após falar

Um ruído surge, papai espera um, dois, três, quatro segundos e aperta denovo.

— Aqui é o policial Shane Walsh, a pessoa transmitindo, porfavor responda! — Ele larga o botão após falar, um silêncio surge e novamente aparece o ruído.

Todos quietos e atentos esperavam alguma resposta, um silêncio ensurdecedor deixava minhas mãos úmidas, estava atenta e me mantinha em silêncio a procura de alguma voz através do rádio, apenas o ruído irritante. Papai me olha pensativo, levanta a cabeça olhando para Dale, o senhor de cabelos grisalhos.

— Desligou

— Droga — O velho resmunga com a voz rouca

— Existem outros, não somos só nós. — Levanto a cabeça vendo Lori de cabelos castanhos falar, ela umidece os lábios e abaixa a cabeça pensativa

— Sabíamos que haveria tabom, por isso deixamos ligado. — papai murmura

— Tá sendo muito útil — Ela diz com a mão na cintura, com os olhos diretos ao Dale agora, abaixo o olhar encontrando os olhos azulados de Carl, ele me olhava atento, pensativo.

Respiro fundo, me levanto e me aproximo de papai, observo o rádio pensativa, era diferente que os walkie-talkie que papai tinha, era um rádio grande com um microfone quadrado no canto, havia uma antena que subia para cima capitando sinal.

— Eu tô falando isso a uma semana, temos que colocar placas na 85, para as pessoas ficarem longe da cidade. — Lori estava certa, a cidade se tornou um lugar perigoso depois do fim do mundo, depois das bombas e dos monstros.

— As pessoas não sabem no que estão se metendo. — Amy a adolescente de cabelos loiros e olhos claros fala com uma face triste

— Olha nós não temos tempo — Papai se levanta colocando sua mão sobre o boné em meus cabelos.

— Acho que precisamos arranjar tempo. — Lori cruza seus braços, sendo direta

— Tá aí um luxo que nós não podemos ter, entendeu. — Levanto a cabeça observando o adulto de cabelos escuros iguais aos meus. — Estamos sobrevivendo aqui dia, após dia, não podemos arriscar perder isso.

— E quem acha que a gente deve enviar? — Dale pergunta, com seu binóculos caído sobre o peito, segurado por uma cordinha que envolvia em volta do seu pescoço

Walking on them ‐ TWDOnde histórias criam vida. Descubra agora