32.

5.6K 776 280
                                    

Postando antes da meta ser batida porque as bonitas no grupo faltavam vender a alma pra eu postar. Aliás, amo vocês.🥰

+300 votos

Paulista: Morenão... - Escuto sua voz grave soar do outro lado da porta.

- Me deixa, Paulista! - Grito ele, que tenta abrir, e abaixo a cabeça sentindo algumas lágrimas descerem.

Paulista: Abre aqui pra mim, pequena, vamo conversar.

- Eu não quero, cara. - Nego com a cabeça mesmo ele não podendo ver. - Tu teve tanto tempo pra vim conversar.

Paulista: Eu sei, Maya. Abre aqui pra mim, na moral mermo. - Eu abro a porta vendo sua figura alta e ele respira fundo entrando.

- Em menos de uma semana você tava me bei...

Paulista: Shh. - Tampa a minha boca com a mão olhando pra trás e fecha a porta com o pé, sua mão cobrindo quase todo meu rosto pela grandeza.

Eu empurro ele fuzilando com o olhar enquanto meus braços cruzam na altura do peito automaticamente.

Paulista: É complicado, morenão. - Ele ergue o braço querendo limpar a lágrima que escorre e eu bato na mão dele recuando alguns passos.

- Não me toca senão eu grito. - Falo séria. - Eu não tô te julgando, até porque foi só uma ficada, eu só não entendo o porquê de tu ter me atiçado pra em menos de quê? - Conto nos meus dedos. - Uma semana cê vim com outra.

Paulista: Mayara tu tá ligada que nóis dois ia ser o erro todo.

- Tá bom, Ryan, foi bom o papo mas agora peço que tu se retire. - Caminho até a porta e abro indicando que é pra ele sair.

Paulista: Não faz assim, morenão. - Olho pra cara dele sentindo vontade de socar pra caralho mas respiro fundo e aponto pra porta aberta com a cabeça.

- Eu vou gritar. - Ameaço quando vejo ele se aproximar de mim.

Paulista: Só me promete que nóis vai ficar bem. - Pede e eu olho pra ele de cima abaixo pelo cantinho do olho.

- Tudo bem, mas vou precisar de tempo. Vamo fingir que aquele beijo nunca aconteceu. - Ele assente concordando. - Tu gostou pelo menos? Eu achei que o gelo que tu tava me dando fosse porque tu não curtiu.

Paulista: Mayara... - Fala em um tom repreensivo.

- É só uma pergunta, Ryan, não tô te pedindo pra me comer aqui e agora não. - Ele nega com a cabeça rindo de lado antes de responder.

Paulista: Curti pra caralho, pô. - Fecha o olho coçando a nuca e retribui a pergunta. - E tu?

- Hm. - Dou de ombros fazendo pouco caso. - Já tive melhores. - Ele franze as sobrancelhas me encarando e eu seguro a vontade de pular festejando por ter ferido o ego dele.

Paulista: Papo reto? - Aperta os olhos pra mim.

- Um quatro de dez eu diria.

Paulista: Ah é? - Eu confirmo assentindo e vou dando passos pra trás quando ele vem vindo na minha reta como um predador.

Antes mesmo de eu alcançar a parede sua mão segura meus antebraços com firmeza e me puxam contra si, me deixando de perna bamba quando umas das mãos grandes segura a minha garganta sem cuidado e inclina ela fazendo eu olhar pro alto antes de fechar o olho sentindo a boca dele colada na minha.

Mesmo contra a minha vontade, minha boca abre no automático e recebe sua língua que parece conhecer a minha de outra vida pelo jeito que se encaixam.

Seguro seu antebraço ficando na pontinha do pé e suspiro quando ele desce os beijos pela minha mandíbula e pescoço enquanto segura uma das minhas coxas em volta do quadril dele acariciando a minha bunda por dentro do short.

Fecho o olho sentindo a língua dele se movimentar com maestria sobre a minha e acabo gemendo involuntariamente quando ele morde meu lábio inferir chupando lentamente.

A gente escuta um pigarreio e se solta na mesma hora, caralho a porta tava aberta.

Olho pra Suellen que encara a gente com a mão na boca e dou graças a Deus por ser ela e não outra pessoa.

Paulista limpa meu gloss da boca dele vermelha e inchada do beijo antes de me dar uma última encarada e sair passando pela irmã.

Quando a Suellen vai falar eu balanço a cabeça em negação, deixando claro que não tô com vontade de falar disso agora, e vou pro banheiro jogar uma água no rosto sem acreditar no que acabou de acontecer.

Eu e a Suellen voltamos a subir juntas pra laje e eu volto a sentar no lugar que eu tava, coincidentemente de frente pro Ryan, sinto o olhar dele sobre mim e parece que a garota com quem ele veio também nota pois me encara fixamente.

Desvio o olhar quando ela levanta e vai sentar na perna dele e fico mexendo na minha comida com o garfo sem fome nenhuma mais.

Olho pra outra extremidade da mesa, pegando o olhar do meu pai em mim indo pro Paulista em seguida, ele passa a mão na boca apertando o olho e eu olho pro céu fazendo a Kátia.

Meu medo sempre foi esse, que nessas idas e vindas com diversas garotas uma delas fosse marcar diferença na vida dele ao ponto de fazer ele querer ter algo sério.

Paulista nunca apresentou ninguém pra gente, isso que tá me deixando toda pra baixo, meu maior medo sempre foi ele firmar com alguém de vez porque eu sei que eu saio de jogo.

Ele me acostumou muito mal, sempre aí pra mim, bem ou mal ele tá comigo, tudo que eu peço ele faz de imediato, tanto que até apelidaram ele de "pau mandado da Maya" e eu sempre tive em mente que isso vai acabar quando ele tiver alguém, eu só não tava pronta pra isso por isso que eu vou fazer o que ele faz, me afastar pouco a pouco pra ver se dou uma desapegada, pelo menos até superar pra poder voltar ao que éramos antes.

Independentemente do beijo eu sei que a sensação de dor seria a mesma porque com ou sem beijo eu sei que lá no fundo eu nunca consegui amar alguém intensamente porque ele alugou a porra de um triplex na minha mente.

Essa Noite.Onde histórias criam vida. Descubra agora