24.

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Zaira Mayara.

Saio do banho e visto um roupão pois não sei o que vou vestir ainda, tenho duas opções. Uma piriguete e outra muito piriguete.

Preciso que o Paulista seja mais explícito quanto ao tipo de ambiente pra eu saber o quão piranha devo parecer ser.

Mando um zap pra ele mas nem responde, segundos depois ouço batidas na porta do meu quarto e mando entrar, olho pro branco alto e tatuado em choque.

Paulista: Me chamou no zap falando que precisa de mim, qual foi? - Entra deixando a porta entreaberta.

- E tu não me respondeu.

Paulista: Tava trocando ideia com teu pai, pô. - Ele me olha de cima a baixo e respira fundo passando a mão no rosto. - Mayara por que caralhos e tu ainda não tá vestida?

- Ah não, não vai começar a me apressar. - Balanço o dedo indicador em negação. - Você que veio antes do combinado.

Paulista: São oito e meia já, Zaira. - Olha pro Rolex se destacando no pulso pálido. - Ainda fui conversar com o Atacante pra queimar tempo, mas tu tá saindo do banho só agora.

- Relaxa, tchuco. - Peço encarando as opções de look na minha cama. - Não tô sabendo o que vestir lá. Qual roupa passaria mais despercebida lá?

Paulista: Como assim? - Olha pros looks confuso. - Pode vestir o que tiver vontade.

- Mas e se algum nóia... - Paro de falar quando ele me corta, respondendo firmemente.

Paulista: Tu vai com a roupa que tiver vontade, se alguém mexer com tu o b.o é meu. - Arrepio na hora, ele olhando pra mim sem vacilar. - Jaé? - Confirmo com a cabeça. - Agora se veste.

"Quê que é isso, Jesus?", pergunto pra mim mesma sentindo uma formigação no pé da minha barriga, parece que várias borboletas invadiram ela.

Minha nossa, nossa.

{...}

Clima tá gostoso aqui, tô papeando à beça com a Ivy, fiel do Marcão.

Tem vinte anos e pelo que ela me contou é muito julgada por, além de se prender a um cara bem mais velho, ele ser envolvido.

A família dela não apoia esse envolvimento e todo mundo, incluindo as amigas, virou as costas pra ela.

É babado...

Então ela só tem ele nesse mundo, óbvio que já trocamos números e eu falei que ela podia contar comigo como sua mais nova amiga.

Geral julga os amores de hoje em dia por serem rasos, mas ao mesmo tempo julga quem mergulha de cabeça no amor à ponto de fazer atos inconsequentes.

Eu não entendo, juro que não...

Ivy: Obviamente vida de mulher de bandido não é pouca coisa, mas eu jamais cogitei voltar atrás porque ele é a minha pessoa favorita no mundo todo.

- Ai eu só quero viver algo assim, sabe? - Sorrio boba. - Amar e ser amada na mesma intensidade, mas isso depois de piranhar bastante.

Ivy: Tá esperando o quê? - Vejo seu olhar parar no Ryan. - Tu já viu a forma que ele olha pra ti?

Franzo as sobrancelhas. - Ãhn? - Sorrio meio confusa. - Cê tá enganada, eu e ele... - Nego com a cabeça.

Ivy: Ih. - Dá risada. - Foi mal então, não quis ser inconveniente não. - Coça a nuca sem jeito. - Devo tá meio alta já, vendo coisa onde não tem.

- De boa, tudo bem. - Respondo curtindo a música enquanto tomo a minha bebida. - Segunda-feira eu vou colar na praia com meus primos e alguns amigos, cê quer ir também?

Ivy: Claro, amiga. - Assente passando os dedos pelos fios loiros do cabelo longo. - Tô precisando de um banho de mar mesmo, ver se me livro das más energias.

- Também amo tomar banho de mar pra ficar mais leve e livre de negatividade. - Ela sorri concordando.

Ivy: Não tem jeito, é elite. - Balanço a cabeça em concordância antes de fechar o olho sentido meu dente gelar quando eu sugo a bebida pelo canudo.

Ivy Santana

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Ivy Santana.
20 anos.

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