20• Tela a Óleo

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Não há nenhum espaço para nossas coisas mudarem
Quando nós dois estamos tão profundamente presos aos nossos hábitos
Você não pode negar o quanto eu tentei
Eu mudei quem eu era para colocar nós dois em primeiro lugar




O quarto era escuro, com luzes vermelhas tocando o chão, no centro havia um grande palco, com uma cama redonda adornada.

Em volta haviam poltronas, e ao todo três dominadores estavam ali, assistindo, seus submissos ao chão, ajoelhados ao seu lado. Porém, Ana estava no colo de Christian. Ela tentou seguir o protocolo, mas ele a puxou no mesmo instante, dizendo que seu colo era bem mais confortável, e ela quem não iria contra.

Mas de qualquer forma nada daquilo chamava sua atenção ou era importante, tudo se concentrava na cama a sua frente, onde o dominador submetia sua submissa, de joelhos para ele, segurando em seu cabelo, as mãos amarradas aos tornozelos. Outro homem estava atrás da garota, e ele beijava seu pescoço enquanto sua mão trabalhava a frente dela, tocando em sua intimidade, a fazendo gemer contra o membro do outro.

Ela agia sem hesitar, a confiança e desejo eram nítidas.

Ana ficava daquela forma?

Ela também agia cegamente para Christian.

O Grey se mexeu embaixo dela, a ajeitando em seu colo, e ela pôde sentir que ele estava excitado.

_ Eu estou imaginando você ali, daquele jeito, toda amarrada, de joelhos para mim - ele sussurrou em seu ouvido.

Ana quase sorriu, se não estivesse muito hipnotizada com tudo a sua frente, e mentiria se dissesse que não estava se imaginando ali também, com Christian.

Ela se recostou contra ele, colocou os pés sobre a poltrona, dobrando as pernas, e deixou a cabeça contra seu ombro. Christian automaticamente levou uma das mãos para sua coxa, acariciando ali, vidrado como ela.

_ O que achou? - ele perguntou quando estavam de volta ao carro e era tarde da noite.

Depois da cena, Ana ficou impressionada demais, e Christian lhe deu a chance de ver outra. Tudo era intenso, e ela não sabia nem começar a dizer como se sentia em imaginar que ficava daquela forma, que ela também fazia aquelas coisas.

_ Talvez eu possa tirar algumas fotos sua - Christian comentou de forma divertida perante ao fascínio da garota.

_ Eu iria amar - ela respondeu direta, e ele parou um instante, chocado.

De volta ao carro, Ana havia retirado os sapatos e Christian colocado seus pés sobre seu colo, dando-lhe uma massagem macia e muito boa nas partes doloridas. Havia ali uma marca das cordas de mais cedo, vermelhas e ficando roxas já, e era sexy.

_ Eu ainda não sei explicar - ela respondeu. - Foi incrível. E eles pareciam tão... tão bem, pareciam em sincronia. E ninguém ficou de fora, eles simplesmente ficaram juntos o tempo todo e pareciam saber o que fazer.

Ela estava empolgada, mas também submersa, muito chocada e fascinada, e Christian via com prazer o brilho nos olhos dela.

Ela havia gostado.

_ Eu estou... apaixonada, eu acho. Estou complemente apaixonada. E olha que eu nunca me apaixonei tão rápido por algo - ela comentou. - Eu tenho vontade de... de pintar isso.

Christian deu uma risada.

_ Vai ser muito interessante, e eu compraria, com certeza - ele falou.

_ Sério? - ela questionou.

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