Capítulo 53

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TRÊS DIAS

Eu assenti a cada uma de suas palavras, Bianca me orientava como comandar uma coletiva de imprensa. Vários repórteres nacionais e internacionais estão no planalto agora, querendo saber a história verdadeira sobre o ocorrido. Não vou poupar as descrições da história, quero deixá-los assustados com o meu depoimento, como aguentei as agressões e a violência sexual cometido por ele, pelo Heitor Rosenberg. Nesses últimos três dias, muitos segredos foram revelados e expostos nos jornais e nas revistas de fofocas. Algumas são cruéis, me julgando, escrevendo um texto que eu sou culpada. Óbvio, com a ajuda da Luísa, que agora não caiu na real que o seu único filho é um monstro.

Rafaella?

Bianca, você viu Gael e Catarina? Não os vejo desde ontem, já estou ficando preocupada.

Bianca entrou no escritório, através do espelho vejo um homem apontando uma arma atrás das suas costas. Virei a cadeira giratória com os olhos arregalados, depois vieram outros homens vestidos de ternos, as suas expressões eram indecifráveis. Nenhuma emoção estampada para identificar o que eles estão pensando, todos eles demonstravam elegância e poder, sem mesmo dizer nenhuma palavra. As suas presenças diziam tudo, no total eram quatro homens dentro do escritório.

O escritório tinha um espaço considerável, com eles aqui diminuíram o local. Nervosa, e tendo uma quase crise de ansiedade levantei na cadeira de couro com as pernas trêmulas. Quase cedendo, preciso manter firme e fazer perguntas certas.

Eles vão me matar? Trabalham para a família Rosenberg? Eles não querem que a verdade seja dita? Faz sentido, a minha entrevista arruinaria a imagem da família Rosenberg, estranhei o fato que eles estão muito passivos em relação à coletiva. Exceto pela Luiza, é mãe, e tão é normal ser doida naquele jeito. Mas o Ricardo, está quieto demais, como patriarca deveria fazer de tudo para isso não acontecer. E agora eles? É o meu fim.

Antes de implorar por misericórdia, mais dois apareceram para ferrar com tudo. Eles eram mais intimidantes que os outros homens, um deles fixou na minha direção, seus olhos me chamaram atenção, azul turquesa. São olhos bonitos para o homem bonito.

―Tire essa mulher daqui Ordenou sem olhá-los, é o chefão.

Ele falou italiano.

― Sim, senhor!

Os homens levaram a Bianca, pude ver em seus olhos sentimento de medo, e também está apavorada, igual a mim. Meus pés estão presos no chão, o medo impossibilitando eles se mexerem.

Senta-se, parece que vai desmaiar. - Diz outro homem com braços cruzados e encostado na janela, tirando os óculos escuros. Os seus olhos também são parecidos com o sujeito, turquesa mais puxado por verde. São irmãos?

E ele falou português fluentemente.

Quem são vocês? ― Perguntei, sentei na cadeira antes que desmaio. Querem me matar?

Depende! Se você cooperar com a gente ― O homem de cabelo escuro aproximou-se de mim e estendeu a mão Prazer, Lúcio Ganzarolli!

Lúcio Ganzarolli? Conheço esse nome e sobrenome algum lugar.

Espera... Gael trabalha com vocês? São famiglia Ganzarolli?

Sim, somos nós! E precisamos conversar.

Lúcio pegou uma cadeira e sentou na minha frente, entrelaçou as nossas mãos. Como se a gente fosse amigos íntimos.

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