Walking on them ‐ TWD

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Madison Hillary Walsh
Boa sobrevivência

Com o corpo sonolento pisco devagar observando seus olhos azulados.
Carl estava virado em minha direção, enquanto eu estava virada para a sua. Meu coração batia tão rápido, ao vê‐lo tão perto.

— Cadê Rick? — Questiono

Ele abaixa o olhar, engole fundo e levanta os ombros os abaixando, mostrando que não ligava.

— Não dormiu

— Ele anda quieto — Murmuro relembrando de vê‐lo sozinho entre as árvores, olhando para o nada pensando longe.

— Ele sente falta da minha mãe, ainda não consegue engolir que ela morreu de vez.

— E você? Consegue? — Pergunto e ele me olha

— Você, consegue engolir que seu pai morreu? E por mim ainda?! — Carl se senta me encarando agora com raiva 

Respiro fundo virando meu corpo, olhando para o teto da barraca acinzada. Não querendo falar sobre isso.

— Esqueceu doque fiz? Porque não bate mais em mim?! — Seu tom de voz aumenta 

Fico quieta sentindo um peso na consciência, lembro do meu pai e o quanto ele era bom para mim, e do quanto eu o amava.

— Não consegue mais bater em mim?! Porque não consegue mais me bater? — Ele se aproxima aproximando seu rosto do meu

O olho e reviro os olhos, não querendo saber de sua aproximação.

— Estou cansada Carl. — Resmungo me sentando no colchão

— Cansada?

— É, poxa, a vida é uma merda. — Admito cruzando as pernas, as segurando junto ao meu corpo. — Eu, eu te olho e não sinto mais nada. — Minto

— Mentirosa! — Carl quase grita fechando os punhos

Levanto os olhos, encontrando o seus sobre mim. Aperto as pálpebras e o encaro sentindo raiva, sentindo desprezo por ele.

— Você nem se quer pediu desculpa ou sentiu remorso! — Aumento o tom da voz — Você debochou e brincou.

O mesmo abaixa a cabeça e se senta ao meu lado, encostando seu braço ao meio.

— Não senti nada porque oque fiz, não era errado. — Ele fala baixo agora

O olho de lado.

— Você é minha e ponto final! — Carl me encara e abaixa a cabeça, pensativo

Respiro fundo e saio de perto dele, porém ele pega em minha mão me puxando de leve. O olho e ele com os olhos cheios de lágrimas pede.

— Fica aqui comigo só mais um pouco — Implora o garoto com a voz trêmula.

Engulo seco abaixando o olhar, pensativa e meio tristonha, o observo e o vejo deixar lágrimas caírem. Carl estava mal, e o olhando assim me sentia ruim e atormentada, mas lembro doque ele fez, das coisas ruins que causou para mim. Solto sua mão e saio da barraca o deixando sozinho como ele merecia, como ele vai merecer para o resto de sua vida.

...

Segurando firme o facão olhava para as gramas no chão, pensando e me remoendo, meu peito doia e sentia um nó na garganta.