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Exatamente um ano depois, no dia 30 de Outubro, S/n e Scarlett foram a uma festa à fantasia, mesmo ela tenha insistido que ficassem em casa, com a desculpa de que estava sentindo uma dor de cabeça estranha desde cedo e que só queria deitar um pouco, a loira não aceitou, sabia que aquele não era o feriado preferido dela, mas tinha certeza que ela iria se divertir, tinha quase certeza que a dor de cabeça dela foi causada pela quantidade absurda de açúcar que ela comeu no dia anterior, e ela estaria ao lado dela o tempo inteiro, prometeu ficar sóbria a festa toda para cuidar dela.
A festa foi incrível, apesar de Scarlett notar que S/n estava um pouco caidinha e em alguns momentos se sentir um pouquinho culpada por faze-la ir, elas comeram as comidas típicas, e ainda saíram fantasiados pelas ruas de Manhattan pedindo doces a pessoas que estavam bêbadas demais para reconhece-lá.
Elas chegaram em casa praticamente as duas da manhã, tomaram banho juntas e às quando já era três horas estavam na cama, S/n tinha uma das pernas por cima da cintura da namorada e o rosto escondido na curva de seu pescoço enquanto o mulher acariciava seus braços expostos e beijava seus cabelos sempre que sentia vontade.
— Eu te amo muito — S/n sussurrou — Acho que vou te amar mesmo quando eu for um fantasminha — Continuou, rindo um pouquinho.
— Acho que você ficou bêbada de açúcar amor — Scarlett riu também.
— Eu só quero que você saiba que eu te amo, a gente pode não estar mais aqui amanhã, amor — Ela suspirou e beijou o pescoço dela.
— Baby, não fale coisas assim, você sabe que eu não gosto — Ela respondeu a apertando ainda mais em seu abraço — Eu te amo muito pra pensar em você virando uma fantasminha.
— Mas eu vou ser a sua fantasminha, seria divertido — Retrucou.
— Vai dormir, amor, você não está fazendo nenhum sentido — Scarlett beijou os cabelos dela — Te amo.
— Te amo mais.
— Não tem como — A mais velha disse por último e em segundos sentiu a respiração da mais baixa ficando cada vez mais leve, e não demorou muito para a sua se acalmar também.
Na manhã seguinte, Scarlett acordou antes de sua namorada, sabia que ela estava cansada então a deixou dormir um pouco mais.
Eram quase duas da tarde quando a mulher decidiu que deveria acorda-la, ela odeia dormir à tarde, e ela já conseguia escutar sua voz rouca e carregada de sono reclamando por ter acordado aquele horário.
— Baby... — Ela chamou calmamente se sentando na cama ao lado dela e afastando os cabelos que cobriam seu rosto — Baby acorda, já são quase duas horas — Ela disse se inclinando para deixar beijinhos pelo rosto da namorada do jeito que ela sempre faz para acorda-la, mas ela sequer se mexeu. — Anjo, vamos, eu vou te levar para comer naquele Bistrô que você adora — Tentou, mas ainda sim não obteve nenhum sinal.
— S/n! — Ela chamou mais alto porém ainda calma, balançando um pouco o corpo dela tentando desperta-la — Amor acorda, isso não é engraçado, acorda, vamos — Chamou exasperada passando uma de suas mãos pelos cabelos em um gesto ansioso enquanto S/n continuava imóvel.
Scarlett aproximou seu rosto do dela mais uma vez afim de beija-la, mas quando sentiu os lábios da namorada mais frios do que o normal seu coração parou por um instante.
— Amor… Você está me assustando — Confessou com a voz embargada — S/m, para com isso, acorda!! — Pediu chacoalhando o corpo da menor com mais agressividade — Amor, acorda, É isso, eu vou ligar para o 911 — Ela disse procurando desesperadamente por seu telefone, lágrimas já caiam de seus olhos e sua respiração estava descompassada.
Uma pequena parte de sua consciência, tinha total certeza que aquilo era uma brincadeira e que ela estava bem mas era a sua garota ali, ela não arriscaria, faria de tudo por ela.
Foi apenas a mão delicada puxando o aparelho de sua mão que a fez parar, ela tinha os olhos arregalados e a boca aberta em um "O" ainda sem entender o que estava acontecendo, ela está bem? Era tudo que a mulher conseguia se perguntar.
— Payback is a bad bitch — S/N citou a letra de Demi Lovato enquanto sorria encarando a mulher a sua frente. (A vingança é uma vadia má)
A reação de Scarlett foi agarrar um dos muitos travesseiros espalhados pela cama e ataca-la.
— Você tá brincando com a porra da minha cara, S/N? — Ela perguntou deixando o travesseiro de lado e a prendendo na cama pelos ombros, ainda em choque pelos sentimentos que tomaram seu corpo quando achou que a filha da puta estivesse morta.
— Não consigo respirar — Ela conseguiu dizer enquanto ria histericamente.
— Eu te odeio, babaca — Respondeu se levantando de cima da menor.
— Eu só queria entender como você não pensou em checar se eu tinha pulso — Ela comentou seguindo a namorada loira até o banheiro, o mesma em que ela fez a alma da pobre coitada sair de seu corpo e voltar a um ano atrás, enquanto ela a ignorava — Amor, não fique brava, você achou mesmo que eu não me vingaria?
— Não de uma forma tão cruel, sua psicopata! — Ela praticamente gritou — Você veio com aquele papinho de fantasma ontem a noite e me assustou pra caralho, sabia? — Ela respirou fundo — Eu não sei o que eu faria se você estivesse morta, S/n, mas nesse momento eu só consigo pensar em formas de como te matar — Completou e S/n não conseguiu segurar o riso.
Ela riu tanto que tropeçou em seus próprios pés e caiu no tapete fofinho que ficava perto da pia, a loira viu toda a cena e não conseguiu ficar séria, e logo estava no chão junto a ela rindo.
— Quem é doente o suficiente para armar todo um plano psicológico pra se vingar do namorada? — Ela perguntou depois de um tempo quando já haviam acalmado as risadas.
— Eu, mas ninguém mandou você escolher logo uma brasileira pra se apaixonar — Ela respondeu risonha puxando o rosto da mais alta para um beijo.
