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Zaira Mayara de Oliveira Ferreira. 18 anos.
"Se neurose é pra quem tem, saiba que eu tenho de sobra."
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A mãe dezoitou, esqueçam tudo! Se antes ninguém parava esse trem, agora que ele bate de vez.
Saio do studio do Marcelo, simplesmente o melhor tatuador daqui do Alemão, e respiro fundo sentindo o sol de quarenta graus queimar a minha pele.
Penso sériamente em voltar a entrar no studio, e aproveitar um pouco mais do ar condicionado lá, porém dona Kaira me enche de mensagem no zap.
Mãe: Zaira Mayara tu pediu pra eu te dar cobertura mas cê tá abusando já.
Mãe: Os convidados estão chegando, perguntando por você, Zaion tá louco gritando no meu ouvido que isso é culpa minha porque passo muito a mão na tua cabeça.
Mãe: E cadê você mesmo, hein?
Eu: Já falei que é surpresa, mãe. Já tô chegando, pera aí.
Mãe: Aniversário é teu e a surpresa é minha? Sinto que vai dar merda isso.
Eu: Vai nada, tô chegando.
Bloqueio a tela do meu celular, e de cinco em cinco segundos eu tô cumprimentando quem me cumprimenta mesmo sem saber quem é, a filha do dono né mores...
Vejo o Vitelo falando com o Iguinho, sentado na moto dele, e chego bem mansinha tampando seus olhos com as minhas mãos.
- Não fala nada. - Falo apenas movimentando os lábios, e o Iguinho assente ajeitando o fuzil no peito.
Vitelo: Esse cheiro eu conheço. - Fala antes de concluir. - Cachinhos não dourados, acertei?
- Acertou. - Sorrio batendo no ombro dele, os dois me parabenizam e eu pergunto que horas eles vão lá pro meu churras junto com os outros vapores que eu e meus pais considera próximo.
Iguinho: Mais tarde, quando o fervo tiver naquele pique.
- Vou me certificar de que a comida acabe até lá.
Vitelo: Maldosa que só. - Faz tsc batendo as chaves em sua mão no guidão da moto.
Iguinho: Patrão em mulher, pô. - Eles dois dá risada e eu subo na garupa.
