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Ryan Macedo, Paulista

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Ryan Macedo, Paulista.
28 anos.

"Calmo como uma bomba."

Aniversário do meu morenão hoje. Tá maluco, a garotinha que eu vi crescer hoje virou oficialmente mulher, coisa que ela diz ser desde a adolescência.

Paro o carro na rua cinco de baixo, na frente da casa da tiazinha que arruma o meu barraco, e mando uma mensagem pra ela dizendo que vim pegar o que ela falou que ia me dar.

Segundos depois vejo o portão verde e enferrujado ser aberto, dele sai uma branquinha dos cachos ruivos, na sua mão de unhas feitas eu vejo uma cria de gato, toda ecolhida na mão dela.

Ela passa na frente do vidro dianteiro, fazendo eu olhar pra bunda na calça apertada, e para no vidro do meu lado. Abaixo ele recebendo o gatinho, sentindo o olhar dela queimar sobre mim.

- Eu conheço você. - Escuto ela falar, e passo a mão no pelo preto do gato que mia se agarrando no meu antebraço.

Olho pra ela, tentando lembrar de onde mas é em vão.

- A gente já ficou em um baile. - Fala e eu aperto os olhos tentando lembrar.

- É mermo... - Confirmo só pra ela calar a boca depois de tentar lembrar, sem sucesso. - Fala pra dona Cícera que eu agradeço.

- Pode deixar que eu falo pra minha tia sim. - Sobe na calçada e eu dou partida no carro depois de colocar o gatinho sobre as minhas pernas.

Paro na frente do meu barraco e mando mensagem pra minha irmã, tentando ver se as janelas da casa dela estão abertas, se não tiver é porque ou não tá acordada ou não tá em casa.

Na real a nossa casa é duas em uma, o quintal compartilhado porém a parte de baixo é minha e a dela é a de cima.

Vejo as janelas abertas e mando um zap pra ela depois de ajeitar a quadrada no coldre.

Eu: Tô aqui embaixo.
Eu: Quiser carona pro churras da Mayara a hora é essa.

Suellen: Deixa eu só me trocar e pegar o presente dela.

Eu: Não demora, Suellen.

Suellen: Eu já entendi, cara.

Eu: E tá online ainda por que, porra?

Suellen: Te respondendo né.🙄

Paro de responder a mandada indo pra conversa com o meu fechamento, Brenin.

Breno: Tá na Zaira já?

Eu: Indo pra lá...

Breno: Tô passando a barreira do Alemão já, nóis se vê lá então.

Eu: Ainda.🤙🏻

Bloqueio o celular e olho pro lado, vendo a Suellen trancar a porta da casa dela antes de jogar água nas plantas que ficam do lado da porta, descendo as escadas em seguida.

Ela some do meu campo de visão por conta do muro e segundos depois ela abre o portão e sai trancando antes de descer o pequeno lance de escadas e vim pra minha nave sentando do meu lado.

Suellen: Ô meu Deus, que coisinha mais linda. - Pega o gatinho acariciando enquanto dou partida subindo o morro.

Ao chegar, estaciono o carro, subindo um pouco dele na calçada pra não cobrir passagem, e olho pro Breno descendo da Ducati V4 vermelha dele.

Nós desce do carro e eu faço um toque com ele.

Breno: E essa coisinha aqui. - Toca no nariz do gatinho passando a mão nele que mia nos braços da Suellen.

- Presente da Maya. - Falo trocando a chave do carro de mão depois de travar as portas. - Tá vindo de onde?

Breno: Do Lins, pô. De onde eu taria vindo?

Suellen: Dado o seu cheiro, de um puteiro eu diria... - Sorri irônica após colocar o cabelo por trás da orelha e brincar com o bichinho como se não tivesse soltado uma dessas.

Breno: Tá com ciúme? - Tenta tocar nela que dá um tapão na mão dele.

Suellen: Não encosta. - Se afasta passando pelo portão.

Antes dela entrar eu pego o gatinho dos braços dela, e entro depois do Breno vendo só os mais próximos por cá.

Atacante: Fala tu, meu garoto. - Passa o braço pelo meu pescoço beijando a caminha cabeça.

- Fala tu, meu véio. - Fujo dele depois de receber um tapa ardido no pescoço.

Atacante: Brinca muito, tu.

- É brincadeira inocente, pô. - Passo a mão no meu pescoço dolorido indo cumprimentar geral enquanto a Suellen e o Breno fazem o mesmo.

Fico no espaço entre as cadeiras da Kira e da Mayara antes de beijar a cabeça da Kira e colocar o gatinho no colo da Mayara que tá distraída mexendo no iPhone 14 dela.

- Feliz aniversário, meu morenão, queria poder te dar o mundo mas tu tá ligada que o meu mundo é você. - Susurro perto da orelha dela, que coloca o gatinho no colo da irmã e levanta me abraçando na ponta do pé.

Baixinha que nem a mãe, pensa num ser pequeno que age como se fosse gigante por conta da personalidade que herdou do pai.

Zaira: Obrigada, tchuquinho. - Ela fala contra o meu peito, a minha mão dentro da imensidão do cabelo dela, inclinando sua cabeça pra dar um beijo na testa. - Eu amei.

- Nada, pô. - Desfaço o abraço olhando pra ela direito, vendo as tattoos que ela fez ganharem destaque na pele dourada. - Teu pai deve ter amado.

Zaira: E como amou... - Responde voltando a se sentar.

Nego com a cabeça indo pegar uma cerveja e volto pra mesa sentando do lado do Breno antes de começar a comer as carnes do prato da Kira que conversa com o Kayk.

Olho pra Mayara brincando com o gatinho, os olhos dela brilhando e o sorrisão mais lindo que eu já vi estampado nos lábios.

Ela é a minha felicidade todinha, por mais fudido ou bolado que eu esteja, é só ver ela bem que eu automaticamente fico bem também.

Essa Noite.Onde histórias criam vida. Descubra agora