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Paulista.

Já é dia seguinte de noite e eu tô terminando de fechar a minha mochila quando escuto batidas de palmas vindas lá do portão.

Olho pra Suellen que tá comendo direto da panela sentada com os pés imundos no meu sofá limpo e estalo a língua no céu da boca passando por ela.

Abro a porta saindo no quintal e abro o portão franzindo as sobrancelhas ao dar de cara com a Mayara, ela me empurra da passagem e entra arrastando uma mini mala atrás dela.

Fecho o portão e paro passando a língua no lábio quando bato o olho na bunda empinada mexendo à cada passo que ela dá.

Muito gostosa essa minha gostosa.

Caminho por trás dela e já dentro de casa eu volto a fechar a porta, ela deixa a mala do lado do sofá e já vai ver o que a Suellen tá comendo.

Suellen: Aguardando pacientemente pelo dia que vocês vão me explicar o que caralhos vocês têm. - Intercala o olhar entre mim e a Mayara. - E nem adianta falar que nada, porque eu vi vocês tem um tempão no churras que ele levou a golpista, e ontem ver o Paulistão transtornado por te ver com o outro lá só confirmou. - Sorri encarando a Mayara e o meu sangue já ferve só de lembrar.

- Mayara é minha pô, só isso que eu tenho pra falar. - Minha irmã para de comer rindo e eu me inclino dando um cheiro no meu morenão. - Sempre foi.

Suellen: Quero ser madrinha pois sempre shippei no off. - Mayara ri do que ela fala e segura meu rosto dando um selinho.

Zaira: Anotado, aminhada. - Eu e a Suellen encara ela sem entender. - Amiga e cunhada, gente.

- Tendeu. - Sento no braço do sofá e encaro a mala que ela trouxe. - Vai morar aqui?

Zaira: Vou pra SP com você. - Olho pra ela de canto de olho.

- Nem fudendo, eu vou à negócios e tô indo sem contenção, não inventa. - Falo sério, malucona cara.

Zaira: Eu confio em você pra me defender caso algo aconteça. - Me dá o típico sorriso que ela usa pra manipular e eu viro a cara não querendo ver. - Por favor, Ryan.

- Teus pais sabe disso? - Ela confirma balançando a cabeça afirmativamente. - Duvido, pô. Kaira ainda vai, mas o Atacante eu não boto fé não...

Zaira: Deixei a bola na mão da minha mãe, ela que vai contar quando ele voltar pra casa hoje, eu já vou tá bem longe. - Sorri vitoriosa, malandra pra caralho.

Suellen: Pilantra demais, velho. - Tampa a boca rindo e se levanta abaixando o short antes de sair com a panela indo pra cozinha onde deixa ela e volta se despedindo da gente, metendo o pé logo em seguida.

Nem tento bater boca com ela, porque não tenho paciência e falar com a Mayara quando ela bota algo na cabeça é a merma parada que trocar idéia com pedra, nada muda, tua opinião logo é nula.

Quando ela vai passar por mim eu seguro seu pulso com cuidado, por ser delicado pra caralho, se eu usar mais força que o necessário já era. Puxo ela pra mim, ela senta de frente pra mim, com as pernas em volta do meu quadril.

Retiro suas tranças da frente do peito, colocando nas costas, e cheiro a pele exposta do seu pescoço enquanto minhas mãos abraçam sua cintura fininha.

Ela faz cafuné na minha cabeça com as unhas postiças e eu passo a língua pelo pescoço cheiroso e amargo do perfume, subo os beijos pra mandíbula delicada e seguro seu rosto com uma mão, analisando cada traço dele por tempo pra caralho, ela chega franze as sobrancelhas bem feitas.

Zaira: Que foi? - Tampa meus olhos envergonhada e eu tiro a mão dela, beijando.

- Tu é linda, linda chega é pouco. - Ela sorri enterrando o rosto na curva do meu pescoço e eu a seguro pela mandíbula, unindo nossas bocas num beijo que começa lento.

Chupo sua língua, quentinha das arfadas que ela dá, e ela passa a ponta das unhas pelo meu pescoço e nuca enquanto eu inalo o cheiro natural do seu rosto sem parar de beijar pela proximidade do meu nariz, praticamente grudado na pele macia e livre de maquiagem dela.

- Sou louco por tu, pra caralho, tu não tem noção, minha pequena. - Susurro no meio do beijo, chupando seu lábio inferior depois de prender ele entre os dentes.

Zaira: Umazinha antes de nóis ir? - Rebola no meu colo, me deixando louco. - Hein?

Quando eu vou responder meu celular chama, eu atendo vendo que é a comissária de bordo, ela fala que o jatinho tá pronto e o comandante e o copiloto também já estão na pista de decolagem me esperando.

- Deu nossa hora já. - Ela levanta bufando pela interrupção e eu pego minha mochila junto da mala com o armamento.

Zaira: Meu pai devia dar ou vender o jatinho pra você, ele quase não usa.

- Eu também quase não uso, só se for pra viagem a trabalho mermo. - Pego meu radinho acionando o Aviador. - Cola, meu cria, preciso que tu vá comigo pra pista de decolagem pra tu voltar com a minha nave pra cá.

Aviador: Tô colando, chefia. - Saio da frequência colocando o aparelho no suporte da perna.

Zaira: Amo te ver na postura de patrão, fico coisada. - Sorrio de lado vendo ela se abanar.

- É? - Minha mão para na nuca dela, o dedão acariciado os lábios carnudos enquanto ela assente. - Hoje na peça tu vai roçar. - Falo depois de passar a língua no lábio, umedecendo.

Zaira: Tu não vale nada. - Ri de nervoso.

- Por isso que essa noite tu vem fuder comigo. - Susurro olhando no olho dela.

Essa Noite.Onde histórias criam vida. Descubra agora