Capítulo 10

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ANAHÍ

Eu estaria bem transando com o mesmo homem a vida toda, vulgo o meu ex-marido, mas circunstâncias me jogaram na cama de Alfonso Herrera, e agora me sinto culpada por estar tão grata pela oportunidade.

Obrigada, Alexander, por ter jogado minhas coisas na rua, literalmente.

Talvez eu ainda tenha alguma raiva residual.

De olhos fechados, saciada e me deliciando com os lençóis de Alfonso sobre meu corpo nu, sinto alguma coisa em minha perna. Dou um pulo, abro os olhos e aproximo o queixo do peito para olhar para "baixo".

— O que...?

— Shhh... — Ele me silenciou um milhão de vezes na última hora. Alfonso está vestindo a minha calcinha em mim. — Você tem que ir embora — ele sussurra.

Eu apaguei? Acabei de ter outro orgasmo. Quando ele se vestiu?

Levanto a bunda como uma criança obediente deixando alguém me vestir. Ele segura meu braço e me puxa para me fazer sentar. Sutiã. Suéter. Saia. Meias e botas. Alfonso Herrera é especialista em vestir pessoas.

Ele segura minha mão e me leva para a escada onde tudo começou.

— Tive três orgasmos. Isso é...

— Shhh... — Ele me cala de novo enquanto descemos. — E não precisa agradecer.

O quê?

— Filho da mãe arrogante — resmungo.

Ele olha para trás enquanto me puxa para a porta da frente. A expressão em seu rosto confirma a avaliação, mas desaparece quando ouvimos um degrau da escada ranger.

Antes que eu possa olhar para trás para ver quem está descendo pela escada principal, Alfonso me puxa para dentro do armário de casacos e fecha a porta.

Ele apoia a cabeça na parede ao lado da porta para não precisar se encolher embaixo da barra de cabides. Depois cobre minha boca com a mão.

Sério? É quase meia-noite, e estamos escondidos em um armário de casacos. Acho que já deu para entender que temos que ficar em silêncio. Mordo a mão dele até afastá-la.

— Shhh — ele sussurra.

— Estou quieta — cochicho de volta.

— Shhh... — Alfonso segura minha nuca e puxa minha cabeça contra seu peito, como se quisesse me sufocar para me silenciar.

Caramba, ele cheira bem..., mas, sério, preciso de ar.

Empurro seu peito.

— Para...

As mãos fortes seguram minha cabeça como se fosse uma bola de basquete que será arremessada, e a sua boca cobre a minha. Adoro sentir a língua dele deslizando sobre a minha. É uma droga que deixa minhas pernas moles.

Seguro seus bíceps como fiz ainda há pouco em seu quarto enquanto ele se mexia em cima de mim, dentro de mim, nu, intenso e sexy.

Ele está me distraindo. Usando a boca para me calar. É grosseiro. E assim que eu me fartar, vou mostrar como fiquei ofendida.

Somos adultos de mais de 30 anos. Não há motivo para estarmos escondidos nesse armário.

Alfonso morde meu lábio inferior se afastando e aproxima a boca da minha orelha.

— Para de cantarolar.

Eu estava cantarolando? Hum, nem percebi.

A porta do armário se abre. Agarro a camiseta de Alfonso e fico imóvel.

Razões & Emoções -Adapt AyA [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora