Capítulo 59

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Choro ao ver a minha netinha embrulhada nesse pano rosa, é tão linda, pequena e fofa. Era assim que ficaria com a Catarina nos meus braços, admirando-a e enchendo de beijos, Gael feliz e emocionado, eu teria tudo isso se não fosse o egoísmo do meu pai. Nos relatórios de cinquenta e sete páginas, José Cavalcanti está tirando alguns dias na Grécia junto com a Heloísa. Ainda não esqueci das maldades que fizeram comigo, eles pagarão muito caro.

Gael! Chamei o nome do meu futuro marido Olha a nossa menininha, é tão linda! Venha cá! Veja!

Gael arregalou os olhos, logo depois encheu de lágrimas. O que os membros achariam ver o Subchefe deles chorando ao ver a sua netinha? Provavelmente reprovariam a sua atitude, por demonstrar sentimentos perante aos outros. Aproximou-se devagarinho, estendeu os braços para pegá-la. Com muito carinho, pós nos braços do seu avô. Mais lágrimas caíram em seu rosto, olhou para mim sorrindo.

É tão parecida com a nossa filha, Rafaella! A Lyra é tão perfeita Cheira a cabecinha E cheirosa.

Vincenzo entra no quarto, parecia estar aflito. Franzi a testa confusa ao ver enormes olheiras, cabelo bagunçado e com semblante cansado. Aproximou-se da gente, está uma fera, só suavizou quando viu a sua filha Lyra.

A filha de vocês não quer tirar o leite, ela disse que não é problema dela. E já fez a sua parte.

Já imaginava isso. Catarina está recusando a sua filha, transferindo a sua raiva que sente pelo Vincenzo pela Lyra. Um ser totalmente inocente.

Vou falar com ela! Onde ela está?

No quarto dela!

Assenti, e saio do quarto. Essa menina vai ter que me ouvir, a sua filha é inocente, não merece pagar os erros do seu pai. Entro no seu quarto, Catarina está rodeada por duas enfermeiras implorando para tirar o leite. Aproximei-me de uma delas, peguei a bomba bruscamente em sua mão.

Tira o caralho do leite, Catarina. AGORA.

Fiquei na sua frente, tirei a sua blusa. Ela tentou se esquivar me empurrando e dizendo "não" várias vezes, dei uma bofetada em seu rosto e ela se queitou, tirei o alimento da Lyra. Já tenho um pouco de prática extraindo o leite, fazia várias vezes quando o Henrique era um bebê. Não queria que os meus seios caíssem, não queria ter o peito da vovó. Quando acabei o processo, duas enfermeiras saíram que com certeza vão fofocar no horário de quinze minutos. A sós, dei novamente a bofetada e coloquei o dedo na sua cara, ameacei:

Se dificultar novamente o alimento da sua filha, darei uma surra. Vou recuperar o tempo perdido te espancando, tenho quase certeza que nunca sentiu um cinto se chocando na sua pele. Mas eu sim, e quer saber? Dói pra caralho.

Seus lábios tremiam Já fiz a minha parte.

Que parte? Parir a sua filha? Tem a segunda parte que precisa fazer, amamentar a sua filha. O seu leite vai ser muito importante para o crescimento e o desenvolvimento da Lyra.

Não darei os meus seios.

Suspirei cansada

Tudo bem! O seu irmão não mamou nos meus seios e está saudável, a nossa genética é ter peitos moles e caídos, mas pelo menos dar o seu leite para a criança.

Se fizer questão, darei leite. Só!

Sentei ao seu lado da cama, peguei a sua mão e apertei.

O bebê precisa além do leite materno, ela precisará do carinho da mãe, os beijos, os braços, história de ninar. Essas coisas.

Darei só o meu leite, Vincenzo já sabia que iria acontecer. Me forçou a casar e ter essa coisa.

ESPOSA PERFEITA - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora