Razões & Emoções -Adapt AyA [Finalizada]

Capítulo 31

ANAHÍ

Vinte e cinco semanas.

Estamos a duas semanas das férias de verão, a quatro do início oficial do verão e a quinze semanas da data prevista para o parto.

Amo essa vida.

— Any? — Alfonso me chama.

— Aqui em cima.

— Boa garota — ele elogia, e sua voz soa mais próxima. — O que está fazendo?

Engatinho por um lado da cama de Tony, tirando mais coisas que ele enfiou lá embaixo.

— Não estou limpando. Sei que ele não gosta que ninguém mexa nas coisas dele, mas tem muita roupa suja por todo lado. Achei que ele ia gostar de ter roupas limpas. Tony está sempre reclamando das meias perdidas.

— Esquece. Tenho menos de meia hora antes de voltar para o escritório. Seu pai foi na casa do Martin?

— Foi jogar golfe. — Ainda estou impressionada com esse acontecimento. Ele diz que

a tacada não é perfeita, mas o fato de estar jogando golfe menos de seis meses depois do derrame, é uma benção.

— Tique-taque, baby.

— Só um minuto. — Torço o nariz e vou jogando várias toalhas de rosto no cesto. — Por que ele tem tanta toalha suja embaixo da cama? Não estão molhadas, só meio duras em alguns pontos. Eu diria que ele as usou para limpar o nariz, mas o cheiro é horrível.

Alfonso dá risada.

— Ele limpa alguma coisa com elas, mas não é nariz.

Uso a beirada da cama como apoio para ficar em pé e massageio a parte de baixo das costas.

— Como assim?

— É a mesma história dos banhos demorados. Agora lava as mãos e vem para o quarto.

— Banhos demorados... lavar as m... Eca! — Afasto as mãos do corpo. — Sêmen? Essas toalhas têm sêmen?

— Por isso o cheiro. — Ele ri quando passo a caminho do banheiro, onde esfrego as mãos com muita água e sabonete.

— Meninos são nojentos. Isso é nojento!

— Quarenta e sete minutos, Any. Vem — ele insiste, afrouxando a gravata e abrindo o colarinho.

Não transamos à noite enquanto o anexo do meu pai não ficou pronto. Aparentemente, sou barulhenta demais quando faço sexo, o que é um problema quando se tem uma escada aberta entre o nosso quarto e o escritório de Alfonso, onde meu pai dormia. Por isso, Alfonso contratou alguém para levar meu pai às consultas, e pudemos "começar" a transar na hora do almoço dele. E quando meu pai deixou de precisar dos longos dias de terapia, Alfonso o apresentou ao Martin, e agora eles são amigos que passam muito tempo juntos durante o dia.

Coincidência? Acho que não.

— Pensei que as rapidinhas da hora do almoço fossem acabar quando o anexo ficasse pronto. — Sigo Alfonso para o quarto. Ele já está nu da cintura para cima.

— Ah, bom... — Tira minha camiseta e abre meu sutiã. — Isso foi antes de eu descobrir essa sua boca suja no sexo. Isso é uma delícia. E a única hora em que você pode ficar totalmente livre de censura é no meio do dia, quando estamos sozinhos.

— Não tenho boca suja.

Ele se abaixa e chupa meu mamilo até eu sentir o contato entre as pernas. Cada parte do meu corpo está muito mais sensível a essa altura da gravidez. Eu me sinto bem. E cheia de vontade. Muita vontade.