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Paulista.

Minha pequena fecha meu Rolex cravado de diamantes no meu pulso largo pra mim e eu beijo sua testa em agradecimento.

Zaira: Tu é tão gostoso. - Fica na ponta do pé me dando um cheiro e eu olho nosso reflexo no espelho que tá na nossa frente, as tranças dela caindo como cascata no lado direito do meu ombro. - Quero te dar toda hora.

Seguro ela pela bunda e entrelaço duas pernas nas minhas costas antes de devorar sua boca com necessidade.

Ela arfa contra minha boca enquanto minha língua explora cada canto da sua e eu solto ela quando meu pau endurece marcando na minha bermuda.

- Eu preciso fechar um negócio, depois tu vai me dar de todo jeito possível, tá? - Olho pra ela, colocando duas tranças por trás da orelha delicada, e ela assente abaixando seu vestido.

Zaira: Por que eu tenho que ir com você mesmo? - Pergunta pegando a bolsa dela na cama bagunçada.

Nóis tá na casa de campo do Raúl, cara que eu vim fechar negócio, e apesar de ser longe de tudo num lugar isolado e dele ter disponibilizado alguns dos homens dele pra fazer a contenção na casa, eu não confio a segurança da Mayara à ninguém senão eu mermo e o pai dela.

- Porque eu só vou tá tranquilo com tu do meu lado. - Falo retirando meus cordão de prata de dentro da camiseta, colocando por cima do tecido em seguida. - Tu tá ligada que tu tem só dezoito anos, né?

Zaira: Sim, e? - Me olha atenta.

- Eu já vivi pra caralho, sei o que eu quero... - Começo. - Eu não quero te privar da tua juventude, tá ligada?

Zaira: E quem disse que eu não vivi pra caralho, Ryan? - Fala sem desviar o olhar do meu. - Vantagem de ser apocalíptica desde nova foi essa, já ter feito de tudo a ponto de hoje, com apenas dezoito anos, ter certeza de uma parada... - Passa a mão pela lateral do meu rosto.

- O quê? - Passo a língua no lábio.

Zaira: Que eu quero você e só você. - Estalo a língua no céu da boca jogando a cabeça pra trás.

Coloco suas tranças pro lado, dando um cheiro no seu pescoço, e beijo sua boca abraçando seu corpo pequeno junto ao meu.

- Agora vamo que já tamo atrasado. - Dou um selinho nela antes de a soltar, pegando a mala com o armamento logo em seguida.

Coloco a peça na minha cintura, arrastando ela pras costas, e tampo o volume com o tecido da camiseta antes de descer atrás da Zaira.

Nós dá um salve nos soldados e eu destravo as portas da nave que também foi cortesia do Raúl, deixo a mala pesada no porta-malas e dou a volta indo pro banco do motorista.

Os soldados abre o portão pra mim e eu saio dirigindo rumo à Heliópolis, ironicamente a favela onde eu e a Suellen nasceu, isso mermo, literalmente nascemos em casa porque o pau no cu do nosso genitor era tão doente da cabeça que nem ir pro hospital dar a luz ele deixou a minha mãe ir.

Pegamos umas duas horas de estrada até lá e assim que chegamos o braço direito dele já passa o radinho pra contenção da barreira permitir a nossa entrada, subo a ladeira com o carro dirigindo devagar enquanto observo o lugar onde eu vivi até os meus quatorze anos de vida, mudou pra caralho, mas pra melhor.

Paro o carro na rua que abriga apenas o casarão dele, pego a mala no porta-malas e travo as portas da nave, Mayara entrelaça nossos dedos e caminha do meu lado enquanto eu sigo os passos do braço direito do Raúl, entrando na casa onde nóis encontra ele e a mulher sentados numa mesa arrumada pra quatro à beira da piscina.

Raúl: Paulista que tá mais pra carioca. - Sorri exibindo os dentes de ouro, se levantando, e estende a mão pra mim.

- Fala tu, meu bom. - Pego a mão dele num aperto firme enquanto a Mayara troca beijo no rosto com a mulher dele.

Cumprimento a mulher dele com um aperto de mão e a Mayara faz o mesmo com ele, ele aponta pras cadeiras posicionadas de frente pra eles e nóis senta.

Raúl: Tá aí uma fita que eu nunca pensei que fosse ver, tu enlaçado... - Sorrio de canto olhando pra minha pequena.

- Não teve jeito, pô.

Raúl: Mas e aí, tu fez boa viagem? - Pergunta enquanto uma moça pega nossos pratos, colocando comida.

- Fiz mermo.

Raúl: Espero que meus homens tenham te recebido bem, queria ser eu pessoalmente mas tu tá ligado que a pista é um lugar embaçado agora pra mim. - Fala girando o anel no dedo mindinho.

- Tô ligado, mano, sem problemas.

Raúl: Meu fornecedor meteu o louco, moiô meu esquema todo e tem uma cota que eu tava caçando alguém que tenha armamento de alta qualidade aqui em SP. - Explica e eu seguro a vontade de rir ao ver as caras e bocas que a Mayara faz, provavelmente tentando entender as gírias. - Acontece que eu não achei, então apelei pra tu porque na última vez que nóis se trombou tu falou que se eu precisasse de ser fortalecido nesse quesito era só te acionar.

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