23.

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Paulista.

Sinto a mão da Mayara segurar a minha com firmeza e sem muita paciência na mão livre eu tenho a glock que vou vou batendo o cano na perna das pessoas pra darem passagem.

Vou abrindo caminho no meio da enchente de pessoas tranquilo porque sei que o Breno tá lá atrás cuidando das costas do meu bem mais preciso, ela pequenininha no meio da gente.

Quando é só nós dois eu sempre coloco na minha frente.

Resenha tá que tá, fechou a rua do novo sub do Marcão, também a base dele é no final de uma rua sem saída então facilita.

Aperto o olho tentando achar ele no meio das pessoas em meio à escuridão da noite, e avisto uma mão acastanhada e tatuada fazendo sinal, direciono a nossa caminhada pra lá parando numa área mais restrita que tá os soldados dele restringindo o acesso.

Nóis passa por eles depois deles ceder passagem e eu coloco a Mayara na minha frente vendo ela abaixar a sainha marrom que chuto ser uns três números abaixo do que ela usa pelo jeito que essa porra é minúscula.

Admiro nada porque a malandra tem esse costume, fica comprando roupa na secção infantil só pra ficar desse jeito, ou isso ou compra do tamanho certo pra depois cortar em casa.

Vê se pode essa porra.

Nóis cumprimenta os cara na mesa por alto e se estabelece sentando nas cadeiras livres.

- Tranquilo, meu bom? - Pergunto apertando a mão do Marcão e ele assente apertando a minha na mesma firmeza.

Marcão: Sempre, meu chapa. - Solta minha mão pegando o baseado da mão da mina loira em seu colo, cara de ninfeta não nega que deve ser da faixa etária da Zaira. - E vocês?

- Tô tega. - Respondo vendo a Maya trocar beijo no rosto com a mina no colo dele antes de trazer a cadeira dela pra mais perto da minha, sentando após arrumar o top sem alça.

Breno: Tem que tá né, o que tira nossa paz nós tá atravessando pra isso. - Responde já despejando whisky do puro em dois copos antes de empurrar um deles na minha reta.

Marcão: Certo pelo certo, pô. - Responde e eu olho a mina dele levantar indo pegar um energético pra Mayara na caixa de isopor.

Zaira: Valeu. - Sorri abrindo a latinha, fazendo nóis escutar o barulho do estalo em meio à música alta quando o lacre é rompido.

A mina e ela engatam numa conversa e a minha visão de águia avista minha contenção fortona posicionada em pontos diferentes da rua, a do Breno também.

Mayara pega meu copo provando da minha bebida e bate ele na mesa fazendo careta ao engolir, Breno ri postando no status dele a filmagem que fez dela.

Zaira: Eu chamo a polícia pra ti, hein Breno! - Dá o dedo pra ele que dá de ombros. - Nunca rodou eu te faço rodar pela primeira vez em.

Marcão: Ih, procede esse papo? - Eu dou uma risada rouca assentindo.

Breno: Que papo? - Bloqueia o celular passando o dedo na borda do copo.

Marcão: Sobre tu nunca ter rodado, pô. - Gesticula e eu ergo meu quadril pegando o baseado no bolso.

Coloco ele no bico e antes de pegar o isqueiro, a Mayara tateia o meu bolso, pegando antes de acender pra mim.

Breno: Sabe de nada, ela. - Faz tsc passando a língua no lábio. - Rodei uma vez pô.

- Não é considerado rodar, ele passou um dia lá e logo saiu porque é sobrinho do delegado. - Explico tragando em seguida. - Né à toa que acham ele de playba do tráfico.

Breno: Queria vocês ter esse privilégio. - Fala fazendo eu lembrar da vez que eu rodei.

Foi foda, mas eu tinha a ficha limpa, fiquei só alguns meses porque a tia da Mayara, mulher do delegado, foi minha advogada e me defendeu a pedido da Kaira e do Atacante.

Sinto o olhar de uma morena iluminada, sentada na outra extremidade da mesa, sobre mim. Jubona crespa, é meu número certo, corpinho pequeno do jeito que sou fissurado.

Ela me pega olhando pra ela e sorri fazendo eu sorrir de lado fixando meu olhar no dela, desfaço o contacto visual tomando um susto quando a Mayara sai da cadeira dela e vem sentar na minha perna, com os braços entrelaçados no meu pescoço.

Aperto o olho sem entender mas também não tiro ela, minha percepção surgindo quando eu olho na direção que ela olha, tá encarando a mina morena iluminada, marcando posse sobre mim.

- Pra quê isso? - Falo baixo olhando a marquinha brilhando na clavícula fina.

Zaira: Já falei pra você que eu não gosto que fiquem olhando pra tu, eu hein. - Olho suas sobrancelhas franzidas, a boca formando um biquinho de mimada. - Você é meu, Ryan. - Passa a mão na lateral do meu rosto antes de abaixar sussurrando no meu ouvido. - Meu.

Marcão

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Marcão. | 30 anos.

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