37• Cinco Anos

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Eu tenho tudo quando tenho você e eu
Eu olho ao meu redor e vejo a vida que nem sabia que precisava tanto
Fiquei preso no escuro e você foi a minha lanterna
E você continua me guiando através da noite
Não consigo conter meu coração enquanto seus olhos brilham diante dos meus


O Club era exatamente como quando Ana entrou pela primeira vez e a segunda, mas ela mesma era completamente diferente agora, seu ponto de vista e seus sentimentos combinavam com todo o lugar muito mais do que apenas sua curiosidade e expectativa.

Dois meses que havia estado ali pela primeira vez, em busca de um objetivo claro, mas que ela jamais teria imaginado que podia dar tão certo, ela jamais poderia ter imaginado que algum dia andaria por aqueles corredores, Christian segurando sua mão, simplesmente a apresentando como esposa para os sócios.

Nossa.

Nossa. Nossa. Nossa.

Mas ela estava ali mesmo, se sentindo em casa, como se seu cérebro registrasse tudo como rotina em sua vida, fosse mulheres ou homens nus pelo lugar, fosse Christian falando com tanta destreza com os sócios ao seu lado sobre um tal deputado que queria entrar no Club, ou então ela sendo servida de wisky pelos garçons na aérea VIP como se ela fosse tão dona quanto Christian.

Ela meio que era sim.

_ Voce é dona dessa porra toda, então haja como tal - foi o que Christian disse, revirando os olhos, quando ela comentou que iria até o bar.

Ana perdeu o momento no ar, e de repente os outros homens estavam se levantando, lhe dando um aceno de cabeça em despedida e a promessa a Christian de que agora eles iriam se divertir lá embaixo.

Quando eles se foram, o Grey puxou para mais para perto, a colocando em seu colo agora, e a garota foi de bom grado.

_ O que foi? Parece tão pensativa - ele comentou, acariciando seu rosto desde a testa ao queixo, a fazendo suspirar com o carinho.

_ Só estou pensando que eu gosto disso - ela respondeu.

_ Do que exatamente?

Ela deu de ombros.

_ Disso - falou, fazendo um gesto com a mão indicando ao redor. - De tudo isso. Não me sinto entranha em estar aqui e nem por gostar. Primeiro eu só estava curiosa, era algo diferente e... perverso. Mas agora, aqui, eu gosto mesmo de estar aqui... - ela se inclinou sobre ele. - Gosto de estar aqui com você.

Christian assentiu com a cabeça devagar, pegando em seu rosto e o deixando na direção do próprio para poder beijar sua boca.

_ Eu nunca gostei de trazer submissas aqui, elas eram sempre ciumentas e nunca entendiam a parte em que eu dizia que só gostava de estar aqui e observar, as coisas ficavam complicadas logo depois disso. Mas nunca foi assim com você. Eu também gosto de estar aqui com você. Gosto de saber que você vai estar encantada com tudo o que vê, que vai se animar com tudo o que os outros fazem, e eu amo a sua confiança em mim, a forma como você sabe que não precisa ter ciúmes porque no fim da noite, tudo o que eu vou querer é você, tudo o que eu quero é fazer tudo o que eu o observei só com você.

Ana deixou os lábios tocarem os dele, o beijando de forma profunda e lenta, as línguas se tocando, as mãos de Christian descendo por seu corpo e parando em sua cintura, por baixo da blusa, acariciando sua pele devagar como numa apreciação.

Como ela poderia ter ciúmes de Christian?

Como poderia ter ciúmes de um homem que lhe tocava daquela forma? De um homem que a cada instante tem a necessidade em deixar claro que ela era única para ele?

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