Epílogo

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ALFONSO

Cinco anos, dezenas de cookies, um novo irmãozinho e treze ratos mais tarde...

— Eu devia ter trazido o Anthony sozinho... — Suspiro, carregando uma criança adormecida de cinco anos e cabelo castanho e desgrenhado pelo campus. Estou suando. Ela é pesada e quente demais para um dia de agosto.

— Isso é importante. Todos nós queremos estar aqui. — Anahí anda com um balanço exagerado nos passos, porque Arthur, nove meses, começa a ficar agitado.

Ele quer engatinhar. A viagem foi longa. Todas as nossas viagens são longas, já que vamos de carro a todos os lugares. Ainda não perdi a esperança de fazê-la entrar em um avião sem dopá-la com as minhas misturas.

Um dia. Espero.

— Não precisam subir comigo — Anthony avisa quando nos aproximamos da entrada.

É claro. Vinte e uma horas de estrada nesse calor, só para falar "Tchau, a gente se vê no dia de Ação de Graças".

— Telefona. Estuda bastante. Encontra uma garota legal, mas não antes do último ano. E não esquece, você está aqui para aprender, mas nesse caminho, muitos alunos também vão aprender com você. Seja legal. Seja generoso. Seja feliz. — Any abraça Anthony.

Ele corresponde sem hesitar.

— Tchau, amigão. — Ele abraça Arthur também.

— Telefona a cada duas semanas. Estuda mais do que acha que precisa. Não estou pagando para você ser reprovado. Encontre uma garota legal para perder a virgindade e poder se concentrar nos estudos, não nas bolas duras. Não esquece, você está aqui para ter bons resultados, e outros alunos vão se sentir ameaçados por você. Ignora todo mundo. Seja forte. Seja legal. Seja responsável e use camisinha. — Abraço Anthony, que revira os olhos.

— Tony... — Aria acorda e esfrega os olhos.

— Oi, Raio de Sol. — Ele a pega de mim.

— Graças a Deus!

— Vou sentir saudade de você. Mas fica longe do meu quarto.

Ela assente, olhando para ele como se fosse seu ídolo.

— Tchau. — Aria faz biquinho.

Ele torce o nariz e beija sua bochecha. E como sempre, ela dá um jeito de transformar o beijo em selinho. Anthony limpa a boca.

Ela ri.

Ele a põe no chão e pendura bolsas e violão nos ombros.

— O resto das suas coisas deve chegar hoje à tarde — aviso. — E não esquece de ligar para sua avó Sandra. Ela está esperando para saber se já se acomodou no dormitório.

Ele balança a cabeça, concordando.

— Tchau.

Assim que ele se vira, uma senhora com um crachá de identificação pendurado em um cordão sorri para ele.

— Bem-vindo a Julliard. Precisa de ajuda para encontrar seu quarto?

Aguardamos enquanto eles entram no prédio como se ele ainda fosse um garoto indo para a escola pela primeira vez.

•••

Almoçamos e terminamos as quatro horas de viagem, que acabam virando cinco, para Cape Cod.

— Barco! Papai! Quero andar de barco. — Aria pula do carro e corre para Jon, que está subindo a encosta do píer.

Ele abre os braços, sempre encantado com a neta favorita. Ele é a única pessoa que ela domina com mais facilidade que eu.

Razões & Emoções -Adapt AyA [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora